Esta é a época do ano em que os cristãos comemoram o santo nascimento de Jesus. Para muitos, porém, esses dias podem parecer mais frenéticos que santos. Tipicamente, atividades como: comprar e embrulhar presentes, enviar cartões, cozinhar, preparar assados fazer visitas e decorar a árvore de Natal, precedem o grande dia.
Entretanto, apesar de toda a agitação, o Natal continua sendo uma época sagrada para refletirmos sobre o nascimento mais transformador de vidas que já ocorreu. A vinda de Jesus ao mundo deu à humanidade a certeza de que Deus tinha ouvido suas orações e enviado o tão esperado Messias. Conseqüentemente, o mundo nunca mais foi o mesmo.
Contudo, a Ciência Cristã Christian Science torna clara a importância de se compreender a distinção entre Jesus e Deus. Jesus não era Deus, mas era inseparável de Deus. Existe também uma distinção entre Jesus e o Cristo. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras se refere ao Cristo como: "uma influência divina, sempre presente na consciência humana..." (p. xi). Compreender essas distinções nos ajuda a ver que a influência divina oniativa de Deus sempre esteve presente, tanto antes como depois da vida de Jesus nesta terra. O Cristo jamais desapareceu e podemos nos regozijar em discernir sua presença.
Por ocasião do nascimento de Jesus, três "homens sábios", ou, como às vezes são chamados, os Três Reis Magos, aparentemente perceberam algo do Cristo, mesmo antes da chegada de Jesus. A luz do Cristo apareceu a esses homens como uma estrela luminosa, sinalizando o importante evento. Essa luz os deixou impressionados e ficaram ávidos por seguir em sua direção. Profundamente comovidos por sua promessa e dispostos a aceitar a estrela-peregrina, foram guiados ao humilde lugar onde estava o menino Jesus. Seus corações estavam abertos e esperançosos em receber o santo Cristo prometido, a expressão divina de Deus sob a forma humana de Jesus.
A luz do Cristo apareceu a esses homens como uma estrela luminosa, sinalizando o importante evento. Essa luz os deixou impressionados e ficaram ávidos por seguir em sua direção.
Podemos imaginar quais as inúmeras providências que esses santos homens tomaram antes de sua jornada. Sem dúvida eles tiveram de empacotar coisas, preparar os camelos, escolher os presentes apropriados. Mas, o cuidadoso preparativo dos "homens sábios" nos ensina uma lição sobre nossas próprias comemorações de Natal. Subjacente ao planejamento deles, jazia um forte motivo espiritual. Aparentemente, todos os preparativos necessários não interferiram com a principal missão deles, nem permitiram que Herodes tirasse proveito dela. Eles iam para render homenagens. Como mostra um comentário bíblico: "Nessa homenagem misturava-se também algo de adoração religiosa, porque eles compreendiam pelo menos isto: que o Menino diante do qual eles se ajoelharam era o Messias..." (Mateus 2:11, Dummelow, A Commentary on the Holy Bible, [Comentário das Sagradas Escrituras], p. 628).
Quando encontramos Jesus nos Evangelhos, vemos que em todas as suas ações ele expressava claramente o espírito de Deus, o Cristo, sob todas as formas. Essa natureza do Cristo é o verdadeiro Messias. Estamos prontos, como os Magos de outrora, a aceitar essa santa presença em nossa vida? A reconhecê-la como parte da nossa verdadeira natureza?
O Cristo é a presença perpétua do poder de Deus. Para vivenciar esse poder, precisamos abrir nosso coração e nossa consciência, a fim de receber essa preciosa expressão de divindade em nossa vida.
Embora Jesus tenha nascido há mais de dois mil anos, o poder sanador do Cristo que ele viveu ainda existe, aqui e agora. Ele é inseparável de cada um de nós. Portanto, a glória do Cristo ilumina qualquer escuridão que possa se alojar em nosso pensamento, pois o Cristo é Deus falando a cada um de nós, às vezes com um sussurro, outras vezes em alta voz. Não existe nada em nenhum lugar, em nenhum momento, que possa interferir com o poder sanador do Cristo em nossa vida. Ele não pode ser invadido, diminuído nem suprimido. Ele elimina instantaneamente as trevas do medo, do pecado, da doença e da morte.
Em dezembro, quando os cristãos em todo o mundo se preparam para a celebração do Cristo e se ajoelham mentalmente com uma perspectiva sagrada e com a mesma humildade dos "homens sábios", o Natal se revela como um evento de mais de um dia. Ele se revela como uma celebração diária da verdade eterna, da eterna vinda do Cristo, envolvendo toda a humanidade em amor e cura.
