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REFLEXÃO

Curado do vício das drogas

Da edição de fevereiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Durante a década de 60, como muitos de meus colegas, decidi experimentar drogas, inclusive álcool e nicotina. O que no início parecia uma aventura excitante, transformou-se em uma terrível dependência de muitas dessas drogas.

Quando estava com dezenove anos, drogava-me todos os dias, principalmente com substâncias estimulantes (metanfetaminas), cocaína, maconha, além de já ter experimentado outras drogas. Além disso, fumava muitos cigarros. Quando não conseguia adquirir outras drogas, eu as substituía por uísque ou cerveja. Ficar embriagado era uma forma de rebelião contra a ordem ideológica econômica, social e política estabelecida em meu país e tudo o que isso representava na época.

Com apenas vinte e três anos, já havia perdido um bom emprego, tinha dois casamentos fracassados, estava separado dos meus dois filhos pequenos, e começava a me sentir muito culpado pelos erros que havia cometido. As consequências das péssimas escolhas que fizera me cercavam por todos os lados. Tinha responsabilidades pessoais e financeiras que não conseguia cumprir e achava que seria só uma questão de tempo antes que minha vida se transformasse em uma tragédia.

Pela primeira vez, em anos, senti que havia esperança

No ápice do desespero, arrumei um emprego como operador de máquina em uma fábrica. Durante o primeiro ano naquele trabalho, ocasionalmente conversava com o propriestário da fábrica, quando ele visitava aquele setor. Havia algo diferente nele, pois parecia que tinha uma paz interior que nunca havia percebido antes em uma pessoa.

Certa vez, perguntei-lhe de onde vinham suas ideias e, no dia seguinte, ele me presenteou com um Ciência e Saúde. Levei-o para casa e comecei a leitura. Desde o início, descobri que as ideias contidas no livro me confortavam e me despertavam. O primeiro capítulo. “A Oração”, mostrou-me que eu poderia reverter o rumo da minha vida e me volver a Deus em busca de cura.

Logo após nossa aproximação, contei-lhe que tinha o péssimo hábito de me drogar. Nunca me esquecerei de sua resposta: “Você não deve nunca se condenar”. Ouvir isso, depois que já havia me condenado tantas vezes a um final infeliz, foi tão inspirador que, pela primeira vez em anos, senti que havia esperança. A informação de que Deus me amava, que eu era Seu filho e poderia ser perdoado por todos os erros que cometera, colocou-me no caminho certo.

Comecei a sentir a presença de Deus em todos os aspectos da minha vida

Comecei a estudar diariamente a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Meu empenho em fazer isso mostrou ser o fundamento para a virada em minha vida. A cada semana, alcançava uma compreensão maior a respeito da bondade de Deus e da perfeição de Sua criação. Os pensamentos egocêntricos, que haviam me levado a um comportamento autodestrutivo, deram lugar a um maior apreço pelos outros e a um interesse sincero pelo bem-estar deles.

Essa mudança de pensamento começou a se manifestar em minha vida. O desejo de me drogar começou a deixar de ser atrativo, e passei a sentir a presença de Deus em todos os aspectos. Uma perspectiva que incluía felicidade e sucesso passou a substituir pensamentos de escuridão mental e de condenação que haviam dominado minha mente.

Alguns meses depois, pedi a um Praticista da Ciência Cristã que orasse por mim, em apoio às minhas próprias orações. Essa ajuda resultou em progresso constante e consegui parar de consumir as drogas mais pesadas. Contudo, ainda fumava maconha e cigarros. Lembro-me de uma vez ter ligado para o praticista e expressado minha grande frustração por não conseguir vencer esses vícios. Como de costume, ele me ouviu com atenção, mas sua resposta foi breve, uma simples declaração de Ciência e Saúde: “O poder da Ciência Cristã e do Amor divino é onipotente. É, com efeito, adequado para obrigar a doença, o pecado e a morte a soltarem sua presa, e adequado para destruí-los” (p. 412).

Encontrei a paz interior, a felicidade e a proximidade de Deus que cada coração verdadeiramente deseja

No início, parecia-me estranho que o praticista encerrasse a conversa dessa forma, mas, com o passar do tempo, compreendi que essa declaração de Ciência e Saúde era uma lei de Deus, não meramente um conceito teológico. O poder do Amor divino, que compreendera por meio da Ciência Cristã, estava, de fato, me libertando da influência do vício. À medida que eu estudava e me esforçava para expressar esse Amor e todas as qualidades de Deus em minhas interações diárias, minha vida se transformou.

Nos dois anos seguintes, libertei-me completamente do vício do tabaco e da maconha. Durante os vários anos de estudo e de progresso que se seguiram, compreendi que existem outros tipos de influências (como criticar os outros, por exemplo) que podem me impedir de ver a bondade de Deus expressa em minha vida. Contudo, essas influências mais sutis também podem ser desprendidas do nosso pensamento e destruídas.

Devo mencionar que meus filhos cresceram sem utilizar qualquer tipo de drogas e formaram na faculdade. Hoje, ambos são casados e têm suas próprias famílias. Eu acabei me casando com uma mulher que tinha um filho pequeno e que não havia tido contato com o pai. Isso me proporcionou uma nova oportunidade de ser um bom pai e marido, pelo que sou muito grato. O importante também é que encontrei a paz interior, a felicidade, e a proximidade de Deus que cada coração verdadeiramente deseja.

Na Bíblia, o livro de Joel diz: “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador...” (Joel 2:25). Isso foi sem dúvida real para mim. Minha própria experiência me ensinou que a vida de qualquer pessoa pode ser transformada e restaurada, não importa quão terríveis sejam as atuais circunstâncias, ou quão grandes sejam os erros cometidos.

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