Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Estudantes de Ciência Cristã da Grande São Paulo aprofundaram seu conhecimento do Evangelho de João, fizeram reuniões inspirativas e compartilharam o que descobriram. Nos próximos meses continuaremos a apresentar excertos do que foi exposto nessas reuniões. Prosseguimos agora com os versículos 28 a 40 do capitulo 18 e com o capitulo 19.

O Evangelho Segundo João

parte XXVIII

Da edição de setembro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Desde o versículo 28 do capítulo 18 até o final do capítulo 19 decorre o julgamento de Jesus e sua crucificação. Nesse cenário de julgamento, duas posturas são identificadas: a de Pilatos para inocentar Jesus e a dos judeus para condená-lo.

Pilatos tinha todo o poder da lei para libertar Jesus, porém o temor em desagradar as autoridades constituídas, somado ao receio de perder seu cargo de governador, fez com que ele não utilizasse a reta justiça. Afinal, durante seu governo haviam ocorrido tumultos originados pela sua forma rígida e severa de governar, o que estremeceu as boas relações com o imperador romano. Dessa forma, Pilatos evitava situações desagradáveis que chegassem aos ouvidos do imperador.

O objetivo dos sacerdotes judeus era não colocar em risco seu poder religioso. Travou-se um embate entre o poder político de Pilatos e o poder religioso dos sacerdotes judeus. Porque estavam sob o domínio de Roma, apenas o governador romano tinha a prerrogativa de condenar alguém à morte.

“És tu o rei dos judeus?” (João 18:33). Essa pergunta deixa claro que os judeus já haviam relatado o caso a Pilatos antes que ele começasse a interrogar Jesus.

Jesus não era rei dos judeus no sentido político, mas no sentido messiânico. O diálogo estabelecido entre Jesus e Pilatos esclarece a verdadeira natureza da realeza de Jesus e enfatiza sua relevância permanente.

Pilatos não vê crime algum em Jesus e, embora pensasse em soltálo, os judeus o ameaçaram com as seguintes palavras: “...Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é contra César” (19:12). “Amigo de César” era um título que identificava os apoiadores políticos do imperador. Os judeus ameaçaram Pilatos com a sugestão de que ele seria considerado traidor de Roma, se soltasse alguém que se dizia rei. Então, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado (ver 19:16). Chega ao fim a batalha travada entre a postura frágil de Pilatos e a intimidativa das autoridades judaicas.

Pilatos escarnece dos judeus, agora por escrito, de modo cerimonioso, em três línguas, para que o mundo todo pudesse ler, quando escreve no cimo da cruz: “...Jesus Nazareno, o rei dos judeus” (19:19). Na seqüência, os “...principais sacerdotes diziam a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, e sim que ele disse: Sou o rei dos judeus” (19:21). Pilatos havia perdido a questão substantiva em debate, mas ganhou a guerra de nervos. Ele fez pouco caso da reverência judaica quando negou o pedido dos judeus com a resposta: “...O que escrevi escrevi” (19:22).

Podemos observar o cumprimento das Escrituras proféticas em todos os aspectos da crucificação de Jesus, em particular, este que consta de Salmos: “Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes” 20:18). Na época, as roupas de um homem executado pertenciam de direito aos seus carrascos. No caso de Jesus, os soldados repartiram as vestes do Mestre e lançaram sorte sobre sua túnica.

Em João 19:30, Jesus entrega sua vida. O vinagre citado no versículo 29, não é o que conhecemos hoje, mas sim uma bebida usada pelos soldados romanos. Após tomar tal vinagre, Jesus disse: “Está consumado!” (19:30). O tempo verbal em grego indica que a obra de redenção foi consumada de uma vez por todas e que seus resultados são permanentes.

De acordo com a lei judaica, um corpo não podia ficar exposto em um poste depois que o sol se punha. Isso seria especialmente ofensivo em um sábado. Por isso, em João 19:31, os judeus pediram aos soldados romanos que as pernas dos homens fossem quebradas e seus corpos retirados da cruz. Quando as pernas eram quebradas, as vítimas não podiam mais aliviar a tensão em seus braços e no tórax, o que causava uma contração maior no tórax e apressava a morte. Os soldados quebraram as pernas dos dois outros homens crucificados, mas não as de Jesus, pois viram que ele já estava morto (ver 19:33). Mais uma vez cumprem-se as Escrituras: “Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado” (Salmos 34:20).

Pilatos tinha todo o poder da lei para libertar Jesus, porém o temor em desagradar as autoridades constituídas, somado ao receio de perder seu cargo de governador, fez com que ele não utilizasse a reta justiça.

O sepultamento de Jesus mostra a participação de José de Arimatéia e Nicodemos, membros do Sinédrio. Aparentemente, sem que ninguém soubesse, eles tinham se tornado discípulos de Jesus. A atuação deles se encontra registrada em João 19:38-42. Graças a Nicodemos e José de Arimatéia, o corpo de Jesus não foi atirado em uma vala comum, destinada a criminosos, mas teve um sepultamento de honra. Ele foi depositado em um sepulcro novo, no qual ninguém havia sido posto, perto do lugar da execução e facilmente identificável.


Bibliografia:

Bíblia de Estudo Plenitude, João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada, 2005, Sociedade Bíblica do Brasil; Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, 1990, The Christian Science Publishing Society, Boston, MA, EUA; Novo Comentário Bíblico Contemporãneo - João, J. Ramsey Michael, 1994, Editora Vida, Florida, EUA; João, Introdução e Comentário, F.F. Bruce; Meditações no Evangelho de João, J. C. Ryle. Novo Dicionário da Bíblia, vol. II, Editor organizador J.D. Douglas, M.A., B.D., S.T.M., PhD, 4a edição em português, 1981.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / setembro de 2008

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.