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Amar o suficiente para mudar o clima

Da edição de fevereiro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Não há dúvida de que o clima na terra esteja se aquecendo rapidamente, pelo menos, com maior velocidade do que o prognosticado pelos registros dos ciclos históricos relativos às mudanças climáticas do planeta. Os meteorologistas também dizem que não existem incertezas de que a causa primária dessa mudança esteja arraigada ao comportamento humano, em especial ao desmatamento acelerado no mundo e à utilização de combustíveis fósseis.

A essa altura dos acontecimentos, pode a mudança do clima ou sua direção ser alterada? Pode a família humana atender em tempo hábil à exigência da modificação de hábitos? Como poderia algum ajuste necessário, tanto no comportamento como no consumo, ser feito de forma justa e eqüitativa, sem causar uma convulsão econômica?

Não sabemos como "estruturar" uma reeducação comportamental e social. Contudo, realmente sabemos algo sobre mudança na experiência pessoal, ou seja, nos níveis mental, moral e espiritual. A única coisa sobre a qual temos certeza é que uma mudança duradoura e universalmente benéfica decorre de uma transformação espiritual.

Sabemos também da importância de se compreender o que é que necessita ser mudado, o que produz o efeito alterante e como a transformação para melhor pode ocorrer, de uma maneira sistemática e segura. Todas essas etapas são essenciais para a cura espiritual. Em última análise, a solução para cada desafio é espiritual e ocorre quando a mentalidade humana se rende à inteligência divina e, dessa forma, renasce ou se reforma.

No Novo Testamento, a palavra grega para tal mudança é metanóia, que é traduzida em várias versões da Bíblia como arrependimento e significa o ato de repensar sobre algo. A transformação do caráter e do comportamento humanos não acontece unicamente por intermédio da assinatura de tratados pelos líderes nacionais ou de leis aprovadas pelos legisladores; pelo estabelecimento de políticas pelos órgãos governamentais ou pela implementação de mudanças regulatórias. O arrependimento nos reforma de dentro para fora e, à medida que as pessoas passam a pensar de forma diferente, a reconsiderar tanto sua maneira de viver como os recursos vitais, a mudança ocorre de forma mais rápida.

Da mesma forma que nossa saúde corporal reflete a qualidade e as tendências de nossos pensamentos, o bem-estar social coletivo e a saúde do ambiente refletem o estado mental da humanidade. Talvez Cristo Jesus estivesse ensinando uma forma mais elevada de ciência ambiental, quando disse: “Não há árvore boa que dê mau fruto...” (Lucas 6:43). A mentalidade que está repleta de benevolência e cuidado pelos outros não age movida pela ambição. Pensamentos corrompidos pelo egoísmo ou cegos pela ignorância resultam em ações poluidoras.

Contudo, a luta não é entre estados conflitantes de pensamento, nem entre partidários filosóficos e políticos competindo entre si ou entre poluidores insensíveis e ambientalistas cuidadosos. O conflito fundamental está entre a mentalidade materialista, expressa sob todas as formas, e a inteligência infinita de Deus. Entre a percepção da existência material sempre confinadora e a percepção libertadora que aceita o Espírito e sua criação espiritual como a única realidade. “A espiritualidade assedia abertamente o materialismo”, escreveu Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, e, em seguida, faz uma pergunta, convicta de que nos levaria a uma introspecção: “De que lado estamos combatendo?” (p. 216).

O ativismo primário daquele que luta do lado da espiritualidade cristã, incorpora o provérbio bíblico: “Médico, cura-te a ti mesmo...” (Lucas 4:23). Cure primeiro tudo o que, em seu próprio pensamento e comportamento, acrescente calor em vez de luz à atmosfera mental global. Será que o clima em nossa casa, no local de trabalho ou em um relacionamento se tornou superaquecido pela raiva? Será que fervilhamos de ira, quando pensamos sobre um líder político ou uma empresa em particular? Então, primeiro, deixemos o amor de Deus nos arrefecer e acalmar. Quando o Cristo, o agente universal de Deus para o progresso, melhora os pensamentos de uma pessoa, capacita-a também para uma atitude construtiva. A influência do Cristo, que transforma o pensamento, faz do sanador aquele que não causa nenhum dano ao fazer o bem.

A condição física da terra, sob todos os aspectos, melhorará quando nós, individual e coletivamente, encontrarmos a Verdade de todas as verdades e nos rendermos à sua influência retificadora em nossa vida. As leis do Amor divino são superiores a qualquer outra pretensão de poder ou influência. O Amor todo-poderoso é suficiente para mudar o clima, porque, em última análise, o clima é um fenômeno mental. É a soma da química mental, que é observada pelos sentidos físicos como um clima saudável ou não.

Ciência e Saúde oferece uma definição da palavra ano, que estimula o pensamento, como “espaço de tempo para arrependimento” (p. 598). Não poderíamos nós, como uma família global, amar o suficiente para mudar o clima mental para melhor? Não poderíamos amar o planeta Terra e aqueles que vivem nele, o suficiente para dedicar-lhe um ano pensando diferentemente? A dádiva de Deus é o espaço para fazer exatamente isso.

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