“Colhemos o que plantamos” é um ditado bem conhecido. Na parábola do semeador, Jesus mencionou que “a semente que caiu em boa terra” deu fruto. Ao semear os ensinamentos divinos, os frutos só podem ser cem por cento bons.
Minha preocupação sempre foi cumprir rigorosamente as leis do meu país. Posso não concordar com todas, mas isso não me dá o direito de não cumpri-las.
É sempre desagradável falar sobre imposto. Noto isso, tendo em vista minha profissão de Contador. No Brasil existem mais de 50 tipos de impostos. Alguns considero injustos, mas nada se pode fazer enquanto não ocorrer a reforma tributária. Só nos resta pagá-los corretamente.
Certa vez, perguntaram a Jesus se era justo o imposto cobrado por César, o imperador de Roma. Ao responder, Jesus solicitou que lhe mostrassem uma moeda e perguntou de quem era a efígie e a inscrição. Como era a de César, Jesus disse que deveriam dar ao imperador o que lhe pertencia, ou seja, pagar o devido imposto (ver Mateus 22).
Devemos fazer exatamente o mesmo, dar ao governo o que é do governo. Entretanto, há falta de conhecimento sobre o assunto. Nos quase 53 anos de profissão, vejo que sempre causa espanto à maioria das pessoas saber o quanto se deve pagar de imposto. Tudo é uma questão de informação e educação.
Aproximadamente há 43 anos, achei apropriado começar a ensinar aos meus filhos a função dos impostos. Cheguei à conclusão, na época, de que seria uma tarefa árdua. Entretanto, mais tarde, tive a satisfação de ser professor na Universidade Federal de Santa Maria, por 25 anos, e de expor aos futuros colegas minha tese sobre os impostos.
Na atividade de longos e agradáveis anos de profissional da contabilidade, sinto-me orgulhoso e gratificado pelo exercício dessa função. Aprendi que só temos direitos se cumprirmos nossas obrigações e uma delas é pagar corretamente os impostos. No dia-a-dia, é visível a insatisfação das pessoas quanto a esse dever. Penso que uma boa solução para isso é se volver a Deus como fonte de todo suprimento e amar o próximo como a si mesmo.
Não há dúvida de que enfrentamos em nosso país um desnível social muito grande. A movimentação do dinheiro, porém, pode ser algo benéfico para todos, por isso gosto de entendê-la como se fosse a circulação do amor divino. Deus é Amor e também é o Pai bondoso que oferece a Seus filhos toda Sua fortuna espiritual de idéias, de inteligência, de perspicácia, de justiça e de equilíbrio. A oração e a fé nos ajudam a ver expressas tais qualidades em nossa vida.
Como cidadãos, cumprimos nossa parte e colaboramos para o progresso de nosso município, investindo na própria localidade, adquirindo produtos, materiais diversos e acessórios na própria cidade onde residimos. Toda a minha família segue essa estratégia, pois isso representa muito para as finanças do município, visto que gera aumento dos impostos devidos sobre o movimento do comércio e da indústria. Como conseqüência, o município dispõe de mais recursos para realizar as obras e serviços sociais necessários para o bem-estar da população. Quando os recursos financeiros são suficientes e bem empregados, há uma vida social melhor. Só é preciso administrá-los corretamente. A pessoa física paga imposto direta ou indiretamente, pois em qualquer bem adquirido com nota fiscal, o valor já está incluso. Entretanto, é preciso orar para que haja equilíbrio, justiça e honestidade entre os valores recolhidos da pessoa física e os devidos e pagos na fonte pela pessoa jurídica.
Como filhos de Deus, todos temos o direito de viver em paz, em harmonia, com segurança e tranqüilidade, sem que ninguém seja excluído, rejeitado ou injustiçado. Para que cada vez mais pessoas saibam disso, tenho sempre à disposição exemplares do Arauto para visitantes, clientes, amigos e colaboradores. Afinal, todos podemos colher o bem que plantamos.
