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Matéria de capa

O Príncipe da Paz

Da edição de dezembro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Você alguma vez precisou de ajuda para restaurar a ordem frente ao caos, sentiu-se oprimido pelas responsabilidades que estavam além de sua capacidade ou alguma vez almejou: "...Paz, paz; quando não há paz" (Jeremias 8:11)? Em um mundo agitado pelo planejamento veloz e por ações ultrarápidas, a calma e a ordem talvez pareçam ilusórias e, ás vezes, até impossíveis. Talvez até mesmo levantemos nossas mãos aos céus e clamemos: "não agüento mais isso"! Contudo, não precisamos ceder ao desespero quando as coisas parecem difíceis. Nunca estamos sós. O poder sanador de Deus está sempre conosco e é capaz de restabelecer a ordem e manter a paz. Podemos examinar a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo para compreender como esse fato é verdadeiro e demonstrável.

O profeta Isaías escreveu no Antigo Testamento: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6). Como o profetizado Príncipe da Paz, Jesus, quando adulto, demonstrou a presteza do poder sanador de Deus na destruição rápida e definitiva do pecado, da doença e da morte. Ele restabeleceu a paz, a saúde, e a integridade a multidões de pessoas sofredoras, por meio de sua compreensão do poder de Deus. Venceu todas as formas de mal, em sua própria experiência. Também prometeu que poderíamos encontrar a paz e a cura, em face da discórdia, se acreditássemos nele, ou seja, em seus ensinamentos (ver João 14:12).

Lembro-me de uma ocasião em que estava desesperado por essa paz que Jesus prometera. Na época, sentia-me extenuado pelo excesso de trabalho. Minha mente zunia como um furacão muito forte e não conseguia relaxar. Precisava descansar antes de uma grande apresentação. Havia orado por alívio, mas a tensão e a pressão se intensificaram. Exausto pelo desespero, decidi buscar ajuda fora de mim, porque meus próprios esforços para acalmar a turbulência em meu pensamento não estavam funcionando. Busquei a ajuda do Príncipe da Paz, e me lembrei das palavras de Jesus: "Eu nada posso fazer de mim mesmo" (João 5:30). Compreendi que não tinha de resolver tudo sozinho. Da mesma forma que Jesus confiava em que Deus cuidaria dele, eu podia confiar no cuidado de Deus por mim. Cedi o controle da situação ao divino e implorei: "Deus, eu desisto. Sou seu! Ordene meus pensamentos e me traga a paz". Em poucos minutos, a tem pestade mental cessou, meu corpo relaxou e adormeci. Aquilo que eu estivera incapacitado de fazer humanamente, Deus era capaz de realizar espiritualmente. Graças ao exemplo de renúncia da força de vontade que encontrara nas palavras de Jesus, consegui orar com mais eficácia. Como conseqüência, encontrei a paz.

O Natal pode ser um dos períodos mais calmos e cheios de paz do ano, se focarmos nossa atenção no propósito espiritual da época,ou seja, honrarmos o nascimento de Jesus Cristo e a mensagem de harmonia espiritual que ele trouxe à humanidade.

Como Príncipe da Paz, Jesus não era um herdeiro real de uma dinastia humana ou um oficial militar, como o título de Principe comumente indica. Ao contrário, ele era o Filho de Deus, enviado para estabelecer um caminho para a paz celestial a toda a humanidade. Política e socialmente, um príncipe é um membro de alta posição de uma família real. Ele é o principal oficial do rei perante seus súditos. Um rei pode utilizar o príncipe como um embaixador junto a outros povos, como um oficial comandante de seu exército, como um governador em uma província, como um pacificador em tempos de guerra, como um comandante ditando ordens, como um juiz que interpreta a lei, como um legislador que faz cumprir a lei ou qualquer outro cargo governamental que o soberano julgue necessário para governar seu reino com eficácia. O príncipe recebe poder de seu rei e é apoiado pelo monarca, à medida que desempenha as tarefas que lhe foram designadas na terra governada.

Como Filho de Deus obediente e o expoente da Verdade divina, Jesus era verdadeiramente um príncipe para a humanidade quando estabelecia a ordem divina, vencia o mal, sustentava a lei de Deus e apontava o caminho para a perfeição espiritual. Ele expelia demônios, endireitava corpos encurvados, perdoava os pecadores, alimentava os famintos, encontrava dinheiro para pagar impostos e ressuscitava mortos. Como o Messias profetizado, ele praticava a retidão, manifestava a vontade divina e levava avante o plano de salvação do Pai em prol da humanidade. Ele era o Príncipe da Paz, o Salvador, encarregado de salvar a humanidade do pecado e guiá-la pelo caminho rumo ao céu.

Para entendermos a importância contemporânea do Príncipe da Paz, é útil compreendermos que o poder que Jesus exercia não era temporal. Era o poder divino que já existia antes de Jesus nascer e que permaneceu depois que ele deixou a terra. Conforme Jesus falou aos seus seguidores antes de ascender: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:20). Jesus não quis dizer que estaria conosco fisicamente para sempre, mas que o poder do Cristo que ele manifestava estaria sempre presente, restaurando vidas e provendo a paz.

Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde: "O advento de Jesus de Nazaré marcou o primeiro século da era cristã, mas o Cristo não tem começo de anos nem fim de dias. Através de todas as gerações, tanto antes como depois da era cristã, o Cristo, como idéia espiritual — o reflexo de Deus — tem vindo com certa medida de poder e de graça a todos quantos estejam preparados para receber Cristo, a Verdade" (p. 333). O Cristo era o poder e a presença de Deus que animava o Jesus humano e lhe dava plenos poderes. O poder do Cristo, que Jesus de Nazaré exercia, não era um fenômeno passageiro, mas uma realidade eterna. Està conosco ainda hoje.

No que diz respeito ao título de Príncipe da paz, poder-se-ia dizer que Jesus é o Príncipe e que o Cristo é a Paz. Os dois são inseparáveis, mas o príncipe, ou melhor, Jesus como ser humano, não mais caminha pela terra. Contudo, a paz do Cristo, que ele ensinava e vivia, continua presente.

Muito antes do nascimento de Jesus, encontramos na Bíblia um exemplo do poder eterno do Cristo salvando um indivíduo da confusão e do sofrimento. Jecó, filho do patriarca Isaque, havia tratado seu irmão, Esaú, muito injustamente. Tomando conhecimento de que Esaú talvez estivesse vindo ao seu encontro em busca de vingança, Jacó, temendo muito por sua própria vida e pela de seus familiares, lutava para saber o que poderia ser feito para corrigir o problema. Depois de lutar espiritualmente a noite inteira com um anjo, ele se arrependeu e se transformou radicalmente em um outro homem. Tanto assim, que a voz divina lhe declarou: "...Já não te chamarás Jacó e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste" (Gênesis 32:28). Jacó lutou contra um senso pecaminoso e material a respeito de si mesmo e em seguida, rendeu-se à sua identidade espiritual, ou seja, à sua pureza e integridade como filho de Deus e alcançou poder espiritual, liberdade e paz. Como um príncipe, Jacó havia prevalecido porque se uniu à sua individualidade espiritual em Cristo. Logo ele se reconciliou com Esaú e deixou para trás seus erros do passado.

Nós também podemos prevalecer como príncipes, quando vivemos nossa identidade espiritual verdadeira como Jacó o fez e como Jesus o exemplificou de forma tão cabal. O Cristo está dentro de cada um de nós e,à medida que nos rendemos à sua influência espiritual, conseguimos exercer a autoridade sobre o mal, expulsar o pecado e encontrar a paz celestial.

Ao longo dos anos, a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo têm sido uma imensa ajuda para que eu supere dificuldades e encontre saúde e paz. Sei que esses ensinamentos sagrados também têm ajudado a milhões de outras pessoas. O efeito medicinal da verdade divina, que Jesus Pregava e praticava, continuará a crescer em poder e a influenciar toda a humanidade. Pois, como Isaías declarou: "para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre" (Isaías 9:7).

Quão irônico é que a época de Natal seja freqüentemente uma das ocasiões mais movimentadas e estressantes do ano para muitas pessoas, que enfrentam agendas lotadas com atividades, compras, festas, eventos religiosos. Contudo, o Natal pode ser um dos períodos mais calmos e cheios de paz do ano, se focarmos nossa atenção no propósito espiritual da época, ou seja, honrarmos o nascimento de Jesus Cristo e a mensagem de harmonia espiritual que ele trouxe à humanidade. O Cristo está aqui hoje. O poder divino do Príncipe da Paz reina e suas bênçãos estão disponíveis a cada um e a não apenas no Natal, mas em todos os dias do ano.

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