Durante meu primeiro ano na faculdade, precisei fazer duas apresentações em uma semana estressante e sobrecarregada. Essas apresentações teriam um enorme impacto em minhas notas finais naquele semestre. Preocupava-me porque gostaria também de ter tempo para ficar com minha mãe, que havia planejado vir do Japão para me visitar.
No dia das duas apresentações, acordei muito atordoada e mal podia enxergar. Achava que não conseguiria ir para a aula, mas tinha as duas apresentações a fazer. Enquanto estava pensando se iria ou não à aula, ouvi, claramente, uma voz suave e amorosa dizendo: "levanta e vai...", portanto, assim fiz e obedeci. Não me lembro como foi que atravessei todo o campus até o local da minha primeira aula, mas consegui fazê-lo. Quando cheguei à sala de aula, sentia meu corpo inteiro desfalecendo e tive de me sentar imediatamente para descansar. Nesse momento fiquei muito frustrada. Os sintomas que tive naquela manhã eram iguais àqueles que costumava ter quando criança. Comecei a chorar e meu professor, ao perceber, aproximou-se e sugeriu que eu fosse para casa, permitindo que eu fizesse minha apresentação em outra data. Isso me deixou ainda mais desapontada, porque senti que não havia sido curada e fiquei temerosa de que as coisas pudessem piorar.
No caminho de volta para o dormitório, novamente não conseguia enxergar muito bem e entrei em pânico porque achei que poderia ficar cega. A orientadora residente do alojamento estava dormindo e eu não poderia recorrer a ela; minha melhor amiga estava em aula e meus pais estavam indisponíveis. Senti-me muito só.
Fechei meus olhos e pedi a Deus que me ajudasse a vencer esse desafio. Naquele exato momento, uma garota que morava no meu alojamento apareceu atrás de mim e perguntou se eu estava bem. Disse-lhe que estava com alguns problemas, comecei a chorar de novo, e pedi-lhe que lesse algo inspirador para mim. Fomos até o meu quarto, deitei-me, e ela leu um artigo chamado: "A Lei Divina de Ajustamento", de Adam Dickey. Ás vezes, perdia e recuperava a consciência, enquanto ela lia para mim e não me lembro exatamente das ideias metafísicas do artigo, mas posso dizer que senti uma grande sensação de conforto. Quando ela terminou de ler, recomecei a orar para mim mesma.
Continuei a afirmar que, como filha amada de Deus, sou herdeira da paz, da alegria e do poder, e que esse é meu direito concedido por Ele.
O hino A Oração Vespertina da Mãe, de Mary Baker Eddy, vinha ao meu pensamento, especialmente o verso: "Gentil presença, gozo, paz, poder" (Hinário da Ciência Cristã, 207). Continuei a afirmar que, como filha amada de Deus, sou herdeira da paz, da alegria e do poder, e que esse é meu direito concedido por Ele. Era meu direito ficar livre daquele desconforto. Minha saúde não poderia retroceder, porque Deus cria Suas próprias ideias para vivenciar somente a felicidade e promover o progresso. Também mantive na mente essa ideia de que Deus me crious perfeita e à Sua imagem e semelhança. Eu não poderia refletir nada, exceto a perfeição que Deus planejara para todos os Seus filhos.
Assim que me senti em paz, levantei-me e percebi que minha visão estava mais nítida. Decidi correr para minha próxima aula e fazer minha segunda apresentação, que foi muito boa e me senti muito feliz e revigorada pelo progresso que havia conseguido. Fui então almoçar no refeitório, onde aguardei minha mãe, que já havia chegado e iria me ver em breve.
Quando ela chegou, eu já estava completamente curada. Foi uma grande cura para mim! Com essa experiência, senti-me mais próxima de Deus, pois me tornei mais consciente da minha verdadeira identidade e do meu relacionamento com nosso Pai-Māe Deus. Considero toda aquela provação uma bênção. Desde aquela época, não vivenciei nada semelhante e sinto em meu coração que estou curada. É muito bom saber que eu reflito a Deus e nunca retrocederei, mas sempre progredirei em minha compreensão a respeito de Deus, da saúde e da vida em geral.
