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ESPIRITUALIDADE E CURA

Liberdade gloriosa para todos

Da edição de setembro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


O padrão de comportamento da história humana tem sido freqüentemente entremeado por cordas de escravidão. Uma grande parte da humanidade do século XXI ainda anseia por ser livre. Naturalmente, não é apenas a opressão política que deixa as pessoas no cativeiro. Há um tipo de escravidão que passa como um tênue fio pela experiência diária de um indivíduo. Talvez as pessoas se sintam escravizadas pela carência econômica, pela doença e pela dor, depressão, medo, relacionamentos rompidos, solidão, e assim por diante. Contudo, existe uma maneira de se romper o círculo vicioso da servidão e da escravidão mental. É possível nos sentirmos verdadeiramente livres, quando descobrimos mais sobre nosso relacionamento genuíno com Deus.

Para mim, esse é um dos pontos centrais que o ministério de Jesus proporcionou ao mundo. Ele veio mostrar a todos o caminho rumo à liberdade duradoura, ao reconhecimento de que todos somos os filhos e as filhas de Deus e que temos o direito divino de ser livres. Jesus disse às pessoas de sua época que, se fossem firmes em seguir seus ensinamentos, isso as levaria ao autêntico discipulado e que, conseqüentemente, conforme suas próprias palavras, conheceriam a verdade, e a verdade os libertaria (ver João 8:32).

As lições espirituais e a promessa das palavras de Jesus são tão significativas para homens e mulheres que hoje vivem e trabalham em grandes cidades como Nova Iorque, Cingapura ou Nova Délhi, ou nas inúmeras comunidades rurais em todo o mundo, quanto o foram para as pessoas da antiga Jerusalém ou das regiões rurais da Judéia, há 2.000 anos, quando o Mestre pregou por lá.

Libertação da carência econômica

A cada dia, a mídia relata minuciosamente as últimas tendências económicas e como as pessoas enfrentam esses fatores. Quer seja o aumento do preço da gasolina, a execução de hipotecas, desemprego, escassez de alimentos ou a miríade de outros custos associados ao nosso dia-a-dia, as questões econômicas que a sociedade enfrenta têm afetado incontáveis pessoas e famílias. Um grande número se defronta com um senso de servidão financeira, achando que já é uma luta constante conseguir apenas viver dentro do orçamento. Entretanto, vamos pensar sobre o que pode significar para a nossa vida, aceitar quem somos verdadeiramente como os filhos e as filhas de Deus.

Deus, que é Amor infinito, é também Pai e Mãe de Sua criação, infinitamente solícito. Deus criou cada um de nós para expressá-Lo, ou seja, para expressar Seu amor. De fato, nós somos o próprio produto desse Amor divino, a imagem e semelhança espiritual do Criador divino. O resultado do amor e cuidado infinitos de Deus por Sua criação, é que nunca pode haver um momento em que os filhos de Deus possam sentir falta de algo que seja verdadeiramente bom ou necessário.

Cristo Jesus certamente compreendeu a verdade espiritual do abundante amor de Deus, quando alimentou mais de 5.000 pessoas com apenas cinco pãezinhos e dois peixes. Não apenas a fome de todos foi saciada, mas quando os discípulos terminaram de distribuir o alimento, eles ainda voltaram com os cestos cheios do próprio alimento que haviam compartilhado (ver Mateus 14:15-21).

Na verdade, não é a matéria, bens e coisas materiais, ou mesmo dinheiro, o que supre nossas reais necessidades

Em outra ocasião, Jesus disse ao povo: "...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10). Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy se referiu a Jesus alimentando as multidões, ao escrever especificamente sobre nosso relacionamento com Deus. Ela observou: “Na relação científica entre Deus e o homem, descobrimos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus o mostrou com os pães e os peixes — sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento” (p. 206).

Em minha opinião, esse ponto é essencial para nos libertarmos da privação e da servidão econômicas. Não é a matéria, ou seja, bens e coisas materiais, ou mesmo dinheiro, que supre nossas reais necessidades. O provedor de todo o bem é o Espírito divino, o Deus infinito, que jamais abandona ou defrauda Seus filhos. Mary Baker Eddy certa vez falou sobre a lei de Deus: “...que o suprimento invariavelmente atende à necessidade...” (Miscellaneous Writings 1883-1896, p. 45). Essa lei divina é constante e segura e podemos confiar nela, reconhecer sua verdade transformadora e ser livres para vivenciar a vida “em abundância”.

Jesus veio mostrar a todos o caminho rumo à liberdade duradoura, ao reconhecimento de que todos somos os filhos e as filhas de Deus e que temos o direito divino de ser livres.

Libertação da doença e da dor

Outra forma de escravidão que desafia as pessoas é a servidão à doença, à debilidade física ou à dor. Aqui também, compreender mais sobre nosso relacionamento verdadeiro com Deus, como o Amor divino e o Espírito puro, nos leva à liberdade. Houve uma ocasião em que Jesus encontrou “um homem enfermo havia trinta e oito anos”, e que se sentia prisioneiro do próprio corpo. Levando-se em conta o tempo em que o homem havia estado naquela condição, as primeiras palavras de Jesus dirigidas a ele talvez parecessem um tanto estranhas. Ele perguntou ao homem se ele queria “ser curado” (ou, poder-se-ia dizer, estaria o homem disposto a se libertar?).

A doença ou a dor não podem permanecer em uma consciência repleta de pureza, graça, beleza, alegria e iluminação espiritual

Após algumas respostas evasivas do homem e uma tentativa confusa de explicar a razão pela qual ele ainda se encontrava naquela condição de paralítico, Jesus irrompeu incisivamente através das nuvens da dúvida, do desespero e do medo. Ele simplesmente disse ao homem: “...Levanta-te, toma o teu leito e anda”. Como o Novo Testamento relata este evento, algo surpreendente aconteceu: “Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar” (ver João 5:2-9). O homem se libertou prontamente!

Ao se referir a Deus como Alma, Ciência e Saúde diz sobre a obra de cura de Jesus: “Como sabia que a Alma e seus atributos eram eternamente manifestados pelo homem, o Mestre curava os doentes, restabelecia a vista aos cegos, o ouvido aos surdos, o uso dos pés aos coxos, trazendo assim à luz a ação científica da Mente divina sobre as mentes e os corpos humanos, e proporcionando melhor compreensão acerca da Alma e da salvação” (p. 210).

Aqui, novamente somos direcionados ao nosso relacionamento verdadeiro com Deus como o caminho para a liberdade. À medida que discernirmos nossa relação com Deus como Alma e compreendermos que manifestamos eternamente os atributos da Alma, o caminho para a cura se descortina. Pureza, graça, beleza, alegria, iluminação espiritual são alguns dos atributos da Alma. Essas são as qualidades “eternamente manifestadas” por meio de cada um de nós, como filhos de Deus. Portanto, nada que não seja uma qualidade da Alma pode se manifestar em nós. A doença ou a dor não podem permanecer em uma consciência repleta de pureza, graça, beleza, alegria e iluminação espiritual.

Não é a matéria, ou seja, bens e coisas materiais, ou mesmo dinheiro, que supre nossas reais necessidades. O provedor de todo o bem é o Espírito divino, o Deus infinito, que jamais abandona ou defrauda Seus filhos.

Ele não era mais um escravo do desespero e da tristeza

Ciência e Saúde também oferece esta observação sobre o ministério de Jesus: “Ele fazia a vontade do Pai. Curava a doença em desafio ao que se chama lei material, porém de acordo com a lei de Deus, a lei da Mente” (p. 168). Em nossa própria vida, podemos saber que essa lei sanadora de Deus é constante e segura, e podemos confiar nessa lei divina, reconhecer sua verdade transformadora e nos libertar, para vivenciarmos a saúde e a integridade fisica.

Libertação da obscuridade mental

Há alguns anos, um grande amigo meu enfrentou um longo e difícil período de escravidão à depressão, que o confinou à sua casa, à sua cama, a uma obscuridade mental e a um senso de vida sem significado nem alegria. Contudo, ao longo de todo esse período, membros de sua igreja permaneceram junto a ele e cuidaram dele, alimentaram-no, trataram dele com carinho e oraram por ele. Ele freqüentemente falava com uma Praticista da Ciência Cristã e procurava tratamento pela oração. Estudava as Lições Bíblicas semanais do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, o melhor que podia. Finalmente, chegou o dia em que a luz do Cristo, a atividade sanadora da Verdade e do Amor, irrompeu através da escuridão mental. Ele compara isso com o dia de um novo nascimento. Ele não era mais escravo do desespero e da tristeza. A depressão fora vencida. Ele estava livre!

À medida que discernirmos nossa relação com Deus como Alma e compreendermos que manifestamos eternamente os atributos da Alma, o caminho para a cura se descortina.

A lei de liberdade de Deus é universal

Esse homem, que mal conseguia sair de sua própria casa antes de alcançar sua libertação, tem, desde aquela época, viajado extensamente, dos Estados Unidos para o México, Cuba, Tailândia, Rússia, Peru. Entretanto, mais do que essas viagens, tem havido novas e felizes jornadas de descobertas espirituais. Descobriu sua vida cheia de novas atividades, novas oportunidades de ajudar os outros, novas alegrias. Ele credita sua liberdade inteiramente ao que a Ciência Cristã lhe tem revelado sobre a verdade de seu relacionamento espiritual com Deus.

Sua liberdade está explicada em algumas passagens de Ciência e Saúde (junto ao título marginal: "Emancipação mental"): "A Verdade traz os elementos da liberdade. No seu estandarte está o lema inspirado pela Alma: 'A escravidão está abolida'. O poder de Deus traz libertação ao cativo. Nenhum poder pode resistir ao Amor divino. ... Tudo quanto escraviza o homem é oposto ao governo divino. A Verdade liberta o homem" (pp. 224-225). Também há este chamado a homens e mulheres de toda parte: "Cidadãos do mundo, aceitai a 'liberdade da glória dos filhos de Deus', e sede livres! Esse é vosso direito divino" (p. 227).

Uma pessoa talvez esteja enfrentando sentimentos de escravidão aos desafios que confrontam a vida moderna, mas cada um de nós tem o direito de ser livre. Podemos sentir no nosso íntimo que de fato não há nenhum poder escravizante que possa persistir diante da presença do Amor divino. A lei de liberdade de Deus é universal. Novamente, essa lei de Deus é constante e segura, e podemos confiar nessa divina lei, reconhecer sua verdade transformadora, e ser livres para vivenciar a “liberdade da glória dos filhos de Deus”.

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