Certo dia, por volta das 14h, conversava com uns amigos que estavam em minha casa, quando um vizinho, morador de uma chácara próxima à minha, chegou muito nervoso e pediu que eu telefonasse para a polícia, pois ele notara três rapazes armados entrando na chácara de minha tia, que fica a mais ou menos 500 metros da minha.
Imediatamente, afirmei a presença de Deus naquela casa e meus amigos, que também são Cientistas Cristãos, e eu começamos a orar. Telefonei para minha tia e lhe pedi que, se possível, confirmasse se realmente havia pessoas estranhas em sua casa, ao que ela me respondeu: “Sim, Célia, às 16h eu desço para estudarmos a lição”. Foi a forma que ela encontrou para me responder sem que os assaltantes presentes entendessem. Em seguida, liguei para a Central de Polícia e dei os dados necessários para que a viatura localizasse o lugar, pois moramos em uma área rural um pouco distante da cidade.
Eu orava agradecendo a Deus por sempre ter protegido minha família, na qual estavam incluídos meus tios e seu neto, que, naquele momento, vivenciavam o assalto. Eu afirmava que Deus governa toda a situação e abençoa a todos, inclusive os rapazes que, por serem filhos do mesmo Pai, só teriam atitudes de amor, inerentes à sua natureza divina.
Ao procurar uma literatura que inspirasse minhas orações, encontrei, no exemplar de janeiro de 2006 do Arauto, os seguintes trechos: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano” (Lucas 10:19) e “Os teares do crime, ocultos nos escaninhos escuros do pensamento mortal, estão tecendo a toda hora tramas mais complicadas e sutis... A humanidade precisa aprender que o mal não é poder. Seu pretenso despotismo é apenas uma fase do nada. A Ciência Cristã desmantela o reino do mal, e promove no mais alto grau, a afeição e a virtude nas famílias, e portanto, na comunidade.” (Ciência e Saúde, p. 102). Senti-me feliz pela proteção divina e grata a nosso vizinho pelo cuidado e carinho que expressou.
Um pouco depois das 16h, minha tia realmente desceu para estudarmos a Lição Bíblica Semanal, conforme consta no Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Ela nos contou como a proteção de Deus que ela sentiu, a ajudou a tratar os rapazes com amor e calma, mesmo presenciando armas apontadas para seu marido e o neto. Como não houve reação adversa da parte de meus tios, os rapazes desistiram da intenção que tinham de levar o jovem com eles.
A polícia chegou pouco depois que os rapazes saíram, o que evitou uma possível reação violenta ou um confronto com os policiais. Para mim, isso também fez parte da proteção de Deus, pois a situação se resolveu de uma forma muito calma e segura para todos. Minha tia disse que não se sentia assaltada, mas sim agraciada pela presença de Deus.
O estudo diário da Lição Bíblica nos faz reconhecer a presença constante do Amor divino que atende a toda necessidade humana.
Estudo as lições semanais com minha sobrinha Célia há aproximadamente seis anos. Recebi muitas bênçãos nesse período.
Na tarde do assalto que ocorreu em minha casa, não senti medo algum. Sei que, pela oração, senti a graça de Deus e não consegui enxergar maldade naqueles rapazes. Para mim, eram apenas meninos. Apesar das armas apontadas para meu marido, para meu neto e do modo como reviravam a casa e pegavam tudo, conversei naturalmente com eles. Sou grata aos amigos que oraram por minha família naquela ocasião, assim como pela constante presença e proteção de Deus.
Mauá, SP
