As olimpíadas nasceram na Grécia, no período da antiguidade, e eram celebradas a cada quatro anos. Além do aperfeiçoamento das habilidades físicas e desportivas, o objetivo dos jogos era, e ainda é, a união entre os povos, os valores morais e éticos, a amizade, a solidariedade e a perseverança.
Como atuo na área de educação física para crianças pequenas, percebo que, entre elas, a cooperação vai muito além da competição. É fundamentada no amor e na espontaneidade, qualidades presentes e inerentes à essência delas. O divino, o nobre, o majestoso–alguns dos significados da palavra olímpico–representam a onipotência da Mente e constituem a individualidade espiritual, o que as crianças expressam de maneira muito fácil.
Refletindo sobre esses aspectos e observações, proponho a mim mesma uma olimpíada mental diária, na qual o verdadeiro exercício consiste em ultrapassar os limites e as barreiras da materialidade. Vencer as crenças de carência, ódio, ressentimento, doença e morte determina as vitórias e conquistas do atleta espiritual. Objetivar o amor como uma tocha olímpica dentro do coração e estabelecer a paz como linha de partida e de chegada são as verdadeiras metas a alcançar. Da mesma forma que o atleta olímpico treina constantemente, procuro manter o pensamento sempre alinhado ao Amor divino, como um meio para o alcance eficaz dessas metas. Cada cura alcançada representa uma conquista realizada. Visualizo o pódio como mais um degrau galgado rumo à perfeição e à espiritualidade. Finalmente, espelhando-me na pureza de alma das crianças, almejo como prêmio as medalhas da humildade, da fraternidade e da esperança.
Jesus ensinou que precisamos ser como as criancinhas para alcançar o reino dos céus. Com a receptividade ao bem, com a pureza e o amor demonstrados pelos pequeninos, podemos chegar à harmonia, à saúde, à justiça e ao suprimento de todas as nossas necessidades.
Quando um de meus filhos era bem pequeno e permanecia no berçário durante meu horário de trabalho, uma das crianças se contagiou com virose. Os pais de todas as demais crianças daquela escola foram orientados a medicar seus filhos, a fim de evitar o contágio com a doença. Com o apoio de uma Praticista da Ciência Cristã, compreendi que o Amor divino, sempre presente, constitui o verdadeiro poder protetor e sanador e que os filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança, refletem Sua perfeição e estão isentos de todo o mal.
Com a certeza da onipotência e onipresença de Deus, assinei um termo de responsabilidade sobre a minha decisão de não usar nenhum medicamento. Meu filho continuou a demonstrar boa saúde e a compartilhar, com seus amiguinhos, a alegria e a vivacidade tão peculiares às crianças. Hoje, meu filho é um rapaz de 13 anos e desfruta de perfeita saúde.
As provas da olimpíada rumo ao progresso espiritual não representam fáceis louros, pois, como no esporte, exigem coragem e perseverança. Porém, certamente, as conquistas nela alcançadas constituem uma vitória que aproxima a todos de Deus, a Vida eterna.
