Durante o ensino médio, de uma maneira ou outra, frequentemente tinha pensamentos sensuais. Achava que a sensualidade era uma coisa má obscena, e comecei a julgar outras pessoas, como também a mim mesma, por nutrir esse tipo de pensamento.
Discriminava as pessoas por causa de uma questão sobre a qual eu mesma me sentia tão confusa. Eu desejava ser amada? Era a sensualidade algo que me pertencia? Será que eu achava que deveria conviver com todo o envolvimento físico ditado por minha cultura? Tudo o que sabia era que me sentia vazia e só, sem uma válvula de escape para expressar meu amor.
A coisa mais corajosa sobre a qual podia pensar era aceitar humildemente o amor de Deus.
Contudo, em meio a minha solidão, ouvi Deus me dizer: “Eu amo você”. Respondi: “De maneira nenhuma, não consigo senti-Lo”. De qualquer forma, ouvir a Deus me dizendo algo assim, fez-me parar e pensar. Ponderei se meus sentimentos sobre sensualidade não seriam apenas um amor distorcido por mim mesma.
Afinal, decidi que precisava fazer algo determinante, como aceitar humildemente o amor de Deus. Quando o fiz, pude sentir esse amor, que preencheu aquela sensação de vazio e me proporcionou a confiança de que Deus me amava por causa de todo o bem que eu já incluía, mas que não conseguia perceber. Isso foi um ponto de partida para muito progresso.
A idéia que me ajudou mais foi a de que, se Deus é tão altruísta a ponto de me dar Seu amor, eu precisava encontrar uma maneira de expressar meu amor a Ele. Isso me ajudou a me afastar de mim mesma e a começar a me elevar acima de toda aquela confusão sobre sensualidade, ou seja, se ela fazia ou não parte de mim.
Ao invés de meu amor se voltar para dentro de mim, ele precisava ser extravasado, rumo a Deus. Não acho que fazer isso seja fácil, mas o processo de ponderação sobre esse assunto tem trazido resultados sanadores para mim.
