Despertei com um sobressalto, sentindo-me atordoada. Minha rede, atada precariamente às vigas do barco, balançava freneticamente de um lado para o outro, pela violência das ondas.
Eu era passageira em um barco que viajava por um afluente do rio Amazonas, nas profundezas da floresta tropical brasileira. Tanto os habitantes como os turistas mencionavam com freqüência que esse tipo de viagem era perigoso. Ouvira falar de embarcações como a minha, apanhadas em tempestades torrenciais, nas quais pessoas perderam a vida. Entretanto, nessa região que é uma bacia hidrográfica e não possui infra-estrutura adequada, os barcos são o meio de transporte mais eficiente e comum.
Em momento algum havia me importado com os possíveis perigos daquele tipo de transporte. Como estudante do segundo ano da faculdade, estava entusiasmada por viajar em uma terra distante dos Estados Unidos, na companhia de bons amigos. Além disso, todo mundo viajava dessa forma. Mas agora, em meio àquela tempestade, o medo me dominou.
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