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O poder da Palavra!

Da edição de novembro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando era pequeno, minhas aulas favoritas na Escola Dominical eram aquelas em que conversávamos sobre uma das curas de Jesus ou seus ensinamentos. Sempre ficava maravilhado com a quantidade de idéias úteis encontradas em apenas uma história da Bíblia.

Nos cursos bíblicos na faculdade, passei a dar mais valor a muitas passagens que me eram familiares, à medida que compreendia melhor o contexto nas quais foram escritas. Finalmente, fazia sentido para mim a razão de haver tantos evangelhos. Cada autor do evangelho relatou a história da vida de Jesus de uma maneira que satisfaria às necessidades de seus leitores.

Contudo, foi apenas no último semestre da faculdade que realmente testemunhei a verdade dos textos bíblicos que estudara. Havia torcido meu joelho enquanto jogava basquete, portanto, apareci de muletas em um seminário que devia monitorar. O título do seminário era uma pergunta feita por Mary Baker Eddy em seu “Hino de Comunhão”: “Sentes o poder da Palavra”? (Poems [Poemas], p. 75), ou como está no hino 298 do Hinário da Ciência Cristã: “Sentes de Deus o poder”?

Durante o seminário bíblico, descobrimos que a palavra hebraica “dabar” está traduzida no Antigo Testamento primeiramente como “palavra”, mas também como “açōes” e “coisas”, o que transmite a convicção dos antigos israelitas de que a palavra imediatamente causa açāo. Como diz o Salmista: “Os céus por sua palavra se fizeram... Pois ele falou, e tudo se fez” (Salmos 33: 6,9). Em outras palavras, o “poder da Palavra” significa que não existe nenhuma separação entre a palavra e a ação de alguém, entre causa e efeito, entre oração e cura.

Fiquei convencido da verdade dessas idéias

Contudo, eu ainda usava muletas depois do seminário. Desanimado, liguei para uma Praticista da Ciência Cristã que estivera orando comigo para me ajudar a reconhecer meu relacionamento inquebrantável com Deus.

Quando ela falou comigo sobre o amor incondicional de Deus, lembrei-me de que o mesmo Deus que dividira o mar para o povo hebreu há milênios, também dividia, naquele instante, o mar do medo, da dúvida e do desânimo para mim. Esse foi um momento decisivo. Senti o poder da Palavra. Depois do culto na igreja naquela semana, dei meus primeiros passos sem as muletas. Logo depois, esquiava na água e liderava expedições arqueológicas com total liberdade.

Embora estivesse imensamente grato por conseguir andar de novo, estava ainda mais grato pelas lições que aprendera com aquela cura. Ela me ajudou a seguir em frente, sem me preocupar se os fatos históricos são verdadeiros ou não, e a provar em minha própria vida a verdade sanadora que a Bíblia contém, não a verdade das ruímas arqueológicas, mas a verdade que liberta.

À medida que me incumbo das atividades diárias, começo a testemunhar as inúmeras manifestações da bondade de Deus que me cercam, quer seja o sorriso de um amigo, a beleza da natureza ou dezenas de outras pequenas coisas, porém significativas.

Recentemente, aprendi com as parábolas de Jesus e com a literatura de sabedoria dos antigos israelitas, que Deus está presente não somente nos momentos dramáticos de se abandonar muletas, mas também nos momentos mais comuns, como caminhar até o trabalho ou pôr o lixo fora de casa.

O sagrado pode ser vivenciado nos acontecimentos comuns da nossa vida

Comparando o reino de Deus às atividades diárias do tempo de Jesus, tais como: assar o pão ou semear o campo, o Mestre mostrou em suas parábolas que Deus não está isolado no Santo dos Santos ou em alguma experiência de topo de montanha; ao contrário, o sagrado pode ser vivenciado nos acontecimentos normais da nossa vida.

Para mim, essa percepção tem sido um lembrete útil para deixar de correr de um lado para o outro, preocupado com as coisas que precisam ser feitas. Em vez disso, à medida que me incumbo das atividades diárias, começo a testemunhar as inúmeras manifestações da bondade de Deus que me cercam, quer seja o sorriso de um amigo, a beleza da natureza ou dezenas de outras coisas pequenas, porém significativas.

Embora, de vez em quando, eu ainda perceba que estou estressado devido à lista de coisas para fazer, aprendo cada vez mais a viver no agora da presença de Deus, a refletir o Deus que não é chamado por “Eu era” ou “Eu serei”, mas de “EU SOU”.

A diversidade de idéias percebidas na Bíblia também me conduz ao arrependimento, ou seja, a mudar minha maneira de pensar e de agir. Costumava dizer: “A Bíblia diz...”, e então declarava qualquer citação que justificasse minha agenda. Contudo, a própria Bíblia apresenta muitas perspectivas de diálogo, inferindo que cada voz tem algo vital a contribuir.

Esse modelo bíblico tem me encorajado a enfocar reuniões, por exemplo, não como oportunidades de vencer argumentos, mas, ao contrário, como oportunidades de ouvir e aprender, a partir do ponto de vista dos outros. Passo a passo, compreendo que devo deixar que a Bíblia transforme meu ponto de vista, ao invés de adequá-lo à Bíblia. É nesses momentos que sinto realmente o poder da Palavra.

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