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PARA JOVENS

Fique frio

Da edição de fevereiro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


“Você quer um drinque?”, um amigo perguntou-me uma noite, quando estávamos em sua casa. Duas garotas estavam ali e eu não queria parecer diferente. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, esse amigo iria me fazer aquela pergunta e os pensamentos começaram a vir rápidamente à minha mente.

Na escola que freqüento, a popularidade é determinada por vários fatores. Os mais importantes são: se você bebe e o quanto você bebe, quantas festinhas “legais” você freqüenta e se você já fez sexo. Quando meu amigo me ofereceu o drinque, eu achava que tinha uma compreensão razoavelmente firme sobre as razões por que não necessitava desse drinque. Para começar, não queria ter de me apoiar em estímulos externos como o álcool, para me tornar popular ou para me sentir descontraído. Contudo, a única coisa sobre a qual podia pensar era como eu pareceria se dissesse não. O medo de fazer a coisa impopular começou a perturbar meu pensamento.

Rapidamente, lembrei-me de um trecho favorito de Ciência e Saúde, que havia aprendido na Escola Dominical: “Revestido com a panóplia do Amor, estás ao abrigo do ódio humano” (p. 571). Sempre achei que essa frase significava que vivemos na presença de Deus, do Amor divino, onde a crítica e o ódio não podem nos atingir. Isso significava que seria impossível meus amigos me odiarem ou não gostarem de mim por eu tomar uma decisão que contrariasse suas expectativas. Eles poderiam me ver somente como a imagem do amor e da perfeição de Deus. Compreendi que tinham o sentido espiritual para saber que também eram o reflexo de Deus. Não precisamos acrescentar nada a nós mesmos, como, por exemplo, o álcool, para ficarmos felizes e descontraídos.

Portanto, quando meu amigo me confrontou com a pergunta: “Você quer um drinque?”, eu disse: “Não, não quero”. Fiquei surpreso com a maneira com que aceitaram minha decisão. Disseram que nenhum deles iria beber naquela noite.

Tive outra experiência semelhante há alguns meses, na França. Todos no grupo estavam bebendo, exceto eu. Imaginava se talvez não estivesse me divertindo tanto quanto os outros. Eles pareciam tão alegres e animados. Sentia-me entediado e insociável.

Então, comecei a repelir essas sugestões negativas que se apresentavam como meus próprios pensamentos. Assegurei-me de que a minha oração anterior era a verdade: Meus amigos podiam ver-me somente como a imagem da perfeição de Deus, portanto, eu nunca poderia parecer ser “menos legal”. Em minhas orações, também lidei com a sugestão de que não conseguiria me divertir sem álcool. Afirmei que a alegria somente poderia provir do amor de Deus e que essa alegria é genuína e eterna, nunca cessa.

Durante a viagem, jamais me senti incomodado por segurar um copo de refrigerante ao invés de um de cerveja e cada um dos meus amigos me dizia que eu era muito mais esperto do que eles, porque não bebia. Na verdade, ao final da viagem, um adolescente me disse o quanto ele me respeitava, pelo fato de eu permanecer fiel aos meus princípios, enquanto todos os outros rapazes ao meu redor bebiam o tempo todo.

Depois daquela experiência na casa de meu amigo, comecei a ponderar sobre outras coisas que parecem determinar a popularidade, como ir a festas excessivamente liberais e ser sexualmente promíscuo. Um colega me contou que fora a uma festa em que várias pessoas furtaram mais de mil dólares, em jóias e dinheiro dos aposentos dos pais do anfitrião e espalharam tinta sobre mobílias ainda mais caras. Embora já tivesse decidido que não desejava freqüentar festas como essas, ouvir isso me fez pensar que eu poderia orar sobre as pressões que acabam levando tantos adolescentes a ter certas atitudes, que podem até mesmo levá-los presos.

Certa noite, abri o livro Miscellaneous Writings [Escritos Diversos], em busco de inspiração. A Sra. Eddy escreveu: “Pensamentos positivos e imperativos devem ser lançados nas balanças de Deus a fim de serem pesados pelo Amor espiritual e não serem achados falhos, antes de serem colocados em ação” (p. 288). Isso me fez entender que o Amor divino já pesou e testou o mérito de cada pensamento que vem a nós, seja ele bom ou mau. Portanto, os adolescentes, como reflexos do Amor divino, sabem quais os pensamentos que são bons e, por causa disso, podem ficar livres de influências que os fariam agir em festas de forma impulsiva ou imprudente.

Nessa mesma noite, orei também sobre a predominância do sexo durante as festas. Reli a história de José na Bíblia, sobre a qual conversamos muitas vezes na Escola Dominical. José foi testado quando se achou sozinho na casa de Potifar, com a esposa de seu patrão. Foi quando a encrenca começou. A Bíblia diz: “Aconteceu ... que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e lhe disse: Deita-te comigo”. Mas José se recusou a ser induzido pela esposa de Potifar a ter um relacionamento destrutivo com ela e disse: “...como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:7, 9). Muitos jovens acham que o sexo, assim como a bebida, os fazem parecer mais interessantes, mas, em realidade, estão caindo na crença de que os sentidos materiais trazem prazer e dor, exatamente como a esposa de Potifar acreditava. É uma crença popular que nega a bondade e a totalidade de Deus.

Por ser fiel aos seus princípios morais, José prosperou. Muito embora ele fosse preso injustamente depois de se recusar a ceder à esposa de Potifar, sua sentença na prisão acabou sendo um meio pelo qual ele pôde salvar da fome, não somente o Egito, mas todos os países da vizinhança.

Comecei a pensar sobre popularidade de uma maneira mais espiritual. Meus amigos, eu e muitos de meus colegas de classe talvez não estivéssemos tão elevados na escala social, mas éramos todos idéias especiais de Deus, e, portanto, igualmente legais e populares. Saber isso ajudou-me a manifestar domínio e tranqüilidade durante minha adolescência.

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