O Presidente Bush, no início deste ano, em seu discurso anual ao Congresso dos Estados Unidos, mencionou: “A América está viciada em petróleo”. Essa afirmação tomou conta das manchetes indicando um momento de oportunidades. Se um ex-magnata do petróleo fala sobre a dependência desse produto, será que as soluções para o problema não estão batendo à nossa porta?
O consumo de combustível mineral, que vem crescendo há anos, ainda precisa ser amplamente discutido. Contudo, especialistas têm divulgado muitas alternativas criativas disponíveis. Não precisamos esperar que a tecnologia venha a atender às nossas expectativas. Boas soluções já estão em vigor, contribuindo positivamente, mas nenhuma é realmente eficaz. Por isso, precisamos de uma perspectiva mais elevada e temos de compreender melhor as idéias espirituais que se desdobram em novas abordagens sobre o assunto.
Consideremos apenas uma dessas novas alternativas. Vejamos o Brasil, onde foi instituído um programa de independência energética por meio do abastecimento dos carros com álcool etílico ou etanol. Melhor ainda, os brasileiros não estão usando o álcool feito de milho, pois não seria a opção mais adequada para o país. Eles o estão produzindo, de maneira mais eficaz, a partir da cana-de-açúcar. O Brasil é rico em cana e sua plantação cresce constantemente.
Ninguém está sugerindo que esse exemplo resolva a iminente crise mundial. Mas, essa poderia ser uma das soluções para os próximos anos. Quase todos concordam em que uma resposta fundamentada em várias alternativas será a mais eficaz.
O modelo brasileiro nos remete a um exemplo bíblico do Antigo Testamento. Eliseu, profeta que foi inspirado pela Alma, Deus, socorreu uma viúva que estava passando por extrema necessidade (ver 2 Reis 4). Ela estava prestes a perder seus dois filhos para um credor. Eliseu lhe fez uma pergunta que mudou seu pensamento, elevando-o a uma perspectiva mais inspirada e voltada para a solução do problema.
“Dize-me que é o que tens em casa”?, perguntou ele. “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”, respondeu ela. Onde ela via escassez, ele viu abundância. Ele persistiu em que a viúva tivesse uma perspectiva mais elevada e espiritual. O profeta lhe disse que pedisse emprestadas a seus vizinhos tantas vasilhas quantas pudesse coletar. Como resultado, o azeite se multiplicou, enchendo todas as vasilhas. Ao vendê-lo, sua necessidade foi suprida abundantemente.
Voltando ao assunto do Brasil, será que os brasileiros, de fato, se perguntaram: “O que é que temos em casa”? Será que eles valorizaram mais o bem já disponível? Parece que identificaram uma solução viável e a executaram. Alguns especialistas afirmam que essa crise é tão profunda, que qualquer solução será muito difícil de ser implementada. Entretanto, o modelo brasileiro mostra que as respostas podem estar mais próximas e palatáveis do que supomos.
Deus proporciona o reconhecimento e a execução de idéias inspiradas. Deus é Alma, a fonte da intuição, da criatividade, da perspicácia. A Alma nos dota de recursos mentais e espirituais.
Duas etapas entram em cena: 1. Reconhecer uma boa idéia para resolver o problema; 2. Implementar essa idéia.
O Todo-Poderoso participa de ambas as etapas. Deus proporciona o reconhecimento e a execução de idéias inspiradas. Deus é Alma, a fonte da intuição, da criatividade, da perspicácia. A Alma nos dota de recursos mentais e espirituais. A Alma nos liberta de padrões limitados de pensamento, dos bloqueios que impedem a percepção das soluções já disponíveis “em casa”. A Alma revela o bem que está ao nosso alcance, mesmo que seja de forma não convencional. A Alma nos faz tomar consciência de que o bem já está presente, proporcionando um avanço rápido.
Mary Baker Eddy escreveu: “A Alma tem recursos infinitos para abençoar a humanidade, e a felicidade seria alcançada mais facilmente e estaria mais segura em nosso poder, se a buscássemos na Alma” (Ciência e Saúde, p. 60).
Eliseu, profeta inspirado pela Alma, percebeu a abundância do azeite ali mesmo, onde os demais viam uma crise iminente. A humanidade não precisa ser composta de Eliseus, a fim de nos libertarmos da dependência de petróleo. Entretanto, necessitamos de pessoas que sigam o exemplo da viúva e implementem boas soluções originadas no Divino. Todos podem voltar a consciência para Deus e estar mentalmente mais próximos da Alma. Todos podem ter idéias criativas. Isso resultará em melhores alternativas, menos empecilhos e em uma sociedade mais inclinada a abandonar a dependência do petróleo.
