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REFLEXÃO

Anjos de Natal

Da edição de dezembro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Certa vez, em outubro, a Primeira Leitora da igreja de Ciência Cristã que freqüento, enfocou a leitura da reunião de testemunhos sobre o tema Natal. O que nos pareceu estranho no começo, transformou-se em uma agradável surpresa.

Naquela noite, lembrei muito da minha infância. A montagem do presépio, que representava o nascimento de Jesus, era o ponto alto das festividades de Natal da igreja que freqüentava, quando era criança. Eu admirava por horas as luzes e figuras de animais e de pessoas daquele cenário.

Uma das figuras do presépio me intrigava de maneira especial: o anjo que ficava suspenso sobre o presépio, perto do teto da igreja. Eu não conseguia entender como ele ficava lá, sem cair. Eu desejava ser como ele para voar e ver o mundo de cima.

Aquele anjo segurava uma faixa com as palavras “Gloria in excelsis Deo”, que eram estranhas para uma criança. Fiquei com vontade de aprender a “língua do anjo”.

Um dia, o padre percebeu minha curiosidade e, com muita paciência, me deu minha primeira aula de latim: os dizeres da faixa significavam “Glória a Deus nas alturas”.

Essa curiosidade sobre anjos me acompanhou a vida toda. Aprendi nos relatos bíblicos que anjos “apareciam” na vida das pessoas com muita naturalidade: do anjo que guardou a porta do paraíso aos anjos cavaleiros do Apocalipse. Anjos, arcanjos, querubins, serafins, potestades... Procurei saber mais sobre eles, comprei muitos livros e assisti a vários filmes sobre o assunto.

Há 10 anos, passava por muitos problemas familiares e profissionais. Tinha muitas responsabilidades e não sabia como cumpri-las. Perguntava-me por que um daqueles anjos da Bíblia também não aparecia para resolver toda aquela situação. Nessa época, conheci alguém que me deu um livro de presente: Ciência e Saúde.

Não entendi de imediato a grandiosidade da mensagem contida naquele livro. Contudo, o livro me encantou. Identifiquei-me com ele. Descobri que minhas idéias contestadoras e diferentes faziam parte da minha busca por espiritualidade e que aquele livro apontava novos marcos na minha vida.

As fantasias de criança começaram a se desvanecer, quando encontrei a definição de anjos em Ciência e Saúde: “Pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas; a inspiração da bondade, da pureza e da imortalidade, neutralizando todo o mal, toda a sensualidade e mortalidade” (p. 581).

O Natal já não era mais só uma data que comemora o aniversário de Jesus, entendi que ele é uma seqüência de novos começos em nossa vida, acontece todo dia, toda hora.

A leitura do livro Ciência e Saúde, da revista O Arauto e o estudo das Lições Bíblicas Semanais começaram a instigar mudanças na maneira de eu me olhar e de ver o mundo. Os anjos, pelos quais eu havia esperado tanto, começaram a ocupar meus pensamentos e a me tranqüilizar em circunstâncias difíceis de meu diaa-dia. Percebi que “idéias geniais” não têm nada de “gênio”, mas são inspirações que se tornam palpáveis, quando harmonizamos nossos pensamentos com a Mente divina, o único “socorro bem presente” em todas as tribulações.

”Idéias geniais” são inspirações que se tornam palpáveis, quando harmonizamos nossos pensamentos com a Mente divina.

Certa vez, deparei-me com uma questão profissional de difícil solução. Uma colega me pediu para ajudá-la a editar um livro didático, cujos originais estavam muito confusos e totalmente fora do padrão da editora em que trabalho. O primeiro impulso foi de recusar a ajuda, pois eu já estava com muito trabalho. Mas, logo me veio à mente um pensamento: “Ninguém é capaz de conceber uma idéia que já não tenha sido pensada antes”. Aquele pensamento foi um anjo de Deus para mim. Convicto de que a Mente divina já havia concebido aquele livro, pedi-lhe que me deixasse os originais para eu dar uma olhada.

No dia seguinte, ao chegar no escritório, fiz minha leitura habitual de Ciência e Saúde por alguns minutos e fui para minha mesa. Comecei a folhear aqueles papéis e, para minha surpresa e alegria, percebi que tudo aquilo me era muito familiar; eu e aquele livro éramos velhos amigos. Na medida em que lia o texto, as soluções para os problemas iam surgindo naturalmente. Segui a inspiração que me vinha, fiz anotações e sugeri algumas mudanças. Até um embrião de projeto gráfico veio à minha mente.

O resultado foi surpreendente. Com a ajuda do nosso editor de arte, os textos, as imagens, mapas, gráficos e tabelas se encaixaram perfeitamente naquele projeto. Foi a produção mais rápida e menos trabalhosa do nosso setor.

Minha colega ficou surpresa e muito feliz com a rapidez e o ótimo resultado e, intrigada, perguntou-me: “Como você fez isso?”. Respondi-lhe sorrindo: “Amanhã eu lhe conto”. Levei para ela um exemplar de Ciência e Saúde e apenas lhe disse: “Leia este livro”. Ela o abriu e depois de folhear algumas páginas, mandou-me um e-mail: “Obrigada pela ajuda e pelo livro. Você é um anjo”. Achei engraçado o fato de alguém me dizer que sou um anjo, após haver estudado tanto sobre o assunto.

A partir desse dia, sempre canto os hinos do Hinário da Ciência Cristã referentes ao Natal com muito mais alegria e força, como se estivesse no coro dos anjos, para anunciar ao mundo a chegada do Cristo, a idéia mais pura que jamais desceu à terra para anunciar a Verdade e “neutralizar todo mal, toda a sensualidade e mortalidade” (ver Ciência e Saúde, p. 581). Não é sem razão que um dos títulos atribuídos a Jesus, o Cristo, é “Rex Angelorum”, Rei dos Anjos. Ele é o próprio pensamento de Deus encarnado na Terra.

Compreendi que os anjos não estão distantes ou lá no alto, como via nos presépios de minha infância, mas que são pensamentos repletos de amor que vigiam a porta do “sepulcro” onde estavam enterradas minhas fantasias e esperanças terrenas (ver Ciência e Saúde, p. 299). Essa compreensão elevada a respeito dos anjos me sustenta todos os dias. Dou glória a Deus por essa compreensão renovada sobre anjos e Natal!

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