Você necessita de cura? Por favor, não leve muito tempo para ler este editorial! Leve apenas um momento de eternidade.
Um método de cura atemporal soa um pouco como a descrição de um sistema curativo que tem se mantido firme ao longo do tempo. Isso mesmo, aqueles que se volvem a Deus em busca de bênçãos poderiam facilmente identificar a oração como uma maneira eterna de encontrar respostas para os problemas prementes da mortalidade. Mas, podemos fazer uma sondagem ainda mais profunda, a fim de trazer à luz a natureza atemporal da cura divina. Então, a oração se tornará cada vez mais eficaz. Poderemos curar como Jesus e como ele desejava que o fizéssemos.
A cura pelo Cristo é um método de cura atemporal, porque não depende do tempo. A Bíblia faz alusão a essa atemporalidade: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13). Desde os primórdios dos tempos bíblicos, o toque sanador do Cristo tem sido sentido. Mesmo hoje, esse toque ainda se constitui em uma terna presença, enaltecendo e abençoando. Se você desejar sentir esse terno poder, reconheça-o como sempre presente em sua consciência “ontem, hoje e para sempre”.
Imagine o que significa ser livre do tempo. Apenas vislumbre um pouco dessa liberdade e você descobrirá a verdadeira cura. Mary Baker Eddy usou uma série de palavras e frases para lançar uma nova luz sobre a natureza do tempo (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 595). Aqui estão duas delas: (1) medidas mortais; (2) a matéria. A maioria das pessoas imagina a cura dentro de um contexto de tempo, isto é, leva tempo para problemas se desenvolverem (até mesmo dificuldades que chegam repentinamente levam pelo menos um momento para aparecer). Além disso, leva tempo para serem resolvidas. Mas, a cura atemporal envolve a eliminação do tempo.
Um “jejum” das medidas mortais, uma negação da matéria. Jesus curava porque estava cheio de amor, portanto, dotado do Cristo. Ele não avaliava as pessoas de acordo com a mortalidade. Ele não as caracterizava como objetos da matéria. Sua avaliação sobre uma pessoa era crística, de acordo com a natureza eterna que Deus deu a cada um de nós.
Aqueles que se volvem a Deus em busca de bênçãos poderiam facilmente identificar a oração como uma maneira eterna de encontrar respostas para os problemas prementes da mortalidade.
Tomemos um exemplo simples sobre as diferentes maneiras que a maioria das pessoas no mundo usa para lidar com a cura. Suponhamos que surja algum tipo de problema. Talvez um problema físico. A maneira de o mundo lidar com tais problemas humanos sempre envolve o fator tempo. O que isso significa? Momentos, até mesmo horas, de atenção concentrada na matéria, avaliando-a e dando-lhe ênfase. As pessoas tipicamente avaliam seu nível de desconforto, se é pequeno ou grande. Talvez meçam a temperatura, os batimentos cardíacos, a pressão arterial, há quanto tempo estão sofrendo com a doença. Medidas mortais são uma afirmação da existência da matéria. Classificando-a, observando-a e, freqüentemente, temendo-a. A mente humana diz para essa assim chamada substância: “Posso medila. Você pode me definir. Você é minha realidade. Você está enraizada na realidade do tempo”. Mas, a Ciência do Cristianismo nos tira, radicalmente, desse atoleiro de medir a matéria e nos leva aonde podemos ver a nós mesmos como espirituais e crísticos, os mesmos “ontem, hoje, e sempre.” Atemporais.
O Cristo é um eterno impulsionador, enaltecedor, agindo dentro de nossa consciência. Essa presença compassiva nos confirma no Espírito. Ela revela o Espírito como incomensurável, não-confinado, infinito. Quando reconhecemos, em espírito de oração e também com amor e convicção, que o Espírito ilimitado é a nossa verdadeira substância, as limitações e desarmonias mortais diminuem. Ás vezes, rapidamente. A cura pelo Espírito nos leva a desejar ardentemente, não tanto a liberdade na matéria, mas a liberdade fora da matéria. A cura que se apóia no elemento tempo, nos leva a enfatizar que ficaremos melhor, deste momento em diante. A cura atemporal inclui ficarmos melhor, daqui para trás! Isso mesmo, a liberdade real não acontece se simplesmente pensarmos em nossa existência como sujeita a um cronograma em que a discórdia tenha um ponto de partida e a oração tenha como objetivo persuadir a Deus para nos livrar das dificuldades, digamos, amanhã. Somos libertados quando começamos a despertar para a compreensão de que não estamos, em absoluto, dentro de um cronograma. Nunca estivemos na matéria. Não podemos e não nos permitiremos ser medidos, como se nossa condição fosse a mortalidade. Somos a expressão do Cristo. Nossa identidade real está aqui mesmo na eternidade, na perfeição atemporal do Espírito.
Somos libertados quando começamos a despertar para a compreensão de que não estamos, em absoluto, dentro de um cronograma.
A eternidade não é algo que acontece no futuro. Ela não é um tempo sem fim. Ao invés de ser um prolongamento do tempo, é a eliminação do tempo. Como a Sra. Eddy o coloca, com muita propriedade: “...o tempo não faz parte da eternidade” (Ciência e Saúde, p. 468). Seu desafio ao conceito de tempo tem, para mim, um toque daquilo que São João, no Apocalipse, descreveu como um anjo mostrando que, na medida em que virmos toda a criação como proveniente do Espírito, demonstraremos que: “já não haverá demora” (Apocalipse 10). Não existirá nenhuma demora em nossa vida para expressarmos a perfeição de Deus.
Certa vez, tive uma tosse seca que persistiu por um longo tempo, pelo menos foi essa duração de tempo mortal que atribuí à doença. Parecia que eu simplesmente não conseguia me livrar dela. Então, um dia, enquando orava sobre a irrealidade do tempo, senti uma sensação de libertação da mortalidade, uma espécie de imortalidade ou céu. Foi como se a influência nutriente do Cristo tivesse me libertado dos confins do tempo, enquanto eu ponderava a falta de poder das “medidas mortais” e da “matéria.” A tosse cessou repentinamente. Foi como se o tempo tivesse parado. Vislumbrei e senti uma sensação de eternidade. Naquele momento, Deus se tornou mais real para mim do que a tosse. Uma percepção espiritual da realidade destruiu a mortalidade. Eu podia tossir no tempo, mas não na eternidade!
Uma abordagem sobre a cura que se apóia no fator tempo, luta dentro da matéria. A matéria é uma medida autolimitadora da mente humana. É um esboço das restrições da vida. Por outro lado, a cura atemporal é o abandono da matéria. Ela cede ao ser real por ser este a expressão ilimitada, irrestrita e incomensurável do Espírito. Quando amamos a Deus como nossa realidade, uma medida do Cristo emerge em nossa consciência e é representada em nossa vida como uma sensação de bem-estar, um sentimento de alegria e paz interior, uma convicção da nossa verdadeira inocência e pureza. Não perdemos nossa substância, mas começamos a vivê-la sobre uma base permanente.
Ao tratar uma situação ou uma doença por meio de oração, pense em uma cura atemporal, assim não estará preso à matéria ou à mortalidade, tentando sempre medi-la e realçá-la. Você é a expressão da harmonia infinita do Espírito, porque é acalentado como o filho imaculado de Deus, para sempre. Você simplesmente não tem nenhum tempo em sua vida para qualquer outra coisa que não seja a eternidade!
