Há quase vinte anos, o Pastor Hélio fundou a Igreja Pentecostal do Cristo Vivo, no Rio de Janeiro. Hoje, além da sede em Bom Sucesso, outras quatro unidades na cidade e uma em Belo Horizonte, Minas Gerais, levam adiante sua visão de que o Cristo está disponível para salvar, curar e orientar as pessoas. A seguir, apresentamos excertos de um diálogo recente entre O Arauto e o Pastor Hélio, um homem que está “a serviço do Senhor”.
: O que o motivou a fundar a igreja?
Pastor Hélio: Comecei a ler a Bíblia aos nove anos. Passei por algumas denominações e em 1984, eu me organizei para fundar uma igreja e estou muito contente. Criei minha família, tenho 3 filhas casadas e 8 netos. Um de meus genros é pastor de uma das unidades. A família toda, graças a Deus, está encaminhada. Os netos todos trabalham, estudam e são dinâmicos na igreja.
LL: Como o senhor a divulgou?
PH: Comecei com um programa de rádio. Viajei pelo sertão, como missionário e uma equipe trabalhava para mim. Fiquei conhecido em Brasília, Porto Alegre e Cruz Alta, na divisa da Argentina. Este ano eu estou com muitos convites para novos trabalhos, mas é como Jesus disse: “a seara é grande, mas os obreiros são poucos”. Quero conservar um padrão de qualidade, espiritualmente falando, não faço tudo o que me é oferecido.
LL: O senhor mantém contato com suas igrejas?
PH: Com todas. Visito-as e ligo duas ou três vezes por semana, para falar com os responsáveis responsáveis e estar em contato com a congregação.
LL: Como o senhor tem orado para a reconstrução de países ou comunidades?
PH: Todas as quintas-feiras a congregação se reúne para orar pelas nações. Temos uma equipe que intercede a Deus pela nossa nação e por países que sofreram muito recentemente. Fazemos leitura da Bíblia, louvores e jejum. Usamos o livro de Daniel e o Apocalipse em conexão com o sermão da montanha, em Mateus. Prego que devemos perseverar, pois os que perseveram são salvos.
LL: Por que o senhor acredita que a oração pode reconstruir uma nação ou uma comunidade?
PH: A oração mostra que Deus é o Criador de tudo e de todas as coisas, é onisciente e onipresente, não tem limites nem fronteiras. Ele conhece a profundeza das coisas insondáveis aos olhos dos homens. Temos de saber que é Deus quem faz a obra, que é sempre boa. Eu dou plantão das 7h30min às 10h30min, falo e oro com mais de 80 pessoas por dia, que entram, voluntariamente, carentes e desorientadas. Algumas pessoas voltam, outras recomendam amigos e parentes e mandam dizer que a oração ajudou.
LL: O senhor viu exemplos de pessoas que tiveram de reconstruir a vida?
PH: Muitos. Em 1981, uma senhora estava com câncer, desenganada pelos médicos. A família estava sem esperança. Ela apareceu na igreja numa quinta-feira à tarde, muito desanimada. Eu disse: “Eu vou orar para Deus curar a senhora, ’tá bom?” Ela chorou muito e disse que o médico lhe havia dado vinte dias ou um mês. Eu orei e para a glória e louvor de Deus ela hoje é dinâmica aqui na igreja.
Outra pessoa estava com lepra e era rejeitada por todos. Reuni um grupo de irmãos e fomos visitá-la. Era um casebre muito pobre, todo coberto de trepadeiras. Cheguei na porta com os irmãos e um deles disse: “Ah, Pastor, nesta casa nós não vamos entrar, não”. Eu respondi: “É esta realmente a casa em que temos de entrar". Bati e a pessoa levou uns dez minutos para chegar à porta. Ao abrila, meu primeiro impulso foi abraçála. Ela estava enrolada num lençol porque não podia se vestir. Enquanto orava, Deus colocou a palavra nos meus lábios e eu lhe disse que Ele iria curá-la. Dentro de quinze dias, essa pessoa veio para a igreja com a pele limpinha e está viva até hoje. Foi totalmente curada para glória e louvor de Deus.
Há uns cinco anos, pediram-me para visitar uma pessoa com AIDS, no Hospital do Fundão. Quando cheguei lá, o rapaz estava em fase terminal. Mas eu senti que Deus iria curá-lo. Quando me ajoelhei ao lado da cama e intercedi a Deus por ele, ele se virou, olhou para mim e disse: “Ah, Pastor, eu queria tanto que o Sr. viesse aqui”. Todo mundo ficou surpreso visto que ele já não falava há muitos dias. Isso foi numa quartafeira. No domingo, deram alta para ele ir para casa, curado. Graças a Deus, está vivo até hoje.
Há outros casos como o de senhoras que não podiam ter filhos e, com minha oração, Deus lhes deu essa graça. Deus curou uma senhora no quarto mês de gravidez e com câncer no útero. Cinco meses mais tarde, o bebê nasceu normal. Ela já teve outros depois e está bem. Só não freqüenta mais a igreja porque o marido foi transferido para o Ceará.
LL: Por que isso acontece?
PH: Porque ponho em prática a palavra de Deus. Jesus disse que, em seu nome, curaríamos enfermos, expulsaríamos demônios, limparíamos leprosos. Outros pessoas também têm sido curadas após a unção de óleo. É realmente Deus quem liberta.
LL: O Sr. acredita que Deus dá esse dom de cura para todos?
PH: A palavra diz que Deus usa a pessoa naquilo que for necessário. A operação do espírito santo vem, às vezes, de improviso. Podemos estar conversando e não imaginar o bem que isso esteja causando. Uma palavra ou uma expressão pode libertar a pessoa definitivamente.
LL: O Sr. prega a cura espiritual?
PH: Falo nela em quase todos os sermões, mas principalmente às quartas e sábados. Às quartas, oramos pelos casos que o homem chama de impossíveis, mas que para Deus são possíveis. Sábado é dia da cura divina e dos dons espirituais. A minha missão é transmitir a palavra sem duvidar, mas de uma maneira que a pessoa acredite. Eu oro hoje e amanhã a pessoa vem testificar. Ou, às vezes, na mesma hora, a pessoa fica curada de uma dor de cabeça, de uma dor no braço, de uma tontura...
LL: Qual a sua mensagem para pessoas que estão querendo reconstruir a vida profissional, emocional ou mesmo a saúde?
PH: A Bíblia é como uma chave para a restauração da vida e para o bem-estar das pessoas. Liberta pessoas e as torna mais felizes e sadias. Como em Romanos: “...tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (8:18).
A princípio eu nem sabia que estava com câncer. Eu nem sabia que era essa doença. Fui operada cinco vezes, na minha inocência e sem estudo nenhum. Mas um dia, Deus me disse para que eu não deixasse ninguém mais me cortar. Ele ia tomar conta de mim. Os médicos falavam que isso não tinha cura e que iria aparecer em outras partes do corpo. Mas eu aceitei Jesus. Faço os exames uma vez por ano no hospital desde 1981 e nunca mais tive nada.
