Ao lado dos livros de receitas na estante da cozinha do apartamento de Heloísa Gelber Rivas em Boston, está também outro jogo de livros, com “receitas” mais importantes, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, a Bíblia, concordâncias e o Hinário da Ciência Cristã.
Na verdade, eles estão em todos os cômodos do apartamento, hábito adquirido desde o tempo em que seu marido, Horácio, já falecido, era Primeiro Leitor d'A Igreja Mãe, e o casal vivia na residência do Primeiro Leitor, na Avenida Commonwealth. “A casa era muito grande”, diz Heloísa sorrindo. “Por isso, eu tinha um jogo de livros perto de cada telefone. Dessa forma, quando alguém ligava, os livros estavam à mão”.
Logo que terminou a faculdade, Heloísa deixou seu país de origem, o Brasil, e rapidamente adotou Boston como sua cidade. Começou a trabalhar como tradutora n'A Igreja Mãe, onde ocupou vários cargos ao longo dos anos, como Gerente de Redação dos Arautos da Ciência Cristã e Presidente d'A Igreja Mãe. Atualmente, ela é co-gerente do Conselho de Conferências. Fluente em português, espanhol, inglês, francês, italiano e alemão, viaja muito, tanto para fazer conferências como para assistir às conferências realizadas pelos conferencistas no mundo inteiro e apoiá-las. Há pouco tempo, esteve na Alemanha, em Angola, em vários países da Ásia, e em muitos lugares nos Estados Unidos.
Recentemente, no seu apartamento que tem uma vista belíssima do Charles River [Rio Charles], Heloísa cedeu um pouco de seu valioso tempo para conversar com membro da equipe de redação do The Christian Science Journal. Conversaram a respeito daquilo que é tão natural para essa dedicada Praticista e Professora da Ciência Cristã: seu amor em divulgar a Palavra.
Joan Taylor: Jesus disse:“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). Heloísa, como Conferencista da Ciência Cristã com tanta experiência, o que significa “pregar” o evangelho e o que isso significa para pessoas como nós, que não somos conferencistas?
Heloísa Gelber Rivas: Pregar o evangelho significa literalmente contar as boas-novas sobre Jesus. Foi o que ele pediu a todos os seus seguidores. Alguns realmente fazem a pregação, contando a história de Jesus abertamente em centros comerciais ou locais públicos. Contudo, para muitos outros pregar é viver de acordo com o que ele ensinou, e a vida dessas pessoas é uma prova concreta daquilo que aprenderam. Não apenas porque adquiriram um novo conceito de “amar o próximo como a si mesmo”, mas também porque essa nova maneira de pensar melhora as condições em que as pessoas vivem. Jesus compreendia e ensinava que a realidade espiritual sobre Deus e o homem está sempre presente, é perfeita e harmoniosa. Além disso, os doentes eram curados e a harmonia era restaurada. Todos os que compartilham a mensagem do cristianismo estão, de certa forma, pregando o evangelho. Os conferencistas da Ciência Cristã levam aos seus ouvintes as boas-novas sobre a Ciência da cura e suas infinitas possibilidades de mudar o pensamento da humanidade para um conceito mais elevado sobre o que Deus é.
Jesus pregava e curava, individual e coletivamente, diante das multidões, mas não descia ao nível do pensamento deles. Ele os trazia ao seu próprio nível. Precisamos fazer isso também. Jesus não estava simplesmente “pregando” ou fazendo discursos o tempo todo. Contudo, ele discernia, ali mesmo onde estava, a realidade espiritual de todos com os quais entrava em contato. Pregar, nesse sentido, não consiste no mero uso das palavras, mas de vivê-las. Dessa maneira, as palavras continuam a influenciar o pensamento da humanidade. A verdade que Jesus ensinou ainda ecoa: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35).
JT: Como Praticista da Ciência Cristã, seu trabalho de cura está fundamentado principalmente na oração silenciosa e eficaz, uma revelação sagrada. O que acontece quando os pacientes telefonam e sua intuição lhe diz que aquilo que realmente querem é um “conselho”?
HGR: Cada praticista faz aquilo que se sente divinamente inspirado a fazer. O que é o certo para um paciente, talvez não seja o que outro necessite. O praticista não é um conselheiro, mas é chamado a reconhecer a verdade espiritual, o fato espiritual, sobre seu paciente. A verdade é que o paciente está relacionado somente com seu Pai-Mãe, Deus, e é inseparável do Princípio divino.
A Bíblia diz: “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele” (Isaías 30:21). Gosto de ajudar o paciente a reconhecer os pensamentos que vêm diretamente de Deus, os quais não são uma voz humana a lhe dizer o que fazer ou aonde ir. Ela vem como uma intuição que proporciona uma paz inquestionável, uma sensação de certeza com relação às decisões. Ciência e Saúde diz: “A intercomunicação se faz sempre de Deus para Sua idéia, o homem” (p. 284). Essa é a verdadeira comunicação e todos podem recebê-la. A sensação de que Deus está falando com você vem, sem sombra de dúvida, sem nervosismo, e sempre guia na direção certa.
JT: Então, para aquela pessoa que talvez ligue com uma dúvida secreta, como: “devo deixar meu marido?”, ou qualquer outra coisa, sua função é apenas a de abrir o pensamento do paciente para uma perspectiva mais ampla?
HGR: O que tenho de fazer, como praticista, é saber que essa pessoa pode ouvir a orientação da Mente divina, de quem ela nunca está separada. Então está em condições de decidir o que é necessário. Todas as soluções “simples” serão corretas como resultado desse reconhecimento de que nunca podemos estar separados de Deus. Há muito amor e compaixão ao nosso redor, quando mantemos o pensamento ancorado no fato espiritual sobre o homem criado por Deus. O praticista jamais abandona essa esfera da realidade espiritual, a fim de aconselhar sobre uma situação humana, mas ajuda o paciente a confiar no fato de que: “Deus não está separado da sabedoria que Ele confere” (Ciência e Saúde, p. 6).
JT: Vemos tantas curas instantâneas na Bíblia. O que dizer sobre os casos prolongados? Certamente, o praticista tem a expectativa de uma cura instantânea para cada tratamento.
HGR: A plataforma do trabalho espiritual do praticista, ou seja, a oração, se baseia na totalidade de Deus ou Sua eterna presença. Não há doença nessa presença. O praticista não começa do ponto de vista da doença como uma realidade que precisa desaparecer aos poucos, ou de que o paciente necessita se livrar de algo. O que tem de ser dissipado é a crença humana em discórdia, arraigada na consciência humana, e isso não leva tempo. A crença humana espera um processo de cura. Entretanto, como resultado do trabalho metafísico, ou seja, a oração na Ciência Cristã, a sugestão de doença perde seu poder no pensamento humano. Isso significa que essa sugestão cessa de intimidar, à medida que se compreende plenamente o fato de que a doença não existe na Mente divina. Embora algumas vezes talvez pareça levar tempo para uma cura se tornar evidente, o despertar para o fato espiritual da saúde e da harmonia é sempre instantâneo. Portanto, quando parece que há um caso prolongado, nunca devemos presumir que alguém tenha um problema não curado. Caso contrário, quando algum dia vier uma bela cura, diríamos, então, que existe um problema curado?
O paciente precisa descobrir que todo o seu ser sempre esteve, e está intacto, agora mesmo. Uma cura demorada é uma demora em compreender que não há nada para curar! O praticista deve sempre começar a partir do ponto de vista da perfeição da criação de Deus, não importa qual seja o quadro humano. A crença de um passado bom ou mau ou de uma vida imperfeita precisa ser substituída pelo fato de que o homem e Deus são inseparáveis. Essa é a Vida real.
JT: Mary Baker Eddy fez esta notável declaração em Ciência e Saúde: “Se, por engano, um paciente toma uma dose de veneno e morre, embora o médico e o paciente esperassem resultados favoráveis, será que foi a crença humana, perguntarás, que causou essa morte? Decerto, e isso de modo tão direto como se o veneno tivesse sido tomado intencionalmente” (p. 177). Ela nos revela algo realmente surpreendente, não é? Que a “mente moral” não é o pensamento pessoal de alguém, mas uma crença do mundo.
HGR: Essa passagem indica a necessidade de se lidar com a crença humana, de tratá-la mentalmente. A crença, mantida por milhões de pessoas, é a de que certos elementos encontrados em substâncias materiais são perigosos, venenosos, letais e capazes de matar alguém. Ou que, por outro lado, certas substâncias específicas podem restaurar a saúde de um corpo enfermo. O consenso geral da humanidade é que essas substâncias têm o poder de afetar a vida humana. Os pensamentos discordantes, mantidos na mente dos mortais e geralmente aceitos, constituem a única coisa que existe para a mente mortal.
Quando digo “tratar mentalmente” a crença, quero dizer insistir mentalmente no ponto de vista oposto, ou inverter a suposição de que a substância material tenha poder. Isso é feito mediante a certeza mental de que há somente uma única inteligência no universo, que essa inteligência é a Mente infinita que governa todo o universo e que essa Mente é Deus. Visto que essa Mente é infinita e suprema, podemos nos recusar a aceitar que ela seja formada por componentes agressivos a si mesma. Portanto, o única poder real e a única substância que existe é o poder e a substância de Deus, que só pode produzir o bem. Reconhecer, compreender esse fato espiritual e confiar nessa Mente infinita é a oração científica na Ciência Cristã. Seu efeito é restaurar a saúde, ou seja, a recuperação da normalidade e da harmonia na existência humana. Em outras palavras, essa oração silencia as suposições da mente mortal.
JT: Às vezes parece que a Ciência Cristã tem de enfrentar a mente mortal como se essa fosse algo terrível, que anda por aí.
HGR: A base de toda oração é que não há nenhum poder que possa se opor ao bem ou ao que Deus é. Quando aceitamos que essa Mente é Deus e que é suprema e infinita, realmente não podemos ter medo de outra mente, que possa estar pensando alguma coisa errada. Ciência e Saúde descreve a mente mortal como uma suposição de que haja uma mente separada de Deus, separada do bem, e que essa assim chamada mente, sendo mortal ao invés de imortal, seja digna de crédito. Isso mostra que essas suposições parecem verdadeiras e reais, e surgem na experiência humana como discórdia, infelicidade ou problema de saúde. Não podemos ficar impressionados com isso. Não existe nenhum poder tenebroso que anda por aí, exercendo más influências. Os supostos pensamentos da mente mortal não têm nenhum efeito quando compreendemos que eles não passam de suposições. Tudo que não seja um pensamento da Mente divina, realmente não é um pensamento de nenhuma espécie.
Mary Baker Eddy fez esta incrível observação em outra passagem de Ciência e Saúde: “Falando cientificamente, não há mente mortal da qual se possam fazer crenças materiais, que se originem da ilusão. Essa mente, por desacerto assim chamada, não é uma entidade” (p. 399). Portanto, precisa estar muito claro que não existe nada “andando por aí”, a pensar que algo errado pretenda ter algum poder sobre nós.
JT: O que dizer dessa presença insistente da medicina que também parece estar “por aí”? São manchetes diárias que falam de derrame cerebral, infarto, câncer. Temos de enfrentar isso, pois está em toda parte.
HGR: O que parece estar presente em todo o mundo é uma influência que causa medo e leva as pessoas a tomarem medidas para se protegerem de todos esses males que, supostamente, possam ocorrer em sua vida. Uma pessoa medrosa anseia por algo que lhe traga paz, algo em que possa confiar, a fim de se sentir segura, protegida e que possa impedi-la de ser vítima indefesa deste ou daquele perigo. Quando começamos a compreender a Ciência do ser, a Ciência do nosso ser, cuidamos confiantemente de todas as necessidades que possam surgir, quer seja de saúde ou de qualquer outra situação. Além disso, se algo parece estar errado por alguma razão, podemos nos apegar a esta idéia: estou a salvo na presença de Deus. Esse é o ponto de partida para realmente saber a verdade de que Deus é o único poder e a única presença.
A expressão “saber a verdade” não é jargão da Ciência Cristã, pois provém das palavras de Jesus: “...conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32). Jesus reconheceu essa mesma verdade quando disse: “o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:21). Esse modo de pensar é a melhor maneira de enfrentar os desafios, porque estamos falando de um ponto de vista espiritual e mental a respeito da realidade de Deus. Respeitamos o altruísmo do mundo da medicina, mas a esfera de ação dos Cientistas Cristãos é completamente diferente.
JT: Na realidade é um campo inteiramente diferente e não uma medicina alternativa.
HGR: A Ciência Cristã não é simplesmente algo a que recorremos a fim de resolver problemas. Não estamos falando de apenas orar aqui ou ali, ou de nos volvermos a Deus a fim de obter saúde, uma vida melhor, segurança financeira ou bons relacionamentos. É muitíssimo mais poderosa do que isso. É o cumprimento das palavras de Jesus, novamente: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35). O poder de suas palavras ainda fala à consciência humana e sempre o fará. Esse é o Cristo vivo, sempre falando à consciência humana.
As pessoas estão em busca de respostas sobre quem elas são, qual seu propósito na vida. Querem descobrir que existe um poder superior, espiritual, que governa todo o universo. Elas têm a intuição de que Deus é real, mas desejam uma forma inteligente para se relacionar com Ele, ao invés de meramente acreditar que Deus existe. A Ciência Cristã atende plenamente a essas aspirações e nos proporciona toda a estabilidade espiritual que almejamos.
Dê uma olhada em todas as experiências e teorias, em todas as diferentes formas de cuidar do corpo a fim de manter a saúde ou encontrar alívio, elas mudam constantemente. Se olharmos para os avanços da medicina ocorridos há 500 anos, hoje eles parecem primitivos, ignorantes. Se considerarmos a medicina dos últimos cinco anos, veremos a mesma coisa, ou seja, freqüentemente fica obsoleta e totalmente ultrapassada! Portanto, todas essas proposições da tecnologia moderna, que hoje são consideradas sofisticadas e avançadas, capazes de produzir “quase milagres”, são substituídas, em um curto espaço de tempo, por outras tecnologias mais avançadas. Contudo, a realidade da presença de Deus é imutável, e necessita ser reconhecida, tanto mental como espiritualmente. A humanidade estará em condições de admitir, gradualmente, que a Mente é Deus, e então poderá perceber por que as palavras de Jesus não passarão, apesar de todas as mudanças na história humana.
JT: Heloísa, quando você faz conferências em diferentes partes do mundo, você deve perceber que algo especial acontece em cada conferência. É uma intuição espiritual ou espontaneidade o que entra em cena quando você é levada a modificar uma idéia ou a enriquecer um pensamento, enquanto está falando?
HGR: A conferência contém uma mensagem específica. Contudo, quando falo ao vivo para uma platéia, dirijo-me naturalmente ao pensamento dos presentes. Não é uma questão de convencê-los ou convertê-los, mas um convite para que pensem, raciocinem, descubram e sejam inspirados. Gosto de sentir a receptividade do público e de me engajar nessa participação. Como conferencistas da Ciência Cristã, nunca estamos atados a um molde ou a um texto fixo, embora cada conferência contenha uma mensagem cuidadosamente preparada que será apresentada, mas não como uma repetição de palavras. O importante é elevar o pensamento a uma altitude espiritual.
JT: Para quem é, na verdade, a conferência da Ciência Cristã, somente para o visitante?
HGR: Ao citar o Apóstolo João, Mary Baker Eddy disse: “ 'Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco'. Esse Consolador, no meu entender, é a Ciência Divina” (Ciência e Saúde, p. 55). Todos têm o direito de compreender que o Consolador está aqui, e que ele realmente traz conforto, cura e propósito à vida de cada um de nós. Não importa o quanto alguém tenha estudado a Bíblia ou os escritos da Sra. Eddy, existe algo em uma conferência que as pessoas levarão com elas e que sempre as abençoará. Em minha opinião, se alguém tiver um conceito equivocado sobre a Ciência Cristã, não preciso abordar essa questão, só preciso afirmar, com muito amor, os fatos corretos. Isso é verdadeiro aonde quer que eu vá, não importa o país, a cultura ou a igreja filial.
JT: Então, o que você está dizendo é que uma conferência para o público inclui Cientistas Cristãos.
HGR: A palavra público não significa aqueles que não são Cientistas Cristãos. Um evento público é aberto a todos, não importa quem sejam ou de onde venham. Um ambiente fechado ou uma seleta platéia em um local onde não é permitida a entrada das pessoas que vêm de fora, não é público. Público quer dizer gente e inclui a todos. Pesquisei a palavra público, e uma definição particularmente pertinente é: “...as pessoas como um todo”.
Os membros da igreja desempenham um papel vital em uma conferência, porque são os patrocinadores do evento. A função deles é ser receptivos às idéias apresentadas. A presença dos patrocinadores ajuda a criar uma atmosfera espiritual, vital para a cura, que é sentida por todos que assistem à conferência. Aliás, deveria ser natural para eles desejar partilhar esta Ciência com aqueles que ainda não ouviram falar dela, ou que talvez tenham pensamentos equivocados acerca da Ciência Cristã.
Portanto, realmente tem de haver o desejo de trazer convidados para a conferência. Sem esse profundo desejo de apresentar a Ciência Cristã às pessoas de sua comunidade, não se tem, na verdade, uma conferência, uma vez que ela não é uma reunião privativa de uma igreja.
JT: Voltando àquilo que você mencionou de que não é necessário se delongar a respeito das idéias equivocadas sobre a Ciência Cristã, mas comunicar o que é correto, como você abordaria o conceito de que nós apenas oramos, de que não estamos na linha de frente, “fazendo alguma coisa”?
HGR: Várias passagens na Bíblia nos dizem que Jesus se retirava da multidão e orava. E Mary Baker Eddy freqüentemente se retirava para ficar só; ela ia para seu quarto e ficava horas dedicada à oração. Tanto Jesus quanto a Sra. Eddy estavam orando a fim de comungar com Deus, para estarem em sintonia com a Mente divina, para se alinharem com essa Mente que lhes dava o apoio espiritual que determinava suas ações. Durante o nosso dia, é bom cuidar de nossas atividades. Contudo, à medida que o fazemos, buscamos continuamente “saber a verdade” a respeito do fato de que não existe separação entre Deus e o homem. Esse saber abençoa muito além do que podemos imaginar.
JT: O Sermão do Monte diz que Jesus “...subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos...” (Mateus 5:1). Sempre gostei desta frase “e, como se assentasse”, porque, para mim, quer dizer que se trata da localização, mas que antes disso ele teve de sentir-se em paz.
HGR: Acho que a coisa mais importante que podemos fazer é aproveitar oportunidades, várias vezes durante o dia, de fazer essa mesma oração silenciosa, essa comunhão silenciosa de pensamento, aquela calma união mental com a Mente divina e reconhecer que Deus é todo o bem. Precisamos nos alinhar com aquilo que Deus sabe. Isso nos levará à ação que beneficia e abençoa o mundo todo. Os esforços humanitários que as pessoas empreendem são maravilhosos. Contudo, o papel do Cientista Cristão é diferente. É saber que o Princípio divino está em ação. Quantas vezes ao dia devemos orar? Se fizermos isso por poucos segundos, várias vezes ao dia, ou por apenas alguns momentos para saber que Deus está ali mesmo onde estamos, e que tudo está sob Seu controle, quanto tempo leva para compreendermos isso? O quanto esse pensamento pode se estender? Façamos isso, sintamos o poder desses momentos de reconhecimento da própria presença de Deus. Quando Jesus disse: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35), ele estava nos dizendo que seus ensinamentos e o poder que eles têm de curar e salvar não eram apenas para a sua época. Eles são para sempre!
