Tinha onze anos quando fui pela primeira vez a uma Escola Dominical da Ciência Cristã. Mesmo naquela idade, já procurava um estudo mais verdadeiro e prático da Bíblia. Meus pais eram de outra denominação religiosa, mas nada havia me tocado tão profundamente quanto os ensinamentos daquele domingo. Estava claro para mim que era aquilo o que eu buscava.
Minha mãe sempre participou de ações assistencialistas a orfanatos, asilos e hospitais. Eu a acompanhei algumas vezes, mas sentia que poderia fazer algo a mais pelas pessoas. Com o passar do tempo, senti que a oração era a melhor ajuda que podia dar aos outros, pois a oração pela Ciência Cristã alivia o sentimento de impotência diante da carência e desigualdade social. Reconheci que todos eram abençoados pelo Amor divino.
Na busca por orientação, este trecho me foi de grande auxílio: “Pensamentos não proferidos não são desconhecidos para a Mente divina. O desejo é oração; e nenhuma perda nos pode advir por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam modelados e sublimados antes de tomarem forma em palavras e ações” (Ciência e Saúde, p. 1). Sabia que Deus me guiaria da melhor forma.
Aprofundei meus estudos da Ciência Cristã quando tive problemas na gravidez constatei a eficácia desse estudo e quis compreender melhor como curar, por isso, fiz o Curso Primário de Ciência Cristã. Ao terminar o curso, tive a certeza de que o caminho a seguir era colocar em prática aqueles ensinamentos maravilhosos e ajudar os outros a vencerem seus desafios. Passei a me dedicar à igreja, em especial à Escola Dominical. Como resultado de meu progresso espiritual, tive curas físicas e cresci profissionalmente.
Após compreender que todo aquele que coloca em prática as leis espirituais é um praticista, pois pratica o bem, a regra universal do Amor, comecei a ajudar algumas pessoas pela oração e senti o desejo de ser Praticista da Ciência Cristã em tempo integral. Entretanto, isso não era possível, pois eu era militar do Exército Brasileiro e ministrava aulas em uma universidade no Rio de Janeiro. Quando me mudei para outro estado por causa da transferência de meu marido, que também é militar, parei totalmente com aquelas atividades e passei a me dedicar integralmente à prática da Ciência Cristã. Então, senti que aquele era o momento de concretizar um desejo puro e verdadeiro que acalentava desde criança, o de ajudar o próximo de maneira efetiva por meio da oração científica.
O trecho bíblico “...se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17) me fez entender que é o Cristo, e não o homem, que realiza a cura. Percebi que o Cristo exprime a natureza divina, ilumina o pensamento humano e efetua nele as transformações necessárias para usufruirmos de saúde, harmonia, alegria e suprimento, que é nosso direito divino. Traz à luz o legado do Criador para sua criação. A compreensão de que o Cristo é o agente transformador de qualquer situação, traz uma liberdade infinita. O praticista apenas colabora para que o paciente vislumbre sua identidade espiritual e, conseqüentemente, obtenha a cura. Para mim, alguns trechos do hino 172 do Hinário da Ciência Cristã, mostram o que é ser um praticista: “Dispõe-te, deixa tua luz brilhar...Ergue o farol aos que bem longe estão...tua estrela sempre vai brilhar...até a aurora despontar.”
Registrei-me como Praticista da Ciência Cristã no ano passado. Sinto profunda gratidão por todo o bem recebido e por aquela inesquecível primeira aula da Escola Dominical da Ciência Cristã.
