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Matéria de capa

Um novo ano letivo com Deus

Da edição de fevereiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Em várias partes do mundo, alunos desde o ensino fundamental até o nível universitário estão voltando à escola. Existe uma atmosfera de excitação e uma expectativa inerente de novos horizontes para realizações positivas. Contudo, as expectativas de alguns alunos talvez sejam um misto de medo e dúvida. Os pais e alguns professores também podem se sentir da mesma maneira. Falo por experiência própria, nas três categorias.

Os corações batem um pouco mais rápido no primeiro dia de aula, mas isso não é necessariamente uma coisa ruim. Precisamos apenas saber que podemos fazer melhor do que misturar nossas boas expectativas para o ano letivo, com medo ao fracasso, à ansiedade sobre novos relacionamentos, e às preocupações com os recursos e a segurança.

A solução para abandonar a parte negativa e maximizar o potencial para o bem é dar um passo para atrás para ver onde Deus está. Bem, onde estava Deus, a Verdade divina de todas as coisas, durante as férias de verão? Onde estava o amor de Deus ou Sua inteligência? Nenhum de nós pode passar por qualquer período sem a sabedoria e o bom juízo que Deus outorga. Quando se pensa sobre isso, desde que saímos da escola, nós todos continuamos a utilizar nossa capacidade de saber a diferença entre o que é verdadeiro e o que não é. Foi preciso exercitar a criatividade, a bondade e a alegria. Todas essas qualidades são atributos de Deus que pertencem a cada um de nós por reflexo, e são contínuos e progressivos. Eles nos impelem a seguir em frente, a nos sentir mais fortes, à medida que os usamos. Portanto, a partir dessa perspectiva, na verdade não se trata de “voltar à escola”, mas de progredir para a escola.

Lembro-me de ter aprendido algo sobre isso quando precisei mudar de escola na sexta série. Realmente não desejava fazer isso, mas meus pais achavam que eu teria uma oportunidade de frequentar uma escola melhor. Conversei sobre a mudança com minha mãe, que me ajudou a orar a respeito. Ela me fez lembrar de algo que já havia aprendido, que “...o progresso é a lei de Deus...” (Ciência e Saúde, p. 233), portanto, tudo o que precisaria para progredir estaria lá. Continuei pensando sobre as histórias da Bíblia que estudara na Escola Dominical da Ciência Cristã, como a vitória de Davi sobre Golias e a de Daniel na cova dos leões. Esses exemplos me encorajaram a seguir em frente, confiando em que Deus estava suprindo o bem de que necessitava para fazer novos amigos e os ajustes acadêmicos necessários.

Eu precisaria alcançar o mesmo nível dos meus colegas em matemática, o que significava assistir às aulas dessa matéria da quinta e da sexta séries, ao mesmo tempo. No início, isso era embaraçoso para mim, e não sabia se conseguiria fazê-lo. Minha mãe enfatizou que a lei de progresso de Deus “...exige de nós apenas aquilo que com certeza podemos cumprir” (Ibidem, p. 233). À medida que aceitava essa ideia, comecei a ter algum sucesso em matemática, adquiri confiança e logo me sentia como Davi correndo para enfrentar meu próprio Golias com a expectativa de vencer.

Próximo ao final daquele ano, fizemos testes de aptidão e minha nota em matemática foi uma das mais altas da escola. Quem diria, não? Aptidão significa “prontidão em aprender” e “rapidez de compreensão”. Rememorando esse fato, estou convencido de que minha aptidão estava diretamente conectada à minha atitude, cada vez mais determinada a confiar em que Deus estava comigo e cheio de poder, exatamente onde eu necessitava. Atitude é uma postura ou posição mental. Portanto, a disposição, a confiança e a alegria recém-descobertas me posicionaram a ter um vislumbre do fato de que eu refletia a inteligência ilimitada da Mente divina.

Se tivesse de enfrentar todas as coisas novas e o trabalho extra, sozinho, talvez tivesse ficado arrasado. Entretanto, sabia que não estava só. Na verdade, nenhum de nós jamais está só. Todos refletimos a única Mente infinita. O Apóstolo Paulo diz: “...desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:12,13). Deus, “Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, a tudo ama” (Ciência e Saúde, p.587), trabalha conosco e por meio de nós, para trazer à luz um propósito sagrado e bom. Cada filho de Deus está dotado com Seu potencial de realização e sucesso.

Outra forma de avançar e não retroceder envolve o abandono de aspectos negativos do passado. Não existe nenhuma necessidade de carregar quaisquer temores, ressentimentos ou rótulos do ano passado para um novo ano letivo. Isso seria um fardo maior que encher sua mochila com os livros e cadernos do ano passado e carregá-los junto com os deste ano. O Amor divino identifica você com o bem e com o bom propósito de Deus e o supre com ideias inovadoras, novas perspectivas sobre suas oportunidades e autoestima dadas por Deus. “Cada ano que passa desenvolve sabedoria, beleza e santidade” (Ciência e Saúde, p. 246). Continuamos a nos desenvolver e temos todos os recursos necessários para fazê-lo.

Como pai, descobri que é importante estar disposto a consentir no grande fato de que cada criança tem tudo o de que necessita para “se desenvolver”. É de grande ajuda lembrar quem são meu filho e minha filha, ou seja, eles são os próprios filhos de Deus, cuja herança do bem é ilimitada e incontestável. Deus deu a cada filho não apenas algumas, mas todas as qualidades de Sua natureza para expressar. Ciência e Saúde coloca-o desta maneira: “Deus expressa no homem a ideia infinita que se desenvolve eternamente, que se amplia e, partindo de uma base ilimitada, elevase se cada vez mais” (p. 258).

Esse não é apenas um pensamento agradável, é uma visão exata sobre o que está acontecendo, desdobrando-se em cada pessoa, em cada aluno. Uma vez que nos desenvolvemos “partindo de uma base ilimitada”, não existe nenhum limite que impeça esse bem de se realizar. O trabalho mais importante dos pais é manter no pensamento, na comunicação e na ação o potencial ilimitado do bem em um filho, compreendendo que ele é o próprio filho de Deus, inseparável da fonte infinita.

Sem dúvida era isso que meus pais se esforçavam para fazer em suas orações por mim quando fui para a universidade. Tive um começo difícil e quase desisti. Estivera doente durante todo o verão. Antes de me apresentar ao treinador de futebol, havia perdido quase 14 quilos e fui para a temporada de futebol frustrado e desanimado. Isso, somado aos desafios usuais da transição do ensino médio para a faculdade, fizeram-me desejar poder repetir o ano.

Nos feriados de Natal, disse que desejava pedir transferência. Meus pais me incitaram a orar sobre o assunto. Pensava já estar orando, essencialmente desejando um resultado melhor. Contudo, havia aprendido que a oração eficaz envolvia a disposição de ver da maneira como Deus vê, ao invés de tentar convencer a Deus a aceitar o meu plano. À medida que reconhecia os motivos carinhosos dos meus pais e adquiria uma disposição de confiar em que Deus estava orquestrando minha vida, percebi que desejava voltar à faculdade em janeiro e tentar novamente. Ainda tinha problemas para resolver por toda parte que olhasse, ou seja, nas aulas, nos relacionamentos e nos esportes, além de não ter recuperado o peso.

Uma descoberta importante veio quando alguém, com quem tivera vários conflitos, entrou em meu quarto para me dizer algo. Estivera orando naquele dia e minha oração me fez pensar como eu poderia ser bom e fazer o bem, ao invés do que achava que os outros deveriam fazer. Então, achei-me contando a esse amigo sobre as boas qualidades que desejava expressar e meu desejo de ser um irmão para os outros nesse processo. No início, ele pareceu tão surpreso quanto eu por ver a conversa tomar esse rumo. Mas então ele respondeu da mesma maneira e senti que toda a angústia sobre minha experiência na faculdade começava a desaparecer.

O trabalho mais importante dos pais é manter no pensamento, na comunicação e na ação o potencial ilimitado do bem em um filho, compreendendo que ele é o próprio filho de Deus, inseparável da fonte infinita.

Fiquei feliz por confiar no amor ativo de Deus por mim e por esse amor preencher tudo o que ainda não conseguia ver por mim mesmo, a respeito do meu futuro imediato. As semanas seguintes foram cheias de vislumbres de promessa e progresso. Fiz amizades no dormitório, algo que não havia conseguido antes. Frequentei as aulas da minha matéria principal no trimestre da primavera e consegui as primeiras notas decentes. Recuperei todo o peso que havia perdido no verão anterior. Estava livre para seguir em frente com minha carreira na faculdade.

As mudanças resultaram da mudança em minha perspectiva mental. Parei de assumir que fatores determinantes ou estavam além do meu controle ou eram uma questão de minha própria vontade e capacidade mental. Ceder à vontade de Deus por meio da oração me capacitou a encontrar a mim mesmo em meio às oportunidades, ao invés de em meio a uma circunstância infeliz.

Existe um potencial do bem para todos, ao começar um novo ano letivo. O amor e a inteligência divinos já estão ativos em cada situação na qual nos encontramos. O papel de cada um já está estabelecido no bem divino contínuo. Quando Jesus disse: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lucas 12:32), ele queria dizer que o reino já está exatamente aqui, agora mesmo. Esse reino é onde você está. O Cristo, que pode ser considerado como a mensagem contínua de Deus da nossa união com todo o bem, revela que os recursos de Deus estão exatamente à mão. É o Cristo que revela o plano do Pai de educare, o verbo latino que está na raiz da palavra educação, e significa “ajudar alguém a seguir em frente, a se expressar”. O plano de Deus é guiar cada um para fora da limitação rumo ao ilimitado e ao progresso, preparado para fazer o bem e ser bom, como uma expressão individual do Princípio divino de todo o bem.

Ceder à vontade de Deus por meio da oração me capacitou a encontrar a mim mesmo em meio às oportunidades, ao invés de em meio a uma circunstância infeliz.

Nossa parte é seguir em frente na expectativa de aprender mais sobre a Ciência divina e a arte cristã do nosso ser. É uma jornada que não pode ser perdida, conforme Ciência e Saúde revela: “A mente humana, imbuida dessa compreensão espiritual, torna-se mais elástica, é capaz de maior resistência, desprende-se um tanto de si mesma e requer menos repouso. Um conhecimento da Ciência do ser desenvolve as faculdades e possibilidades latentes do homem. Estende a atmosfera do pensamento, dando aos mortais acesso a regiões mais amplas e mais elevadas. Eleva o pensador a seu ambiente nativo de discernimento e perspicácia” (p. 128).

A essa altura, seja o que for que nos reserva o ano letivo, podemos começá-lo, conscientes de que estamos qualificados para o tipo de escolaridade do Amor divino, a saber, os recursos ilimitados que estão sempre disponíveis para completar qualquer bom propósito.

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