Há cinco anos, comuniquei ao meu empregador minha intenção de me aposentar após uma carreira de 30 anos de trabalho. Pouco depois de tomar essa decisão, comecei a sentir sintomas físicos do que temia fosse um câncer de próstata. Com minha aposentadoria, esperava poder direcionar minha vida de maneira diferente, mas o aparecimento da doença mudou inteiramente minha perspectiva sobre tudo.
Não fui criado como Cientista Cristão. Durante a faculdade, ansiava profundamente por uma compreensão que trouxesse mais sentido à minha vida, do que a educação religiosa que tivera na infància. Esse anseio resultou em uma busca conscienciosa por uma verdade espiritual com a qual me identificasse. Durante esse período, conheci a Ciência Cristã. Comecei a estudar os escritos de Mary Baker Eddy, particularmente Ciência e Saúde. Minha procura me levou à porta da compreensão espiritual, a qual a Ciência Cristã me abriu amplamente.
Nesses 36 anos, desde que conheci a Ciência Cristã, ela se tornou mais do que um estudo espiritual, e tem sido um modo de vida que permeia cada aspecto da minha experiência diária. É minha regra e guia para a tomada de decisões, para interagir em meus relacionamentos e para manter minha saúde. Quando oro, conforme aprendi em meus estudos, resultados positivos são sempre inevitáveis. Vivenciei muitas curas físicas por meio da oração na Ciência Cristã, e não esperava nada menos do que isso ao lidar com esse novo desafio.
Muito embora os sintomas físicos fossem desconfortáveis, o maior desafio que enfrentava era o medo. Havia na minha família um longo histórico de câncer. Os médicos predisseram que isso voltaria a ocorrer nas gerações subsequentes. Meus pais e avós, que não eram Cientistas Cristãos, receberam um diagnóstico médico de câncer e morreram vitimados pela doença. Contudo, meu estudo e prática da Ciência Cristã não corroboravam esse veredicto e eu sabia que precisava declarar firmemente em meu pensamento que a Ciência do Cristo era a verdade e que as predições médicas não poderiam determinar a qualidade da minha vida ou minha longevidade. Parecia também que a maioria dos meus amigos e conhecidos sabia de alguma pessoa que sofria dessa doença.
Em minhas orações, reafirmava o que havia aprendido em meu estudo da Bíbila e de Ciência e Saúde. Deus é Tudo e Deus é bom. Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança: espirituais, não materiais, perfeitos, eternos e puros. Uma vez que essa era a verdade, nada poderia penetrar em minha experiência que pudesse sugerir algo diferente.
Além de afirmar que Deus me criara como Seu filho perfeito, orei para contra-atacar a crença mantida por muitos de que a doença é inevitável e poderosa. Ciência e Saúde orienta: "Em vez de te submeteres cega e tranqüilamente às fases incipientes ou adiantadas da moléstia, rebela-te contra elas" (p. 391). Estava ciente dos riscos em potencial nos quais poderia incorrer se agisse contrariamente àquilo que tinha de se tornar meu padrão, a cada momento de cada dia. Toda vez que me vinha ao pensamento que eu tinha uma doença física, rebelava-me mentalmente contra essa pretensão, atendo-me àquilo que sabia ser verdadeiro sobre mim, e falso sobre o poder da doença.
Minha procura me levou à porta da compreensão espiritual a qual a Ciência Cristã me abriu amplamente.
Sabia que em minhas "rebeldes orações" precisava afirmar que a única herança que temos é a bondade e a perfeição de Deus. Orava para compreender e afirmar que qualquer histórico humano em minha família que tivesse algo a ver com essa doença, não era uma sentença de morte.
Sabia que isso era verdadeiro devido ao que estudara nesta declaração em Ciência e Saúde: "A hereditariedade não é lei". Essa passagem continua: "Não é devido à sua prioridade, nem à conexão dos pensamentos mortais do passado com os do presente, que a causa remota, ou crença remota de moléstia, é perigosa. A causa predisponente e a causa excitante são mentais" (p. 178). Estudei também muitas outras citações sobre esse e outros tópicos específicos na Bíblia e nos escritos de Mary Baker Eddy.
À medida que orava com essas ideias, a doença se tornava cada vez menos perceptível e desapareceu completamente, após alguns meses. Não houve nenhuma recaída nos cinco anos seguintes, desde que os sintomas apareceram pela primeira vez.
Uma lição que aprendi com essa experiência refere-se à importância de não se dar credibilidade a pensamentos que contradizem aquilo que sabemos que é verdadeiro, especialmente a crença em hereditariedade. Estava determinado a nunca entreter pensamentos sobre traços herdados, negativos ou positivos, ou mesmo de fazer comentários inofensivos sobre a aparência ou o comportamento de alguém como provenientes de seus pais ou de qualquer outro parente. Fazer isso é argumentar a favor da hereditariedade humana. A verdade é que cada um de nós possui qualidades únicas, que constituem nossa expressão individual de um Deus maravilhoso, infinito, perfeito e belo.
Sou muito grato à Ciência Cristã por me permitir perceber cada vez mais a bondade de Deus em minha vida.
