Durante meu primeiro ano na faculdade, precisei fazer duas apresentações em uma semana estressante e sobrecarregada. Essas apresentações teriam um enorme impacto em minhas notas finais naquele semestre. Preocupava-me porque gostaria também de ter tempo para ficar com minha mãe, que havia planejado vir do Japão para me visitar.
No dia das duas apresentações, acordei muito atordoada e mal podia enxergar. Achava que não conseguiria ir para a aula, mas tinha as duas apresentações a fazer. Enquanto estava pensando se iria ou não à aula, ouvi, claramente, uma voz suave e amorosa dizendo: "levanta e vai...", portanto, assim fiz e obedeci. Não me lembro como foi que atravessei todo o campus até o local da minha primeira aula, mas consegui fazê-lo. Quando cheguei à sala de aula, sentia meu corpo inteiro desfalecendo e tive de me sentar imediatamente para descansar. Nesse momento fiquei muito frustrada. Os sintomas que tive naquela manhã eram iguais àqueles que costumava ter quando criança. Comecei a chorar e meu professor, ao perceber, aproximou-se e sugeriu que eu fosse para casa, permitindo que eu fizesse minha apresentação em outra data. Isso me deixou ainda mais desapontada, porque senti que não havia sido curada e fiquei temerosa de que as coisas pudessem piorar.
No caminho de volta para o dormitório, novamente não conseguia enxergar muito bem e entrei em pânico porque achei que poderia ficar cega. A orientadora residente do alojamento estava dormindo e eu não poderia recorrer a ela; minha melhor amiga estava em aula e meus pais estavam indisponíveis. Senti-me muito só.
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