Há alguns anos, comecei a sentir meus músculos rígidos e doloridos, o que tornou doloroso levantar objetos pesados, caminhar e subir escadas. Atribuí isso à minha idade e ao meu estilo de vida ativo. Participo de enduros equestres de 80 quilômetros e me preocupei com a possibilidade de não poder continuar a praticar o esporte que amo. A mídia relata muitas histórias e publica anúncios de doenças associadas ao envelhecimento, e estava sendo influenciada a acreditar que, à medida que envelhecia, não poderia continuar a ser tão ativa.
Embora orasse para alcançar a cura do problema, sentia que não estava chegando a lugar nenhum. O que eu não estava percebendo? Liguei para minha Professora de Ciência Cristã pedindo auxílio e ela sugeriu que eu me lembrasse de que sou como uma sinfonia. No início, achei isso muito estranho, visto que nunca fui muito musical, mas anotei a sugestão e a mantive na escrivaninha.
Quanto mais pensava naquela ideia, mais compreendia onde ela queria chegar. Uma sinfonia é composta de muitos instrumentos, todos tocando juntos, em harmonia, para produzir a melodia maravilhosa. Percebi que eu, semelhantemente, era composta de muitas qualidades espirituais, que se manifestam trabalhando ao mesmo tempo, em harmonia e sem dor, a fim de expressar a Vida. Exatemente como um maestro interrompe a orquestra quando ouve um som que não está correto, sempre que eu sentia dor, parava e me recusava a aceitar essa ideia, porque sabia que não provinha de Deus. Tendo em vista que sou criada à Sua imagem, conforme relatado no primeiro capítulo do Gênesis, consequentemente a imagem deve também ser perfeita e indolor, como o original. Substituía cada afirmação de dor pelo seu significado contrário. Por exemplo, a limitação era trocada por liberdade, a rigidez pela descontração, o envelhecimento pelo infinito, e a dor por uma expectativa jubilosa de cura.
Continuei com essa oração, mas, em um determinado momento, a dor estava tão forte que tomei medicamentos que são vendidos sem receita para alívio temporário do desconforto. Como Cientista Cristã de longa data, nunca havia tomado comprimidos antes, e me sentia como se tivesse falhado em minha prática da Ciência Cristã. Mas, quando o vidro de remédios ficou vazio, compreendi que comprar outro não me curaria, apenas aliviaria temporariamente a dor. Eu queria uma cura permanente, e sabia que ela só viria se fosse proveniente da minha total confiança em Deus.
O momento decisivo ocorreu quando fui eleita Primeira Leitora da igreja filial da Ciência Cristã que frequento. Como eu precisaria ficar em pé na frente da congregação a cada semana e ler trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde, com compreensão e convicção, sabia que minha confiança na verdade, ensinada na Ciência Cristã, teria de ser absoluta. Não poderia assumir uma postura dúbia, que misturava medicamentos com Ciência Cristã. A cada semana eu colocava minhas leituras em prática. Considerava o crescimento espiritual como o objetivo final de qualquer cura. Portanto, orava diariamente para me sentir mais próxima de Deus e compreender melhor meu relacionamento com Ele.
No Sermão do Monte, Cristo Jesus nos disse para deixarmos nossa luz brilhar e fazer aos outros o que desejamos que eles nos façam. Essa orientação calou fundo em mim, e senti que ela me traria uma compreensão mais profunda sobre meu propósito na vida. Por conseguinte, parei de me concentrar nos sintomas e me concentrei em ser uma cristã melhor. Ao longo dos meses seguintes, esforcei-me em ser mais gentil, delicada, e menos crítica para com todos. Algumas vezes, conseguia melhor resultado que em outras.
No Sermão do Monte, Cristo Jesus nos disse para deixarmos nossa luz brilhar e fazer aos outros o que desejamos que eles nos façam.
Durante esse período, uma amiga me perguntou sobre a Ciência Cristã, e lhe dei um exemplar de Ciéncia e Saúde. Não tinha a menor ideia de que ela sabia que eu era Cientista Cristã. Isso nos levou a conversas muito profundas, e ela me contou que estava gostando muito da leitura e de aprender mais sobre sua espiritualidade inata. Disse-me que essa Ciência é o que estivera buscando durante toda a sua vida adulta.
Um ano após começar a orar para a cura do problema, percebi que estava me movimentando livremente, sem dor. Não tenho palavras para expressar minha felicidade! Acho que um ponto importante em minhas orações foi quando entreguei o problema a Deus e parei de tentar fazer a matéria se sentir melhor. Entregar o controle da situação a Deus fez a diferença. Estou livre de quaisquer sintomas há mais de um ano e ainda participo de cavalgadas de 80 quilômetros.
Agora sinto que sou realmente uma sinfonia criada por Deus, e sou humildemente grata por todas as curas que obtive mediante o estudo da Ciência Cristã.
 
    
