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"Não tenhais nenhuma outra confiança"

Da edição de setembro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Pense em como seria o mundo sem a confiança. Desde o momento em que acordamos pela manhã, até a hora em que vamos dormir à noite, confiamos em que o sol nasce, que nossos amigos e familiares nos amam, além de outras coisas mais.

Semelhantemente, no cenário global, os tratados, os pactos de defesa mútua e assim por diante, não existiriam sem a confiança. Quando, no ano passado, os mercados financeiros se tornaram instáveis, banqueiros internacionais e representantes dos governos de várias nações se uniram para estabilizar a economia mundial. Eles confiaram muito ao arriscar bilhões de dólares nesse propósito de proporções grandiosas, pois sabiam que a saúde financeira de todos os países poderia estar em perigo. Freqüentemente, esse tipo de confiança se baseia no conhecimento que se tem das outras pessoas envolvidas. Contudo, isso mantém a segurança apoiada em um raciocínio nesta linha: "Eu te conheço, portanto, tudo bem". Para colocar a nossa confiança sobre um fundamento que transcenda relações pessoais, temos de elevá-la até Deus, que é a Verdade divina. Mary Baker Eddy descreveu este tipo de confiança, quando se dirigiu aos membros da Igreja em 1903: "Confiai na Verdade", disse ela, "e não tenhais nenhuma outra confiança" (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 171).

Essas palavras ecoam nos dias de hoje, quando nem sempre é fácil descobrir o que é realmente verdadeiro nos acontecimentos humanos. Boatos são algumas vezes lançados como fatos; informações equivocadas também podem se espalhar por toda parte. Nessas circunstâncias, volver-se à Verdade divina em busca de discernimento e compreensão, não é apenas a melhor defesa, mas a única defesa.

Defesa contra o quê?

Para começar, contra o medo. Seu efeito mesmérico segue na esteira das más notícias, que atualmente se propagam como relâmpago por meio de mensagens instantâneas, e de outras tecnologias. É preciso estar alerta e em guarda contra esse sentimento. A oração vigilante não só reforça a nossa própria segurança, mas também protege e orienta as nações. Uma certeza cada vez maior, do cuidado infinito e abrangente de Deus, inevitavelmente diminui o medo na consciência humana individual e coletiva.

Cobiça e egoísmo. Quando os mercados financeiros se superaquecem, o motivo é freqüentemente um desejo de se obter um "grande lucro" no mercado. Esses elementos do pensamento acorrentam a humanidade ao mesmo raciocínio dissonante que induziu Caim a matar seu irmão Abel: a competição em ser materialmente superior, a fim de progredir. Contudo, o verdadeiro progresso assenta na expressão, por parte da humanidade, de qualidades espirituais, tais como: honestidade, integridade, inteligência e amor. Conforme Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: "O egoísmo faz pender o fiel da balança da existência humana para o lado do erro, não para o lado da Verdade" (p. 205).

Desânimo e desespero poderiam levar o pensador espiritual a acreditar que o progresso seja impossível e também o convencem a crer que a guerra seja inevitável, que a paz definitiva seja impossível, que as fontes de energia não sejam renováveis e que a estabilidade do mundo seja um sonho. Seus argumentos podem parecer persuasivos, mas não são verdadeiros. Referindo-se ás "cadeias e tribulações", que o ameaçavam em sua época, da mesma maneira que fazem agora conosco, o apóstolo Paulo pregou: "Porém nenhuma dessas coisas me desanima..." (Atos 20:24, tradução literal do inglês da versão King James da Bíblia).

A razão pela qual podemos nos unir a Paulo nessa perspectiva confiante não é que seja possível ignorar as necessidades e condições do mundo. Ao contrário, é porque a mensagem de Deus para a humanidade, o eterno Cristo, está presente e traz paz e estabilidade. É a presença irrevogável de confiança para todos nós, não importa qual seja nossa crença religiosa. Deus, como a Verdade onipotente, resplandece nas trevas e elimina a névoa que tenta enganar.

A frase "Confiai na Verdade, e não tenhais nenhuma outra confiança" significa compreender que o governo das nações, como também da nossa própria vida, está nas mãos de Deus. Isso não elimina nossa obrigação de ser bons cidadãos. Pelo contrário, nos eleva ainda mais. Orar regularmente para que a palavra de Deus "...enriqueça as afeições de toda a humanidade, e as governe!" (Manual de A Igreja Mãe, p. 41) é fazer valer a força espiritual poderosa do Consolador prometido por Jesus.

Esse Consolador pode tocar os corações nas partes mais remotas da terra e sua presença também pode se fazer sentir nas ruas mais movimentadas das grandes cidades. O Consolador nos fala da provisão de Deus para cada uma de Suas idéias e da paz que elimina toda luta, medo, desespero e dor. Ele tira de nós o fardo das más notícias e nos capacita a superar eventos dolorosos com força espiritual e resiliência, que são naturais a cada um dos filhos e filhas de Deus.

Confiar na Verdade significa enfrentar os desafios do mundo, como também os nossos próprios, de forma realista, confiante no conhecimento de que a onipotência da Verdade pode resistir às crenças equivocadas do materialismo, da cobiça, da tristeza, do desespero, e alcançar a vitória. Confiar na Verdade é permanecer com o Consolador. Ele trará a cura a um mundo ferido.

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