Durante a década de 60, como muitos de meus colegas, decidi experimentar drogas, inclusive álcool e nicotina. O que no início parecia uma aventura excitante, transformou-se em uma terrível dependência de muitas dessas drogas.
Quando estava com dezenove anos, drogava-me todos os dias, principalmente com substâncias estimulantes (metanfetaminas), cocaína, maconha, além de já ter experimentado outras drogas. Além disso, fumava muitos cigarros. Quando não conseguia adquirir outras drogas, eu as substituía por uísque ou cerveja. Ficar embriagado era uma forma de rebelião contra a ordem ideológica econômica, social e política estabelecida em meu país e tudo o que isso representava na época.
Com apenas vinte e três anos, já havia perdido um bom emprego, tinha dois casamentos fracassados, estava separado dos meus dois filhos pequenos, e começava a me sentir muito culpado pelos erros que havia cometido. As consequências das péssimas escolhas que fizera me cercavam por todos os lados. Tinha responsabilidades pessoais e financeiras que não conseguia cumprir e achava que seria só uma questão de tempo antes que minha vida se transformasse em uma tragédia.
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