Em junho deste ano, lideres mundiais se reuniram em Roma, a convite da Organização de Agricultura e Alimentação da ONU, com o intuito de ajudar a resolver o que estão chamando de um "tsunami silencioso", ou seja, uma alta sem precedentes nos preços dos alimentos em todo o mundo.
O Programa Mundial de Alimentos (World Food Programme-WFP) já ordenou que suas tropas apóiem as redes de distribuição de socorro, a saber: 30 navios em alto mar, 5.000 caminhões nas estradas, 70 aviões no ar. Contudo,a WFP diz que esses são apenas paliativos temporários diante das necessidades maciças que essa instituição sozinha não consegue atender. Os presidentes da Bolívia, Nicarágua e Venezuela, juntamente com o vice-presidente de Cuba, criaram um fundo de 100 milhões de dólares para suprir os gêneros de primeira necessidade a seus países. Entretanto, eles também admitem que esse valor não será suficiente. O presidente dos Estados Unidos pediu que o congresso americano aprovasse milhões de dólares em auxílio-alimentaçāo.
Embora os países industrializados tenham sentido a pressão dos preços, que de uma tendência ascendente lenta passou a uma alta repentina e veloz, nações como Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Mauritânia e Senegal, onde o alimento não é tão abundante, têm vivenciado desordens e saques aos estabelecimentos comerciais. Na maior parte da África Ocidental, uma fonte informa que o preço dos alimentos subiu perto de 50 por cento; em Serra Leoa quase 300 por cento. Tanto as Nações Unidas quanto o Banco Mundial têm uma projeçāo de que mais de 100 milhões de pessoas poderão ser reduzidas à miséria como resultado.
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