Certo dia, enquanto consertava o esgoto de casa, bati com o olho na ponta de um cano de ferro e senti uma dor muito forte. Quando vi o sangue escorrendo, dei-me conta de que as conseqüências de uma pancada como aquela no olho poderiam ser graves. Apesar do medo que sentia, volvi-me a Deus‚ em oração‚ em busca de tranqüilidade e inspiração.
Veio-me ao pensamento esta passagem de Ciência e Saúde: “Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direçāo infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia. Sob a Providência divina não pode haver acidentes, porquanto na perfeição não há lugar para a imperfeição” (p. 424).
Entendi que, como filho de Deus, eu também não estou sujeito a acidentes. Reconheci que na realidade eu nunca havia estado fora da harmonia de Deus e, por isso, nada poderia me assustar, mesmo algo que parecesse grave. Senti segurança ao pensar que os filhos de Deus nunca estão em perigo.
Citei mentalmente a exposição científica do ser: “Não há vida‚ verdade‚ inteligência‚ nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal; a matéria é o erro mortal. O Espírito é o real e eterno; a matéria é o irreal e temporal. O Espírito é Deus‚ e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual” (Ciência e Saúde, p.468). Essa passagem assegurou-me que meu verdadeiro ser é espiritual e nunca fora tocado por nada que não fosse o Amor divino. Essa compreensão me trouxe a confiança de que eu não ficaria com nenhuma seqüela.
Quando percebi que já não sentia mais qualquer temor‚ passei a mão no rosto‚ constatei que a pancada não havia perfurado o olho e limpei o sangue do rosto.
Continuei a orar para reconhecer que tudo estava intacto, perfeito e intocado, como minha identidade espiritual sempre o fora. Apesar das aparentes escoriações no rosto, que ficou dolorido, eu me sentia bem.
Em alguns dias, os ferimentos cicatrizaram e a dor passou, e não houve seqüelas.
Ainda hoje, ao me lembrar do ocorrido, agradeço a Deus pela proteçāo que tive, bem como aos ensinamentos da Ciência Cristã, que sempre dão a tranqüilidade necessária para ouvirmos a inspiraçāo divina em um momento de necessidade.
 
    
