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ESPORTES

Lições aprendidas com o surfe

Da edição de fevereiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma observação comum em relação aos esportes, especialmente por parte dos treinadores, é como as pessoas podem aprender muitas lições de vida, por meio da prática do atletismo.

No meu caso, surfar na crista das grandes ondas realmente me ensinou como me tornar um sanador melhor. Duas simples percepções espirituais foram importantes:

• Vencer o medo–não ficar impressionado pelas aparências ao enfrentar desafios.

• Ser humilde, tirar o eu do caminho e colocar tudo nas mãos de Deus.

O medo pode parecer um grande obstáculo quando se está remando com as mãos, deitado sobre a prancha de surfe, rumo ao oceano. Existe um ditado que diz: “Não existem ateus em uma trincheira”. Bem, eu também duvido que existam muitos ateus enfrentando ondas de seis metros de altura! No surfe, tudo é gigantesco, tanto em termos visuais como de força. Entretanto, exatamente como a abordagem em um caso de cura na Ciência Cristã, você não pode permitir ser dominado ou intimidado pelo tamanho das ondas. Se você deixar que o medo, a ansiedade e a impossibilidade invadam seu pensamento, achando que tudo depende de você e não de Deus, você afunda.

Uma vez, quando estava surfando perto de São Francisco, as ondas eram enormes e havia uma contracorrente forte fluindo em paralelo à praia. Tinha de remar com as mãos por quase meio-quilômentro. Quando estava acabando de deslizar na crista de uma onda, ela literalmente me engoliu. O que se seguiu foi uma forte pancada e então fui arremessado ao fundo através do “redemoinho das ondas”. Acabei preso a um banco de areia, lutando de todas as maneiras possíveis para me livrar, mas foi em vão. Mais umas quatro ou cinco ondas passaram sobre mim. Logo, fiquei sem fôlego e prestes a desmaiar. Naquele momento, abandonei qualquer senso de controle pessoal e clamei mentalmente a Deus: “Está tudo nas Suas mãos, aja rápido”! Fui imediatamente libertado do banco de areia, subi até a superfície da água, aspirando cada sopro de ar com gratidão.

Desde aquela experiência, enfrento desafios em terra firme, pelos quais tenho orado, tomado as possíveis medidas metafísicas e físicas, mas sem resultados rápidos. Então, com muita humildade, digo: “Tudo bem, Pai, estou exausto. Esse caso é Seu... Sei que Você pode curar isso”. Sempre que oro dessa forma, os problemas são rapidamente resolvidos.

Em outra ocasião, corri para a praia logo após o trabalho e me deparei com uma boa abertura ou corrente rápida, que me levou para o fundo enquanto faltavam apenas uns 15 minutos para o sol se pôr. Quando alcancei os picos das ondas, um surfista solitário estava remando com as mãos em direção à praia sacudindo a cabeça. Ele me disse que estivera tentando chegar à praia por mais de uma hora. Momentos mais tarde, uma onda passou levando-o com ela, portanto, imaginei que podia seguir em frente, acreditando que assim seria comigo também.

Se você deixar que o medo, a ansiedade e a impossibilidade invadam seu pensamento, achando que tudo depende de você em vez de Deus, você afunda.

De repente, achei-me sozinho com um espesso nevoeiro e pouca visibilidade. Desci de uma onda e “furei–a” (desprendendo–me da prancha) e mergulhando por baixo dela. Quando voltei à tona, percebi que sequer sabia em que direção ficava a praia. (Em condições normais, quando o sol se põe, pode-se ver as luzes na praia). Tinha uma única opção, volver-me a Deus em busca de orientação. O primeiro passo foi parar de me criticar por ter me colocado em uma situação de perigo. Pensamentos cheios de temor sobre a possibilidade de passar a noite à deriva em mar aberto continuavam a vir à minha mente. Entretanto, parei e orei.

Logo que meus pensamentos se tornaram tão calmos quanto os entornos, consegui perguntar: “pai, em qual direção devo nadar”? Então, fiquei atento. A resposta que me veio à mente foi que nadasse em direção à minha esquerda. Quinze minutos depois, fui abraçado por uma onda que me carregou e me empurrou para a praia.

O que realmente aprendi com aquela viagem à praia ao entardecer? Tenho certeza de que não sou o único que seguiu em frente com entusiasmo, ansioso por fazer algo, que tenha ignorado os sinais de alerta e, logo em seguida, aterrissado em um terreno acidentado. Uma coisa boa é que mesmo esses momentos extremos podem ser oportunidades de se provar a presença do amor divino!

As ondas boas para o surfe são frutos de grandes tempestades e surfar sobre elas com domínio é uma sensação incrível, é como ser uma testemunha da presença ativa de Deus em meio a um “bravo mar” (ver Hinário da Ciência Cristã, 253), é a suprema vibração para mim. Isso talvez exija tenacidade ao remar com as mãos rumo ao oceano, sobre a prancha. Contudo, uma vez que a névoa do medo se dissipa, fica mais fácil surfar no fluxo natural do bem.

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