Aproxima-se novamente, no Brasil, a época de eleições. Candidatos às Prefeituras e Câmaras Municipais estão em campanha eleitoral e pleiteiam ser eleitos. Mas, como os eleitores podem fazer a melhor escolha?
Agora é um momento oportuno para refletir e afirmar que, na realidade, já vivemos sob o único governo permanente e completo, o de Deus. Essa forma de pensar, fundamentada em uma percepção espiritual, coloca nossas escolhas em um patamar mais elevado.
Partir da premissa de que há apenas uma Mente governante, Deus, dá-nos liberdade para escolher, sob o prisma das qualidades divinas, aqueles que estiverem melhor preparados para prestar bons serviços à população. Agindo dessa maneira, sentimo-nos seguros, pois sabemos que, para desempenhar as funções de prefeitos e vereadores, elegemos o ser completo, criado pelo Princípio divino, que certamente exercerá suas funções como bom prestador de serviço e expressará integridade, retidão, justiça, equilíbrio, desprendimento, ética, moral, sabedoria, inteligência e economia.
Sempre que me preparo para o período de eleições, procuro ter a visão que o Criador tem de Seu descendente, o homem ou a mulher de padrão elevado, Seu filho e filha amados, a imagem e semelhança do Deus vivo, a expressão de excelência. Como resultado, compreendo que o ser real e verdadeiro é incapaz de agir de forma errônea e incorreta, mas sempre pensa e atua com justiça e retidão.
Focar na Verdade para fazer a melhor escolha ajuda a corrigir o que as notícias veiculam sobre desgoverno e corrupção. Sinto que ter a visão espiritual, que anula as incertezas da visão humana, traz clareza para perceber a direção da Mente infalível, a qual guia a todos na direção certa. Essa percepção, guiada pelo Princípio divino e edificada na Mente, provê temperança para fazer escolhas acertadas que atendem às necessidades de todos.
Procuro não me sugestionar por opiniões humanas falíveis, tais como: “não há como fazer boas escolhas”, “nenhum candidato serve”, “nenhum é honesto”, “todos buscam somente seus próprios interesses”, "estão todos envolvidos em organizações criminosas ou nenhum tem qualificação para o cargo". Aceitar essas opiniões impede qualquer um de ver a solução espiritual e encontrar o melhor candidato.
Gosto de me volver a Deus quando tomo decisões. Sei que a oração diária e o trabalho abnegado conduzem todos à inspiração divina, que ajuda a eleger pessoas capazes de expressar, na atualidade, as mesmas qualidades divinas que Moisés, Davi e José manifestaram, e que, como esses personagens bíblicos, os candidatos de hoje servirão com justiça, equilíbrio, eficácia e sabedoria, para o bem de todos.
Ouvir a Deus nos dá segurança para não tomar decisões erradas. Sinto isso quando leio este trecho de Ciência e Saúde: "O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia. Motivos justos dão asas ao pensamento e força e liberdade à ação" (p. 454).
A percepção guiada pelo Princípio divino e edificada na Mente provê temperança para fazer escolhas acertadas que atendem às necessidades de todos.
Para mim, ser eleito é ser escolhido, preferido, designado por votação para prestar serviço de qualidade e eficiência, para ser útil e atender às necessidades de toda a população. Por isso, procuro reconhecer que o homem real, criado por Deus, é puro, íntegro e preparado para exercer o cargo público para o qual se candidatou. Tal pensamento certamente ajudará a pessoa eleita a cumprir seu mandato com bom desempenho.
Quando oro para ser inspirada a fazer a escolha acertada e reconheço que Deus é o Governador supremo, sinto que sou guiada por Ele e anulo, em minha consciência, tudo o que se apresenta como distorcido e imperfeito.
Obedecer ao primeiro e mais importante mandamento da lei de Deus, "não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3), faz com que nos apoiemos nEle, ao invés de em falíveis opiniões humanas. Dessa forma, contribuimos para a união de povos e nações, para a fraternidade dos homens, e para a paz na sociedade.
Para mim, estas palavras de Mary Baker Eddy "Um só Deus infinito, ... cumpre o preceito das Escrituras: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'; aniquila a idolatria pagã e a cristã — tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos..." (Ciência e Saúde, p. 340) colocam tanto o que os candidatos pleiteiam, bem como a escolha dos eleitores, em um patamar mais elevado de pensamento e de ação.
Aproveito a atual conjuntura política para corrigir na minha consciência pensamentos errôneos a respeito de todos os servidores públicos e, assim, crescer espiritualmente. Esta é uma oportunidade de, amparada pela sabedoria de Deus, preparar-me para as próximas eleições e amar o próximo como a mim mesma.