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Cura de intoxicação alimentar

Da edição de abril de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


Em abril do ano passado, dei aulas de inglês em Puerto Quijarro, uma pequena cidade tropical na fronteira entre a Bolívia e o Brasil. Certa noite, após ministrar aulas às classes do ensino médio, dirigi-me para o meu dormitório no alojamento, sentindo-me exausto.

A combinação do calor intenso com o terrível mal-estar, devido ao que parecia ser uma intoxicação alimentar, dominou-me completamente. Como me sentia muito cansado, decide ir para cama e cuidar daquela indisposição por meio de oração na manhã seguinte.

Após um breve descanso, acordei de madrugada me sentindo pior. Praticamente imobilizado, lembrei-me de que meu irmão e eu havíamos gravado em meu iPod alguns programas de rádio de The Christian Science Sentinel. Ouvir esses relatos de curas que mostravam como as pessoas foram ajudadas pela oração era exatamente o que eu precisava. Enquanto ouvia depoimento após depoimento, concentrava toda a energia que me restava para aprender a verdade sanadora que cada testemunhante apresentava. Quanto mais minha consciência se concentrava em ouvir a mensagem sanadora de cada relato, a tentação de ver a mim mesmo como um mortal envenenado começava a desaparecer.

Mesmo estando sozinho em local que, para alguns, podia parecer um canto remoto do mundo, ouvir as encorajadoras palavras de cura dos entrevistados me fez sentir como se estivesse cercado por um pelotão de companheiros que demonstravam exatamente o mesmo poder sanador que eu ansiava sentir.

Uma ou duas horas mais tarde, senti-me capaz de me mover. Peguei a Lição Bíblica, que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, e saí para caminhar e aspirar o ar quente e úmido da manhã. Enquanto lia toda a lição da semana, fui encorajado por esta declaração: "...sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Coríntios 15:58). Pensei na energia e no entusiasmo que eu tentava trazer para minhas aulas todos os dias e em como: "...Deus ama a quem dá com alegria" (2 Coríntios 9:7). Se Deus ama a quem contribui, a quem dá com alegria, Ele nunca tiraria esse contribuinte de seu trabalho correto, nem tiraria a alegria de um contribuinte, isso não faria sentido!

Então, este pensamento me veio à mente: "Como poderia um Deus todo-bom, que criou e sustenta Sua criação, punir seu filho amado? Ele não podia e não havia feito isso". Por passar meus dias expressando para as crianças e adolescentes de Puerto Quijarro, na Bolívia, as qualidades de amor, altruísmo e alegria provenientes de Deus, eu não poderia ser punido. Deus não é um treinador que coloca Seus filhos na lista de contundidos, ou que os afasta do time de tempos em tempos. Nenhum pai pensaria em fazer tal coisa, e Deus é o Genitor supremo, amoroso e solidário.

Enquanto ouvia depoimento após depoimento, concentrava toda a energia que me restava para aprender a verdade sanadora que cada testemunhante apresentava.

Apesar da dor que sentia, percebi que precisava mentalmente focar melhor na Verdade. Tinha de me sintonizar em um único canal, que recebesse a transmissão da mensagem sanadora de Deus. À medida que fazia isso, comecei a perceber a Deus como uma constante. Isso significava que Deus, que é sempre bom, nunca dorme, e que Ele está sempre suprindo Seus filhos amados, todos os homens e mulheres, exatamente com o que necessitam, a cada momento. Como Deus nunca deixa um filho desprotegido, eu também não poderia deixar de sentir Sua presença comigo. Sabia, portanto, que o alimento não tinha a capacidade de me separar do fluxo constante do amor de Deus.

Enquanto persistia no meu estudo espiritual, pedi a outro professor que me ajudasse, dando aulas por mim. Assim, poderia continuar meu trabalho de oração sem interferências. À medida que continuava a orar, declarava com todo o meu coração: "Na Ciência não podes ter poder algum oposto a Deus, e os sentidos físicos precisam abandonar seu falso testemunho" (Ciência e Saúde, p. 192). Para mim, essa declaração significava que a ideia de que eu havia sido intoxicado não tinha fundamento, porque Deus não a havia criado, e que a sugestão mental de intoxicação precisava ser declarada como impotente e o seria, porque Deus é o único poder. Eu não podia vivenciar outra coisa senão a mão paternal de Deus me sustentando plenamente no meu trabalho.

Próximo à hora do almoço, já percebia sinais de melhora, pois me concentrava no fato de que Deus fala diretamente ao homem, e assegura a cada um de nós nossa inseparabilidade do Pai-Māe. Após o almoço, sentia-me mais forte e dei todas as aulas das quatro classes da tarde. Quando voltei das aulas, jantei normalmente. Estava completamente curado.

Na manhã seguinte, quando saí para minha caminhada de 15 minutos pela estrada de terra poeirenta rumo à escola, quatro de meus alunos me acompanharam. Cumprimentei-os com um sorriso e dei graças a Deus, reconhecendo que Ele, nosso Pai supremo, sempre nos dà a força de que precisamos para compreender que a matéria não tem nenhum poder.

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