Comecei a beber aos vinte anos e continuei durante os quinze anos seguintes, até metade da década de 1980. Nessa época, bebia diariamente, principalmente após o trabalho. Cheguei ao ponto de não poder ir a nenhum lugar, nem mesmo visitar minha família, a menos que levasse uma garrafa de bebida comigo.
Em reuniões sociais, beber havia se transformado em uma fonte diária de desenvoltura e coragem, o que usualmente me levava à embriaguez. Além disso, como qualquer um que já tenha se apoiado na bebida sabe, suas promessas são falsas, pois, ao invés da almejada desenvoltura e autoconfiança, a bebida só me trazia repugnância de mim mesma e fraqueza de caráter.
Aceitei o rótulo de “alcoólatra” como parte da minha imagem, ou seja, uma caracterização que assumi sem pensar, uma vez que um de meus pais havia sido alcoólatra. Desejei ardentemente fazer algo a respeito desse vício destrutivo, mas minha dependência era tão grande, que não acreditava que pudesse parar.
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