“Você quer um drinque?”, um amigo perguntou-me uma noite, quando estávamos em sua casa. Duas garotas estavam ali e eu não queria parecer diferente. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, esse amigo iria me fazer aquela pergunta e os pensamentos começaram a vir rápidamente à minha mente.
Na escola que freqüento, a popularidade é determinada por vários fatores. Os mais importantes são: se você bebe e o quanto você bebe, quantas festinhas “legais” você freqüenta e se você já fez sexo. Quando meu amigo me ofereceu o drinque, eu achava que tinha uma compreensão razoavelmente firme sobre as razões por que não necessitava desse drinque. Para começar, não queria ter de me apoiar em estímulos externos como o álcool, para me tornar popular ou para me sentir descontraído. Contudo, a única coisa sobre a qual podia pensar era como eu pareceria se dissesse não. O medo de fazer a coisa impopular começou a perturbar meu pensamento.
Rapidamente, lembrei-me de um trecho favorito de Ciência e Saúde, que havia aprendido na Escola Dominical: “Revestido com a panóplia do Amor, estás ao abrigo do ódio humano” (p. 571). Sempre achei que essa frase significava que vivemos na presença de Deus, do Amor divino, onde a crítica e o ódio não podem nos atingir. Isso significava que seria impossível meus amigos me odiarem ou não gostarem de mim por eu tomar uma decisão que contrariasse suas expectativas. Eles poderiam me ver somente como a imagem do amor e da perfeição de Deus. Compreendi que tinham o sentido espiritual para saber que também eram o reflexo de Deus. Não precisamos acrescentar nada a nós mesmos, como, por exemplo, o álcool, para ficarmos felizes e descontraídos.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!