Outro dia, refletindo sobre a influência reformadora da Christian Science na minha vida e na de outros, veio-me esta incerteza: será que tenho a capacidade de enfrentar todos os percalços que podem se apresentar? Além disso, será que poderei perceber se o que faço está ajudando outros?
Tais dúvidas freqüentemente aparecem quando alguém se propõe a fazer uma obra benéfica ou algo que lhe agrade. Já me aconteceu estar a ponto de desistir, quando senti novo alento, um impulso irresistível de mostrar habilidade, conhecimento e coragem para prosseguir, um auxílio poderoso e inspirador.
Isso me faz pensar em pessoas que, com a finalidade de realizar o objetivo a que se propõem, vão para lugares distantes e deixam parentes e amigos. É o que acontece com missionários religiosos, dispostos a levar a palavra de Deus a todos os cantos do mundo, para ajudar povoações isoladas a sentirem o amor de Deus por elas.
O estudo da Christian Science me mostrou que cada um de nós tem uma missão a cumprir e pode, ao cumpri-la, ajudar a outros. Além disso, aprendi a me tornar melhor no convívio com meus amigos e familiares e até mesmo com pessoas que encontro pela primeira vez. Para mim, ser melhor é ter mais misericórdia, é saber perdoar, é deixar de criticar, é não ter inveja, raiva ou desprezo por ninguém. A Bíblia me foi de grande auxílio, principalmente os Dez Mandamentos (Êxodo 20:2–9) e o Sermão do Monte (Mateus 5:1–12).
Obedecer aos Dez Mandamentos é estar atento ao que devo fazer, praticando a cada momento suas instruções: não matar, não roubar, não ter inveja, não mentir, não adulterar e, sobretudo, não adorar deuses estranhos. Compreendi que, se em meu pensamento, me distanciar de alguém por considerá-lo indigno da minha amizade, já estou adulterando a imagem de Deus que essa pessoa representa.
Adulterar também significa falsificar, deturpar, deformar. E é isso o que ocorre ao julgar alguém como menos do que perfeito. Desejar possuir um objeto qualquer só porque outros o têm é também violar a lei, isto é, é ter inveja ou ciúme do próximo.
Como foi bom aprender que Deus dá a Seus filhos tudo o que é necessário. E, diversas vezes, ao abrir a porta do meu pensamento, recebi mais do que imaginava.
Também aprendi que, ao me aborrecer com parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, só porque eles têm opiniões diferentes, é uma forma de deixar de amar, de dar um falso testemunho a respeito do próximo, a quem devo amar e reconhecer como a imagem pura e perfeita de Deus.
Quando tais situações se apresentam, são formas disfarçadas de aceitar deuses estranhos, interferindo no propósito máximo de reconhecer, honrar, adorar um único Deus, eterno e Todo-poderoso.
O estudo da Christian Science, sem dúvida, ensinou-me a obedecer aos Dez Mandamentos e isso se tornou uma sagrada missão, que me mostrou quão feliz eu posso ser ao aplicar os ensinamentos dessa maravilhosa Ciência. Passei a ser mais calma diante de circunstâncias difíceis, aprendi a ficar sempre alegre, a ser mais gentil com os outros e a me volver a Deus para encontrar soluções.
Passei a ser mais calma diante de situações difíceis, aprendi a ficar sempre alegre, a ser mais gentil com os outros e a me volver a Deus para encontrar soluções.
Lendo o livro Ciência e Saúde, encontrei na página 129 este trecho: “Acaso podemos colher pêssegos de um pinheiro, ou, da discórdia aprender a concórdia do ser? No entanto, tão razoáveis quanto essas, são algumas das principais ilusões que se encontram ao longo da senda que a Ciência tem de percorrer, na sua missão reformadora entre os mortais. O próprio nome ilusão aponta para o nada.”
Esse trecho ilustra o que vejo como minha missão primordial e a missão de cada um, a de transformar o sentido mortal de existência em sentido espiritual, eterno, para então encontrar o reino dos céus, como prometem as Bem-aventuranças, parte daquela belíssima aula que Jesus deu, conhecida como o Sermão do Monte.
Há muitos anos, quando eu ainda não me dedicava ao estudo da Christian Science, uma amiga que estava enfrentando problemas no casamento, começou a vir muitas vezes à minha casa para conversar com meu marido, pois ele era colega do marido dela. Muitas vezes, quando eu voltava do meu trabalho, pela hora do almoço, a encontrava em minha casa. Outros vezes, ela aparecia à noite e ficava até muito tarde. Aquilo me incomodava, pois eu me levantava muito cedo para dar aulas. Numa dessas ocasiões, eu me aborreci e acabei me indispondo com ela, que saiu de casa zangada e se afastou de nós.
Após anos de estudo da Christian Science, eu me lembrava dela com carinho, reconhecendo a necessidade de atenção que a motivava a vir à minha casa. Procurava, então, incluí-la nas minhas orações e me arrepender pelo que havia feito.
Por ocasião do falecimento do meu marido, pedi a uma amiga comum que a avisasse. Ela mostrou-se solícita e se ofereceu para ajudar-me a preparar os papéis para apressar a concessão da pensão a que tenho direito, o que de fato aconteceu. A partir daí, a amizade foi reatada e, embora não nos vejamos sempre, temos nos falado por telefone muitas vezes. Tenho plena certeza de que houve uma grande reforma no meu pensamento, e isso levou-me a amá-la como filha de Deus que ela é e sempre foi.
Agora vejo claramente que essa reforma me veio pelo estudo e aplicação dos ensinamentos da Christian Science e tem trazido inúmeras bênçãos a mim e aos que estão ao meu redor. Fico feliz por saber que essa Ciência é acessível a todos.
