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Deve-se simplesmente esquecer uma dívida?

Da edição de dezembro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Certo homem tinha dois filhos. O mais moço pediu a parte que lhe cabia da herança, saiu de case e foi viver bem longe dali, onde gastou os seus bens. Sem ter como se sustentar, arrependido, voltou para a casa, foi recebido de braços abertos pelo pai e lhe foram restituídos todos os direitos e honras de um filho. O filho mais velho, que sempre ficara em casa, indignou-se com a atitude do pai, acusando-o de injusto para com ele (ver Lucas 15: 11-32).

Sempre que estudo essa parábola do filho pródigo, descubro idéias novas e ensinamentos úteis. Certo dia, inspirada por comentários que já havia lido a esse respeito, ponderei sobre esse ensinamento de Jesus, desta forma: O filho mais moço, ao reclamar para si a parte que lhe cabia, perdeu de vista o bem infinito, que vem de Deus, o verdadeiro Pai e que lhe pertencia por herança. Esse bem espiritual jamais pode ser recebido se encarado como material ou pessoal. A maneira como ele entendia sua filiação era restrita e limitada. Necessitava alcançar a visão espiritual e ampla das coisas. Depois de muito sofrimento, a disposição de voltar para a casa do pai, conduziu-o a uma nova perspectiva, a do bem inalterado, completo e abundante, que permanecia com o Pai.

A experiência do filho mais velho foi bem diferente, pois ele nunca tinha percebido que todo o bem que havia na casa, estava ao seu dispor. Não o desfrutava por causa de sua visão distorcida da vida. Em meu entender, foi o Pai divino quem o consolou, afirmando que a sua revolta e mesquinhez eram descabidas, pois tudo o que era do Pai, também pertencia ao filho.

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