Comecei a beber na faculdade e usava o álcool para modificar meu estado de ânimo em reuniões sociais e “participar das brincadeiras”. Com o passar do tempo, comecei a esperar com antecipado prazer por jantares, passeios e viagens de negócios, por representarem oportunidades para eu beber. Algumas vezes, até mudava minha agenda do dia para certificar-me de incluir algum tempo para esse hábito. Embora não reconhecesse isso, a bebida havia começado a afetar minhas prioridades.
Durante esse período, também fumava cigarros ocasionalmente. Havia tentado muitas vezes abandonar esse vício, mas não tinha obtido êxito. Então, quando meu casamento acabou em divórcio, em um esforço por encontrar alívio para o sofrimento mental que sentia, comecei a beber e a fumar ainda mais.
No entanto, ao invés de me ajudar, o álcool só piorava as coisas.
Meus pais sugeriram que eu pedisse a um Praticista da Ciência Cristã para orar comigo, sobre o conflito ocasionado pelo divórcio. A princípio, resisti à idéia. Não vinha sendo um estudante ativo de Ciência CristãChristian Science há anos. Contudo, depois de um dia péssimo que tive, decidi fazer uma tentativa.
O praticista me lembrou do que a Bíblia diz sobre o homem, significando homens e mulheres, feito à imagem e semelhança de Deus. Lembrou-me também de que Mary Baker Eddy descreveu o homem como o reflexo de Deus. Isso fez com que essas idéias, que aprendera no tempo em que freqüentara a Escola Dominical da Ciência Cristã, me voltassem à mente.
Deus refletia-Se sobre Seus filhos, apreciando-os, contemplando-os, cuidando deles e meditando sobre eles; pois eles são o objeto do pensamento de Deus.
Foi então que o praticista me deu uma idéia nova. Disseme que a palavra “reflexo”, não só significava que o homem é a imagem de Deus, como uma luz refletida em um espelho, mas que também significava que Deus Se refletia sobre Seus filhos, apreciando-os, contemplandoos, cuidando deles e meditando sobre eles; pois eles são o objeto do pensamento de Deus.
Essa idéia era tangível para mim. Fez-me sentir que era conhecido e amado por Deus, muito embora minha vida tivesse se desviado daquilo que considerava o caminho reto e estreito. Sentia-me amado.
Com essa compreensão recémadquirida, consegui vislumbrar um novo caminho por onde minha vida deveria seguir, e isso não incluía nenhum plano de mudança de relacionamentos e de carreira, somente um simples desejo de ser bom e semelhante ao Cristo. Essa percepção era tão inspiradora para mim, que não desejava mais perdê-la de vista. Sabia que o álcool a nublaria e não desejava isso.
Naquele momento, perdi todo o desejo de beber, que nunca mais voltou.
Dois dias mais tarde, enquanto trabalhava, senti um forte impulso de fumar. Decidi que esse vício também precisava ser curado. Portanto, comecei a orar. Ponderei cada uma das frases da “exposição científica do ser”, contida em Ciência e Saúde.
Sabia que, pelo fato de eu ser espiritual, não poderia ser dependente de uma substância material. Afirmei que o fumo não tinha nenhum poder sobre Deus nem sobre mim e que eu era livre.
Senti alívio imediato. Joguei fora meus cigarros e nunca mais tive qualquer outro desejo súbito por eles. Nem sofri quaisquer sintomas físicos causados pela abstinência, os quais haviam acompanhado minhas tentativas anteriores de largar o vício.
Ao mesmo tempo, o sofrimento que sentia a respeito do divórcio se dissipou inteiramente. Comecei a refletir sobre as qualidades espirituais que desejaria em uma esposa e, dentro de um mês, percebi que já conhecia uma pessoa que incorporava todas aquelas qualidades. Já estamos casados há doze anos.
