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Do caos à ordem

Da edição de agosto de 2003 dO Arauto da Ciência Cristã


A vida pode se tornar caótica com mudanças repentinas. A queda de Bagdá foi um desses momentos, para soldados e moradores. Mesmo aqueles que nunca tiveram de abrir caminho pela névoa da guerra, já passaram por transtornos menores: uma amizade desfeita, um lar invadido pelo crime ou perdas financeiras desordenadas.

Mas, muitos também já vivenciaram a alegria da restauração. Talvez os laços de família ou de amizade tenham sido reatados, até fortalecidos. Os negócios foram reconstruídos, às vezes, literalmente, das cinzas. As economias saíram da recessão ou depressão, algumas sobre uma base mais racional.

Será que tais restaurações são atos impensados de uma Deidade cheia de caprichos? Ou talvez ápices de um ciclo, tal como os altos e baixos do mercado? Há quem diga que sim.

Por outro lado, há leis universais e transcendentais da vida que de fato impelem à restauração, leis que hoje compreendemos somente de maneira fragmentada e imperfeita.

Uma noção popular é a de que Isaac Newton viu uma maçã cair e, voilà, descobriu a lei da gravidade. Mas Newton acreditava que as grandes descobertas, inclusive a dele, requeriam anos de contemplação. O Salmo 119 pode servir de modelo para a descoberta. Referindo-se à lei de Deus, o salmista exclamou: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia” (versículo 97). A ordem se desenvolve num clima de amor constante pelas leis superiores. A desordem certamente prospera onde prevalece a atitude “eu primeiro”, ou onde as leis mesmas são opressivas e injustas.

Um repórter da BBC noticiou recentemente que as necessidades mais prementes do Iraque são a reconstrução, os direitos humanos e um governo representativo, e que estes dois últimos serão muito mais difíceis de conseguir do que o primeiro. E há uma necessidade ainda mais fundamental, a necessidade número um, na restauração da razão e do ânimo ao Iraque. Como aconteceu nos países liberados da opressão comunista, há mais de uma década, a libertação de um regime opressivo iraquiano foi acompanhada de desordem e perda de autocontrole, inclusive o saqueamento de 7.000 anos da história de toda uma cultura no Museu Nacional do Iraque. Felizmente, porém, as leis superiores da restauração e da ordem não se restringem às denominações ou etnicidades. Elas existem tanto em Bagdá quanto em grandes metrópoles espalhadas pelo mundo. Contemplar essas leis e seus efeitos benéficos é uma maneira de acrescentar luz, ao invés de fogo, à situação em terra.

E não é um desejo vão acreditar que, à medida que a vida das pessoas e os negócios forem restaurados no Iraque, as antiguidades preciosas serão devolvidas ao museu nacional do povo. O consentimento que cada um de nós der às leis superiores que impelem para a remissão moral e espontânea, só pode ajudar.

No Iraque e no Afeganistão, assim como no Congo e em Serra Leoa e em muitas outras nações onde a opressão, o conflito étnico, o conflito armado e os problemas econômicos complexos devastaram a vida e o sustento do povo, as pessoas clamam pela chance de reconstruir. Elas anseiam pela renovação que chega com cada novo plantio. É importante que nos unamos a elas nesse desejo, na oração pelo retorno da harmonia.

Em seu livro Unity of Good [Unidade do Bem], a fundadora do Arauto, Mary Baker Eddy, escreveu: “O caos da mente mortal se converte em degrau para a elevação até o cosmos da Mente imortal [Deus]" (p. 56). E há milênios o profeta judeu, Joel, ouviu Deus prometer que restituiria os anos que o gafanhoto migrador havia consumido.

Todos os anos, em climas temperados, o inverno cede à primavera. Nos trópicos, a temporada da seca cede à temporada das chuvas. A mudança das estações, como o retorno do calor a um relacionamento que esfriou durante um tempo, oferece apenas um indício do poder e da promessa da lei divina da restauração.

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