Como a Sociedade Bíblica do Brasil elegeu 2008 como o “Ano da Bíblia”, O Arauto publicará, durante o ano, artigos que mostram como os ensinamentos bíblicos podem ajudar, de forma prática, o dia-a-dia de todos.
Você se lembra de Sansão, o forte levantador de peso, e de Davi, o experiente arqueiro? Eles não são participantes dos Jogos Olímpicos, mas atletas representados na Bíblia. Então, qual seria o segredo bíblico para o sucesso nos esportes? Seria esse modelo bíblico ainda hoje importante no atletismo?
Com milésimos definindo o vencedor de uma competição, não é de se surpreender que a estabilidade mental de um concorrente seja tão determinante em seu desempenho, como sua habilidade atlética. Permaneceria uma ginasta, que conhece a rotina de seu solo, imperturbável sob a pressão da competição?
A competição é mental
Essa questão levanta um ponto a ser levado em conta nos treinos: liderar uma competição não se refere apenas a talento, mas exige equilíbrio, graça, clareza e serenidade. Em suma, um bom desempenho tem um componente mental. Não seria mental cada aspecto do torneio?
A Bíblia comprova que a mudança de paradigma é possível, conforme Isaías escreveu: “Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaías 40:30, 31).
O segredo de um bom desempenho, ao que parece, é a compreensão de que uma mudança, partindo do físico para o mental é essencial. A força, por exemplo, se vinculada ao pensamento, ao invés de aos músculos, torna-se menos vulnerável e mais sólida.
O mesmo é válido para outros atributos, que, associados a Deus, ao invés de à matéria, independem de certas condições para uma boa performance. Tal como sua fonte, o Espírito, eles são permanentes e estão sempre no apogeu.
Abatidos, mas não derrotados
Então, o que dizer diante da insegurança, quando a outra equipe está à frente da sua ou você acabou de cometer um erro? Ao escrever aos Coríntios, Paulo não estava no auge de sua forma. No entanto, mantinha a esperança: “perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos...” (2 Coríntios 4:9).
Paulo não estava apenas tentando minimizar suas derrotas. A prova disso veio mais tarde, quando escreveu: “Então, ele [Deus] me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2 Coríntios 12:9). Nas palavras de Paulo, a derrota se transforma em vitória, quando se permite que Deus atue.
Paulo compreendia que não podia ter êxito sozinho, mas que a derrota, em si mesma, era uma vitória, uma vez que ela o conduzira para a fonte de todo o triunfo: Deus.
Então, qual é a recompensa?
Todo competidor almeja a vitória. Contudo, se a competição é mental, talvez a recompensa, em última análise, supere até mesmo a honra de uma medalha. Tal como Paulo coloca em sua carta aos Filipenses: “prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14).
O verdadeiro prêmio pode ser a descoberta de nossa própria espiritualidade, de nossa conexão com Deus e a glória que provém desse reconhecimento, conforme este trecho explica: “Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força” (1 Crônicas 29:12). Diante do “êxito” ou da “derrota”, um fato permanece: Deus vê todos os Seus filhos como vencedores.
