Certo dia, comecei a sentir dores na região do apêndice. As dores eram tão fortes, que mal conseguia me manter em pé. Seguravá-me nas paredes para conseguir andar.
Eu estava no trabalho e, quando meu patrão viu meu estado, quis me levar imediatamente ao hospital, pois disse que uma crise de apendicite era algo muito grave e ele acreditava que eu deveria ser operado naquele mesmo dia. Entretanto, como naquela época minha família já estudava a Ciência Cristã havia um ano e meio, preferi ir para casa e conversar com minha mãe para ver qual a melhor providência a ser tomada.
Eu tinha uma bicicleta e fui pedalando com muita dificuldade para casa. Ao chegar lá, minha mãe me ajudou a descer da bicicleta e me perguntou o que eu estava sentindo. Contei-lhe sobre a suspeita de apendicite. Ela me perguntou se eu preferia um tratamento médico ou pela Ciência Cristã. Optei pelo da Ciência Cristã.
Ela pegou um ônibus e foi até a casa de um Praticista da Ciência Cristã, que morava em Novo Hamburgo. O praticista retornou com ela e permaneceu conosco o dia inteiro. Ele começou a orar imediatamente e afirmou que eu poderia confiar em que em breve eu estaria na igreja assistindo ao culto dominical. Isso me encheu de esperança e me animou bastante, pois eu adorava assistir aos cultos.
O praticista retornou à minha casa durante os três dias seguintes. Orávamos juntos com a Oração do Senhor e a exposição científica do ser, que começa assim: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (Ciência e Saúde, p. 468). Comecei a compreender que, na realidade, a essência verdadeira de meu ser é espiritual. O praticista também me afirmava, com convicção, que eu era uma idéia de Deus e que não podia sofrer nenhuma desarmonia, porque Deus criou todas as Suas idéias perfeitas. A doença não faz parte da infinitude de Deus. Confiei totalmente no que ele me dizia.
Fiquei de cama por dois dias, mas comecei a apresentar melhoras. No terceiro dia, um domingo, estava completamente recuperado. Fui ao culto conforme o praticista havia afirmado, o que me deixou muito feliz.
No dia seguinte, segunda-feira, quando cheguei ao trabalho, todos se admiraram, pois não conseguiam acreditar que havia me recuperado tão rapidamente. Isso ocorreu há aproximadamente 40 anos e nunca mais voltei a sentir aquelas dores.
