Às vezes, acho que a maioria das pessoas neste planeta não confia em seus governos. Essa falta de confiança pode aparecer, esporadicamente, em manifestações de massa, sob a forma de violência, ou talvez possa ser percebida na cobiça insaciável dequeles que estão no topo do poder e no sentimento de desamparo dos que estão mais abaixo. Entretanto, como ponto positivo, nações desenvolvidas estão ajudando países menos desenvolvidos em seus esforços para estabelecer instituições democráticas. Considerando-se os desafios que esses países enfrentam, se não houver algum tipo de espiritualidade sustentando esse idealismo, é muito provável que as pessoas fiquem desanimadas.
Uma das idéias atuais em economia política é a de que, para se alcançar uma boa governabilidade, as instituições democráticas, tais como um judiciário independente, uma imprensa livre e associações cívicas, precisam ser fortalecidas. Isso funciona bem em países onde a democracia tenha alcançado um certo grau de aceitação. Mas, em lugares onde essas instituições nunca existiram ou onde a população em geral não tem nenhuma confiança na integridade delas, isso parece idealista demais. Uma rápida olhada nas manchetes sobre crises de governabilidade em diversos países, tanto na América Latina quanto na África, demonstra exatamente isso, como também muitas notícias provenientes do Iraque. Para construir uma estrutura democrática é preciso que o povo confie no que ela tem para oferecer.
Um bom governo, precisa começar em nível individual, com os ideais que norteiam a vida das pessoas.
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