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Como o pensamento influencia a saúde

Da edição de julho de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Deus e a saúde. Tantas pessoas fazem especulações sobre essa conexão, que até mesmo originou uma reportagem de capa da revista Newsweek, de novembro de 2003, com várias páginas dedicadas aos esforços dos pesquisadores médicos, no sentido de dar validade, de forma científica, ao efeito da oração sobre a saúde. Há aproximadamente duas décadas, venho acompanhando reportagens sobre espiritualidade e saúde, e o que mais me chamou a atenção nesse artigo da Newsweek foi o tempo que essas pesquisas têm durado. Os pesquisadores estão abrindo brechas nos tradicionais muros que separam o pensamento e a espiritualidade da medicina científica.

Na maior parte do século passado, a medicina moderna se definiu como independente da influência do pensamento sobre o corpo e, até mesmo, separada dessa influência. Por exemplo, antes de um remédio ser comercializado, ele precisa ser testado para se ter certeza de que está claramente dissociado do efeito placebo. Esse efeito é uma melhora na saúde produzida por uma resposta mental do paciente ao tratamento que, na verdade, não tem nenhuma eficácia curativa. As clássicas “pastilhas de açúcar” são um exemplo de placebo. Todas as pessoas do grupo de teste são informadas de que irão receber um novo medicamento; no entanto, a metade do grupo recebe um placebo, a fim de testar o poder da crença sobre o corpo. Se o remédio produzir uma melhora maior do que a porcentagem de curas efetuadas das pelo efeito placebo, ele será considerado um remédio científico. O efeito do pensamento sobre o corpo, embora reconhecido, é geralmente considerado “ruído” de pesquisa, ou uma “peste” a ser expurgada, ao invés de investigada.

Mas isso está mudando. A relação entre o pensamento e o corpo está sendo pesquisada e demonstrando que uma mudança no pensamento produz alterações fisiológicas específicas no corpo. Por ser o termo Placebo considerado tão negativo, inclusive como algo de caráter mental ou espiritual, muitos perquisadores estão se referindo ao seu próprio trabalho, hoje em dia, como uma medicina mente/corpo. Estão questionando e pesquisando questões muito importantes, tais como: “Como é que o pensamento se traduz em alteração física? O que está realmente sendo tratado e qual é esse tratamento? Acaso o pensamento do médico exerce algum efeito sobre a saúde do paciente? Qual o papel que o paciente exerce no cuidado de sua saúde? Além disso, por que a medicina moderna está tão fortemente concentrada na doença”? Eles se perguntam: “Quando cinco entre quinze pessoas ficam gripadas, por que ficamos estudando os cinco doentes e não as dez pessoas que permaneceram saudáveis”? Tais perguntas são tão essenciais, que têm o poder de mudar os fundamentos dos modernos métodos de cuidados com a saúde.

A persistência dessas perguntas e a pesquisa que elas estimulam, abrem o caminho para um exame mais profundo do fato de a oração afetar a saúde. Muitos pesquisadores estão se dedicando exclusivamente a isso, como mostra o artigo da revista Newsweek. Para mim, essa pesquisa parece ser muito mais do que uma disputa intelectual entre teorias médicas. Existe um despertar espiritual em ação entre a população em geral e muitos pacientes, médicos e pesquisadores já constataram ou experimentaram os resultados da oração, por si mesmos.

Como é que o pensamento se traduz em alteração física? O que está realmente sendo tratado e qual é esse tratamento? Acaso o pensamento do médico exerce algum efeito sobre a saúde do paciente?

Um médico confidenciou-me que todos os profissionais da área da saúde têm uma certa porcentagem de pacientes que melhorou, quando esse resultado não era esperado. Ele se lembrou disso quando contraiu uma doença para a qual a medicina convencional não tinha cura. Buscou a cura por meio da oração e ficou completamente curado. Naturalmente, ele mesmo ainda tem muitas dúvidas e sabe que será muito difícil validar sua cura cientificamente, para a satisfação de todos, mas ele sabe que a oração produz cura física.

Nessas experiências e questionamentos, não posso deixar de estabelecer um paralelo com o que levou Mary Baker Eddy à descoberta da Christian Science. Em sua própria busca por saúde, ela tentou tudo que oferecesse alguma esperança. Praticou homeopatia por algum tempo e foi chamada para tratar de uma mulher com hidropisia — acúmulo desnatural de água em certas partes do corpo (ver Ciência e Saúde, p. 156). A Sra. Eddy lhe prescreveu uma fórmula composta e aquela senhora melhorou. Quando Mary Baker Eddy descobriu que o médico anterior havia prescrito a mesma coisa, ela temeu que ocorresse um agravamento dos sintomas devido ao uso prolongado do remédio e desejou interromper a prescrição, mas a paciente estava relutante em fazê-lo. Prescreveu, então, o que equivaleria a um placebo. A paciente continuou a melhorar e foi curada.

A Sra. Eddy descobriu que não existe apenas uma conexão entre a mente e o corpo — eles são um todo contínuo. O corpo humano é um substrato da mente humana.

Contudo, juntamente com uma conscientização crescente da influência do pensamento sobre o corpo, que fora mascarada pela droga, havia uma outra questão interessante. Por que a paciente realmente melhorara quando estava sob seus cuidados e não sob os cuidados do médico anterior, uma vez que ambos haviam receitado a mesma coisa? Ela estava começando a perceber a influência poderosa do médico sobre o pensamento e o corpo do paciente. Finalmente, ela descobriu que: “A crença de um paciente é mais ou menos modelada e formada pela crença de seu médico acerca do caso, ainda que o médico não diga nada para sustentar sua teoria. Seus pensamentos e os do paciente misturam-se, e os pensamentos mais fortes dominam os mais fracos. Daí a importância de que os médicos sejam Cientistas Cristãos” (Ciência e Saúde, p. 198).

A Sra. Eddy descobriu que não existe apenas uma conexão entre a mente e o corpo — eles são um todo contínuo. O corpo humano é um substrato da mente humana. Devido a isso, ela aprendeu a tratar os sofrimentos físicos por meio da mente e não da matéria.

Entretanto, isso não significa que a mente humana, que contém o que é chamado de condição física e que está, consciente ou inconscientemente, manifestando-se no corpo, seja a fonte da cura. Não manipulamos a mente humana a fim de mudar o corpo. Ao invés disso, apelamos à Mente divina, Deus, que é quem regenera a mente humana e, conseqüentemente, restabelece o corpo.

De acordo com a Sra. Eddy há uma coincidência do humano com o divino, no sentido de que há uma criação espiritual perfeita de Deus, exatamente onde, para a percepção humana, parece haver um corpo material. Escreveu ela: “...cada criação, cada idéia do Espírito tem sua contrafação em alguma crença material. Cada crença material constitui uma alusão à existência da realidade espiritual; e se os mortais forem instruídos a respeito das coisas espirituais, ver-se-á que a crença material, em todas as suas manifestações, quando invertida, é compreendida como uma indicação e uma representação de verdades inestimáveis, eternas e sempre à mão” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos], pp. 60-61).

À medida que formos “instruídos a respeito das coisas espirituais”, perceberemos mais evidências da própria realidade espiritual. Além disso, não só no pensamento, mas em todos os aspectos do corpo e em todos os níveis: bioquímico, molecular e celular.

Certa vez, uma médica ligou para uma praticista da Christian Science pedindo ajuda para si mesma, para o que ela diagnosticara como cálculo renal. Ela também descreveu uma situação de turbulência entre seus colegas médicos, o que passou a restringir a maneira com que ela desejava praticar a medicina. A médica havia desenvolvido, ao longo dos anos, um interesse crescente pela Christian Science, visitando várias vezes uma Sala de Leitura local para aprender mais sobre a cura espiritual.

O poder do Amor divino, em ação em cada cura espiritual individual, é o mesmo poder que está em ação em toda a reforma do sistema de saúde.

O tratamento que a médica recebeu foi inteiramente metafísico. A praticista raciocinou que a ação dos rins não era independente do pensamento, mas era, em realidade, o substrato do pensamento humano e, portanto, essa ação era governada por ele. A realidade espiritual era o fato concreto de que o Amor divino mantém constantemente a pureza e a harmonia de sua expressão, sem restrições. O poder da realidade espiritual em ação no pensamento humano é dinâmico. Abrange e corrige a crença humana, ao mesmo tempo em que alcança e governa o substrato inteiro do pensamento, o corpo físico e sua ação.

Uma boa metáfora a respeito do modo como esse poder espiritual atua, pode ser encontrada na parábola de Jesus sobre o joio e o trigo (ver Mateus 13). O Joio, que no começo talvez possa parecer-se com o trigo, na verdade, são ervas daninhas. Elas acabam sendo separadas do trigo — o elemento genuinamente bom — que é preservado. Semelhantemente, a realidade espiritual, presente e ativa ali mesmo onde a função física parece estar, perscruta o organismo humano inteiro, protege e melhora aquilo que é humanamente útil, separa e remove aquilo que é sem valor ou nocivo. A praticista raciocinou que esse poder tinha também jurisdição sobre o corpo de relacionamentos da médica e que ele abriria o caminho para o progresso. A pedra, que estava no rim, foi eliminada de seu corpo em 30 minutos. O relacionamento com seus colegas precisou de mais alguns ajustes, mas foi resolvido algum tempo depois.

Para mim, o poder do Amor divino, em ação em cada cura espiritual individual, é o mesmo poder que está em ação em toda a reforma do sistema de saúde. Podemos confiar em que ele irá melhorar e proteger aquilo que é útil para o progresso humano, e remover aquilo que não o é. Mary Baker Eddy escreveu sobre esse poder transformador: “...o Amor divino realizará aquilo que todos os poderes da terra combinados nunca poderão impedir que se realize, ou seja, o advento da cura divina e sua Ciência divina" (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [Primeira Igreja de Cristo, Cientista e Outros Escritos], pp. 307-308).

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