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Matéria de capa

Abrindo espaço para o Cristo

Da edição de dezembro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Costumava ficar irritada com o comercialismo da época do Natal, como também pelo fato de começarmos a ver decorações e árvores de Natal nos shoppings do bairro em que vivo, já em outubro. Contudo, recentemente compreendi que grande dádiva é ser lembrada, em qualquer época, da mensagem do Natal. Portanto, decidi apreciar isso tudo, inclusive as árvores, as luzes, e as decorações, além de orar por uma maior compreensão sobre o que tudo isso representa.

O objetivo do Natal é despertarnos para as novas maneiras de abrir espaço, tanto em nosso coração como em nossa vida, para que Deus, que é o próprio Amor, nos revele Suas dádivas de paz e alegria, as quais já estão à mão. Também tenho celebrado essa nova percepção do Natal. Tudo começou quando estava visitando uns amigos queridos, por ocasião do nascimento do bebê deles.

Estávamos encantados com o fato de que, como a Bíblia nos diz, toda criança é a própria imagem de Deus, ou seja, completa e saudável (ver Gênesis 1:26). Estávamos gratos porque cada detalhe para a chegada dessa criança estava em ordem: um adorável quarto de bebê só para ele, bercinho pronto, enxovalzinho novo cuidadosamente acomodado no armário e as paredes pintadas com a história bíblica da arca de Noé. Havia livros, música e brinquedos. Ele estava sendo acolhido com muita alegria. Que chegada maravilhosa, essa criança trouxe muita alegria para todos.

A sensação agradável proporcionada por aquela visita permaneceu comigo. Não podia parar de pensar no espírito de boas-vindas que havíamos compartilhado e a toda hora descobria-me desfrutando de um novo sentimento de gratidão, por tudo o que Deus nos concede. Também, pela nossa capacidade, como Seus filhos, de receber cada uma de Suas dádivas, cada uma de Suas idéias. Preparei-me para estar pronta para receber mais das idéias do Amor, para estar receptiva a elas e para as bênçãos que cada uma delas traria, qualquer que fosse sua forma. Isso era acolher e comemorar a atividade do Cristo, a essência do Natal, e o que Mary Baker Eddy chamou de "humanidade de Jesus", em minha vida (ver Ciência e Saúde, p. 25). Incluía também ser grata pelas dádivas de Deus, antes mesmo de elas se tornarem evidentes aos olhos humanos.

O interessante é que, durante esse período, minha atenção foi atraída para a palavra receber, conforme usada por Jesus ao curar o cego Bartimeu. De acordo com o Evangelho de Marcos, quando Jesus perguntou para Bartimeu o que ele queria, ele respondeu: "...que eu possa receber minha visão" (Marcos 10:51, conforme a bíblia inglesa). Jesus o despediu com a visão restaurada. Isso parecia me dizer que Deus já havia dado a visão a Bartimeu e que ele apenas precisava recebê-la e comemorar esse fato.

Conseqüentemente, para mim, o Natal se tornou um exercício de receber a evidência da atividade de Deus, onde quer que eu esteja, abrindo espaço para toda e qualquer expressão de Sua bondade. O primeiro verso desse amado cântico de Natal soa agora com um novo significado:

"Alegria para o mundo,
o Senhor chegou!
Que a terra receba seu Rei
Que cada coração abra um espaço
para recebê-lo." (Isaac Watts, The Psalms of David [Os Salmos de David], 1719).

Estou aprendendo também que realmente não importa onde estamos, o Cristo, o espaço do Natal, já nos abriu espaço para nossas idas e vindas cheias de paz, como também para nossa chegada. Senti esse cuidado abundante no Natal do ano passado quando, logo após decolar, o avião no qual eu estava viajando precisou fazer uma aterrissagem de emergência. Tivemos de permanecer a bordo durante algum tempo, o que significava que muitas pessoas perderiam suas conexões. Uma vez que todos os assentos daquele enorme avião estavam ocupados, levou muito tempo para embarcarmos em outro. Entretanto, tudo que vi foi amor, risos, alegria, solidariedade e gentilezas sendo expressas. Todos, desde comissários de terra até passageiros de todo tipo, estavam cuidando uns dos outros e aguardando de forma paciente e pacífica. Isso para mim era o Natal: abrindo espaço ali mesmo para o espírito da bondade, a presença do Cristo, resplandecendo sobre todos, com amor e luz.

Para mim, o Natal se tornou um exercício de receber a evidência da atividade de Deus, onde quer que eu esteja, abrindo espaço para toda e qualquer expressão de Sua bondade.

Certa vez, um amigo me disse: "O Natal é um estado de espírito, não é um dia". Conseqüentemente, agora desfruto tudo, cada luz, canção e ornamentação. Eles se transformam em lembretes para que eu sempre abra um espaço para a atividade do Cristo sanador em meu coração.

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