Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Casa cheia

Da edição de maio de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Lá estávamos nós, roendo as unhas, emocionados, mas um pouco apreensivos, enquanto tentávamos traçar um plano para que tudo corresse bem. Havíamos acabado de saber que minha esposa estava esperando nosso primeiro filho. Vivíamos em um apartamento que, mesmo só com nós dois, parecia uma cabine telefônica. A vizinhança? Uma região, às vezes perigosa, freqüentemente movimentada, sempre barulhenta. Seria esse o lugar ideal para se começar uma família? A pergunta era sem propósito pois, mudar, naquele momento, não era uma opção.

Honestamente, não sabíamos como sustentaríamos o bebê. Minha esposa trabalhava em um escritório há alguns anos. Decidimos que ela continuaria lá até o parto, mas que não voltaria ao trabalho, após o nascimento do bebê. Apenas eu continuaria trabalhando. Acontece que estava mudando de carreira, me tornando autônomo e eu sabia que o crescimento nessa nova linha de trabalho seria longo e gradual. Para completar, não tínhamos reservas na poupança.

Uma amiga sugeriu uma linha de oração que a havia ajudado em situações como a nossa. Ela nos encorajou a pensar no bebê como um ser completo, sem nenhuma carência e vindo de Deus, já equipado de todo o necessário para seu sustento. Achei certo pensar na criança chegando daquela maneira e ainda com alguma sobra.

Enquanto ponderava mais sobre a situação, dei-me conta de que o conselho de minha amiga refletia uma idéia de Ciência e Saúde sobre a natureza do homem, um termo usado, de forma genérica, tanto para homens como para mulheres, e, nesse caso, tanto bebês meninos como bebês meninas. O livro se refere ao homem assim: “Ele é a idéia composta que expressa Deus e inclui todas as idéias corretas...“(Ciência e Saúde, p. 475). Essas palavras, tão familiares para mim, de repente assumiram um novo significado. Nosso bebê era uma idéia composta vinda diretamente de Deus, o Amor divino, a fonte de todo o bem. Isso significava que ele era espiritual, completo, sem nenhuma carência. Além disso, como uma idéia composta, ele já incluía todas as idéias corretas, ou seja, cada uma das que precisasse. Essa era a razão por que podia pensar nele como nascendo com tudo de que necessitasse.

Durante meses, antes do nascimento de nosso filho, minha esposa e eu estivéramos orando para vê-lo como já incluindo boa saúde, força e vigorosa imunidade. Sabíamos que essas qualidades espirituais, e outras, tinham sua origem em Deus. Naquele momento, veio-me ao pensamento: Não seriam coisas como roupas, alimento, andador e assim por diante, expressões de idéias corretas, já inclusas em uma idéia composta? Sem dúvida. Sabia que estaria em solo firme, se me apoiasse nesse sólido fundamento.

Há muitas coisas maravilhosas na paternidade. Para mim, o principal é testemunhar o que o Amor divino faz por seus filhos.

Essa revelação espiritual não ficou apenas no plano teórico. Tornou-se tangível. Após o nascimento do nosso filho, participamos de um jogo entre as famílias com filhos pequenos, na igreja a que minha esposa e eu pertencíamos. Passávamos para as pessoas roupas que já não nos serviam mais e elas nos passavam as roupas certas para nós. Todas as famílias daquela igreja se sentiram amadas e supridas. Ninguém se sentiu prejudicado por usar roupas usadas. Todos nós consideramos essa forma inesperada de provisão como uma evidência do amor maternal e paternal de Deus sendo expresso de uma maneira tangível. Era uma prova de que cada filho, cada idéia composta do Amor, já incluía todas as idéias corretas. Isso me impressionou, e até hoje me impressiona muito.

Contudo, ainda tínhamos de resolver a questão do apartamento. Havia uma piada que corria por toda Nova Iorque naquela ocasião, que dizia: “Meu apartamento é tão pequeno, que tenho de sair para mudar de idéia”. Suspeito que essa piada tenha sido escrita por um antigo morador do nosso apartamento. O problema era que eu só tinha acesso a um escritório dois dias por semana. O resto do tempo, trabalhava em casa. Havia ocasiões em que me acomodava na banheira vazia, completamente vestido e fechava a porta. Era o único lugar silencioso em que podia falar ao telefone com clientes.

Continuei orando para ver que aquela ocasião era mais do que uma referência a ciclos de vida e biologia, ou seja, aquela criança era realmente a manifestação do Criador celestial, Deus, abençoando à minha esposa e a mim. Vi mais claramente que as bênçãos de Deus nunca se transformam em fardos. À medida que me convencia disso, sentia-me aliviado e abençoado.

Existe uma passagem na Bíblia, que diz: “Acaso, farei eu abrir a madre e não farei nascer? — diz o Senhor; acaso, eu que faço nascer fecharei a madre? — diz o teu Deus” (Isaías 66:9). Percebi que esse versículo se aplicava não só ao trabalho de parto e ao nascimento, mas vi que, se Deus alguma vez gerou o bem, então Ele sempre geraria o bem. Se Deus não fechar a fonte da vida, da alegria e da realização uma única vez, Ele não a fechará nunca. Volver-me a Ele para satisfazer a todas as necessidades na hora do nascimento fez sentido. Volver-me a Ele um mês ou um ano mais tarde, ainda fazia sentido.

Minha renda alcançou rapidamente um patamar adequado para pagar por um novo apartamento, que era enorme, se comparado ao anterior. Oferecia uma vista espectacular e acesso a um parque com área de lazer para bebês e crianças. Quando nossos outros dois filhos chegaram, foi muito mais fácil me sentir abençoado ao invés de sobrecarregado.

Há muitas coisas maravilhosas na paternidade. Para mim, o principal é testemunhar o que o Amor divino faz por seus filhos. Como minha família e eu pudemos constatar, Deus tem uma forma permanente de Se expressar por meio de Seu cuidado e Seu amor. O poder transformador do Amor cuida da humanidade e a governa, suprindo todas as necessidades.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / maio de 2006

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.