, Gerente de Redação de todas as edições do Arauto, e , Escritor sênior para o Christian Science Sentinel, conversaram com o atual Embaixador dos Estados Unidos em Portugal. O Sr. Hoffman é Cientista Cristão desde a infância. Formouse pela reconhecida Academia Militar West Point e tem MBA da Harvard Business School. Fundou a bem sucedida empresa imobiliária WCI Communities, Inc., que atua em vários estados norte-ame-ricanos. Cedeu-nos alguns de seus preciosos momentos e publicamos a seguir, trechos da conversa.
Qual aspecto de seu trabalho em Portugal o deixa mais feliz?
A melhor parte do trabalho é representar os Estados Unidos, especialmente em Portugal, visto que foi o primeiro país neutro a reconhecer os Estados Unidos, em 1791. Por isso, a relação entre os países se fortificou. Em 1975, com a queda da ditadura portuguesa, os Estados Unidos deram apoio ao crescimento da democracia. Atualmente, ambos os países fazem parte da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e trabalham para promover democracia e liberdade em outras partes do mundo.
É gratificante ver os aspectos em comuns: valores familiares, simpatia, afeto e gentileza. Os portugueses são ótimas pessoas, querem fazer o correto. Fomos parceiros no combate ao cartel de drogas e aos terroristas. Portugal tem um compromisso com a paz mundial, uma visão global que é muito maior do que o tamanho do país possa indicar.
Portugal teve diversas colônias e o governo português se deu conta de que muito do que ocorria nas colônias não era em prol da Paz, mas sim para obter poder e controle de recursos naturais. Os portugueses compreendem bem que preservar os direitos humanos é reconhecer a santidade de cada indivíduo, ou seja, abraçar o conceito de que somos todos filhos de Deus. Dessa forma, promovemos a paz mundial. A democracia não promove o desentendimento entre os cidadãos. Aqueles que entendem que somos todos fihos de Deus não lutam para controlar idéias, poder ou recursos.
Uma das oportunidades que tive aqui foi conhecer vários embaixadores, inclusive de países islâmicos. Ao conversar com eles, deram-me um parâmetro sobre o Islamismo. No Alcorão, a palavra árabe para “muçulmano” significa “aquele que crê”. Maomé quis que essa palavra se aplicasse a todos, inclusive cristãos e judeus. Assim, toda a humanidade deveria amar o próximo e promover a fraternidade entre os homens.
Esta é uma boa época para se pensar em fraternidade.
Certamente, pois estamos próximos ao Natal. Podemos pensar que o governo de Deus inclui “paz entre os homens” e compreender que somos todos a inspiração de um só Deus, independentemente de o chamarmos de Deus, Alá ou Jeová. Tenho essa noção bem clara ao negociar assuntos importantes com outros.
Qual tem sido seu enfoque nos últimos seis meses?
A presidência na Comunidade Européia, pois, atualmente, Portugal é responsável por liderar as iniciativas. Os Estados Unidos têm trabalhado com o Presidente da Comunidade Européia para manter em andamento as sanções contra o Irã, para concluir bem a independência de Kosovo, e, como parte da OTAN, para apoiar que o Afeganistão se erga como democracia e deixe de ser uma área segura para terroristas. Mas também lidamos com pontos de vista diferentes no que diz respeito ao aquecimento global, ao tratado de Kyoto e, particularmente, com relação à Russia e ao estabelecimento de bases anti-mísseis em alguns países europeus.
Conte-nos um pouco sobre sua experiência diplomática.
Um diplomata sempre lida com objetivos e pontos de vista diferentes. Às vezes, é fácil encontrar algo em comum, às vezes não. Para obter bons resultados, um embaixador ou qualquer pessoa em serviço no exterior, deve buscar a unidade de todas as nações, trabalhar junto, reconhecer que o homem só pode ver a Verdade, independentemente de ele ser russo, armênio, iraniano ou egípcio. É importante orar antes de reuniões, para expressar o Cristo e ver o Cristo no outro. Isso cria uma atmosfera mais harmoniosa. Tenho notado como essa oração proporciona um ambiente propício e amigável. Lembro-me de uma informação importante que deveria dar ao governo português. Francamente, não sabia como fazê-lo, pois poderia soar ofensivo se eu trouxesse o assunto à tona. Mas, enquanto orava, recebi uma ligação inesperada do ministro envolvido no assunto. Ele pediu para que eu o encontrasse. Porisso, aproveitei o momento para apresentar o assunto de uma maneira apropriada e os resultados foram positivos.
Como sua família se tornou Cientista Cristã?
Meu pai imigrou de Viena, Áustria, sozinho para os Estados Unidos aos 16 anos e foi para o estado de Illinois, trabalhar na criação de animais de uma Instituição mental estadual, onde minha mãe ajudava a cuidar dos pacientes. Certo dia, ela testemunhou a cura instantânea de uma pessoa com sérias deficiências mentais, como resultado da oração de um Praticista da Ciência Cristã. Desde essa época, minha mãe passou a confiar estritamente na Ciência Cristã para cura e para todos os desafios ao criar 7 fihos. Meu pai também aceitou tratamento pela Ciência Cristã para encontrar alívio aos ataques congênitos de asma e foi totalmente curado. Após o falecimento da minha mãe, ele fez o Curso Primário de Ciência Cristã e tornou-se membro ativo de uma igreja filial.
Quais são as qualidades necessárias para o sucesso?
Tanto nos negócios, como no serviço diplomático ou em qualquer outra atividade, é necessario comunicar a idéia a uma pessoa, convencê-la ou promover a reconciliação. É preciso definir qual o caminho que beneficiará a todos, seja em um banco, na venda ou compra de um produto, ou como diplomata para manter uma negociação em um problema mundial. O segredo para o sucesso, é o desejo de fazer o bem. Ao servir como diplomata no exterior, o objetivo final é promover a paz no mundo e em todas as nações.
