Depois de tantos meses de forte inverno na região nordeste dos Estados Unidos, dezenas de americanos cruzaram o Oceano Atlântico para, juntamente com alemães, receberem três mil pessoas de mais de 50 países. Uma das cidades com maior diversidade de eventos culturais da Europa, Berlim, acolheu com hospitalidade aqueles que se interessam por espiritualidade e por idéias que transformam a vida.
Essa atmosfera acolhedora começou no ensolarado domingo do dia 1º de junho. Décima Primeira Igreja de Cristo, Cientista ofereceu um culto em português, preparado por duas simpáticas leitoras: Heike Behrend, que aprendeu português em Portugal, e Bärbel Jahn-Albert, que estudou o idioma na universidade.
Após o culto, sob uma deliciosa temperatura de 30º, Heike foi com algumas brasileiras ao Max-Schmeling-Helle, local em que se realizou a Assembléia Anual de 2003 e Simpósio d'A Primeira Igreja de Cristo, Cientista. A alegria era visível: pedestres caminhando na mesma direção, comentavam o maravilhoso fato de esse evento ser realizado na Europa, possibilitando assim a participação de pessoas de todos os cantos do mundo.
Às 16h, houve a transmissão via satélite, do culto da Igreja Mãe, em Boston, com tradução simultânea para o português, espanhol, francês, italiano, alemão e russo. Para Géo Carvalho, brasileira que mora na França, a experiência maravilhosa de ouvir a todos cantarem, cada um em seu próprio idioma, mostrou que, com fé e entusiasmo, todas as barreiras são vencidas. Já Angela Rafael, do Brasil, referindo-se ao poema de Mary Baker Eddy cantado como solo em sete idiomas, comentou: “aquele hino nunca me soou tão lindo!” Para Alessandra Colombini, também do Brasil, foi difícil conter as lágrimas ao ver nos telões imagens de Boston e Berlim ao mesmo tempo. E acrescentou: “esse exemplo de progresso tecnológico é a demonstração do nosso grau atual de espiritualidade, da nossa consciência da onipresença de Deus.”
Após o culto, houve uma explanação de Virginia Harris, presidente do Conselho de Diretores da Christian Science, sobre as dificuldades e vitórias que Cientistas Cristãos vivenciaram durante os anos que se seguiram à II Guerra Mundial. Na sequência, alguns alemães partilharam suas comoventes experiências. Depois dessa reunião, Gladys Pombo, do Uruguai, mas morando há muitos anos na Espanha, comentou: “Às vezes, só vemos obstáculos, mas é preciso saber que espiritualmente não há barreiras.” Sua amiga, Maria Teresa Blasco, acrescentou: “Algumas situações nos fazem sentir impotentes, mas temos de lutar e ter esperança.” Liselotte e Jacob Forner, da Suíça, também foram tocados: “Foi impressionante saber o que os berlinenses [e outros] tiveram de enfrentar. Agora vemos a universalidade da Christian Science e temos a sensação de pertencer a uma família mundial.”
O painel da segunda-feira de manhã mostrou como pessoas, em diversas partes do mundo, estão em busca da espiritualidade para obter saúde e soluções para seus problemas. A participante Maria Elisabete F. de Castro, de Portugal, comentou que agora sim, sabe a importância de Ciência e Saúde para a humanidade: “Em momentos de dúvidas, desânimo, ou alegria, qualquer um pode buscar o que necessita nesse livro. Antes, eu me desanimava por não ter ninguém que me esclarecesse, mas saio daqui com a convicção de que Ciência e Saúde vai responder a todas as minhas perguntas.” As irmãs Eleonora e Gabriele Gross, brasileiras, residentes na Alemanha, disseram: “É muito fácil dar ou vender o livro. Não é preciso falar muito” ... “Aqui deu para ver que há muitos que gostam das mesmas coisas e pensam da mesma maneira que a gente. Isso dá coragem.”
A Assembléia Anual foi aberta pela ex-presidente Honor Hill, em Boston. A seguir, passou a palavra e o martelo (simbolicamente, pela imagem no telão), ao novo presidente, Hans Joachim Trapp, um simpático praticista e professor de Christian Science, residente em Berlim. Marlene dos Santos, do Brasil, pôde ser facilmente identificada por estar sempre radiante, com a bandeira do seu país. Mas, contou porque o final dessa Assembléia a fez chorar: “Foi maravilhoso! Deu-me orientação espiritual. Vi como todos podemos derrubar os muros da insegurança e do medo”.
Denise G. de Peyon, brasileira que mora na Nova Zelândia, após a apresentação da Biblioteca Mary Baker Eddy para o progresso da Humanidade, constatou: “Agora entendi! Essa Biblioteca não é para Cientistas Cristãos. A Christian Science não pode ser um monopólio, é realmente para o mundo.”
Três angolanos vieram a Berlim. Mafuta Rosa, disse que o dinheiro para a passagem foi resultado de muita oração. Ao chegar ao local do evento, seus pensamentos se encheram de amor ao próximo e sentiu muita paz. Já seu marido, Mwanza Daniel, ficou satisfeito com tudo o que viu e acrescentou: “Ganhei muito espiritualmente, estou saindo daqui com uma nova perspectiva e vou me esforçar para encontrar a quem possa entregar Ciência e Saúde, pois esse livro é a base para a solução dos problemas.”
Outros comentários foram tocantes. “Nesse evento transpareceu a união” (Úrsula Dengler, Brasil). “Minhas expectativas foram ultrapassadas. Gostei muito do que se falou sobre a importância do Arauto como veículo de transmissão da mensagem da Christian Science para o mundo” (Basília Bonifácio, Brasil). “Fiquei impressionada com a visão do Conselho de Diretores da Christian Science e com o amor dos brasileiros que encontrei aqui” (Marluce Petterson, brasileira, morando há 30 anos nos EUA). “Achei interessante saber algo sobre a autora de Ciência e Saúde. Essa reunião me inspirou a lê-lo” (Nelson Santos, Portugal).
No próximo mês estaremos fazendo a cobertura completa desse evento que tocou a vida de tantas pessoas. Até lá!
