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Minha primeira árvore de Natal verdadeira

Da edição de dezembro de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos os anos, retirávamos a mesma árvore artificial de Natal do sótão. Não que minha família não quisesse uma árvore verdadeira; acontece que, quando eu era menina, não podíamos ter uma devido à alergias. Eu não podia comer inúmeros alimentos, entre eles, amendoim, peixe, chocolate, tomate e queijo. Também era alérgica a perfume, flores, poeira, penas, gatos e outras coisas mais. Entretanto, árvores de Natal estavam quase no topo da lista!

Durante um outono, meus queridos avós contaram que fariam uma longa viagem ao exterior. Meu avô disse que gostaria de comprar para cada um de nós, seus sete netos, um presente especial de Natal durante essa viagem. Ficamos muito excitados, pensando seriamente no que desejaríamos ganhar. Eu realmente queria um pássaro, um periquito e, embora eu soubesse que não poderia conviver com um por causa das penas, ainda assim deixei claro que era esse era o meu desejo.

Logo eles partiram para sua viagem. Nós praticamente contávamos os dias até o retorno deles. Finalmente voltaram e, logo em seguida, chegou o Natal. Nesse dia, todos nos arrumamos, e fomos para a casa dos meus avós, conforme nossa costumeira e querida tradição de Natal.

Ao chegarmos, conversamos e desfrutamos a maravilhosa atmosfera da alegria de compartilhar o Natal. Finalmente, chegou o momento de abrirmos os presentes. Lembro-me da minha expectativa cheia de suspense enquanto desembrulhava o pacote, tirando o papel, a fita adesiva e tudo o mais. Então, ali mesmo no meio de um monte de folhas de jornais europeus e papelão enrugado estava um lindo e vistoso relógio cuco de madeira. Ali estava o meu pássaro, e ele podia "cantar" também! Sempre que ouvia aquele "cuco", "cuco", lembrava-me do Natal e do maravilhoso, terno e intuitivo coração do meu avô.

Anos mais tarde, descobri a Ciência Cristã e compreendi que o Cristo, ou seja, o espírito da Vida, da Verdade e do Amor (ver Ciência e Saúde, p. 137), havia estado presente naquele lindo Dia de Natal, e sempre estaria presente. Esse mesmo Cristo também estava me curando das várias alergias que enfrentara desde a infância.

Aprendi que Deus nunca criaria e nunca havia criado algo que pudesse prejudicar Sua amada filha

Por meio de minhas orações e estudo e também das conversas com praticistas da Ciência Cristã, aprendi que Deus jamais criou algo que pudesse prejudicar Sua amada filha. Sua criação está repleta somente do que é bom. Comecei a compreender também que sendo Deus nosso Pai-Mãe e Criador, de fato herdamos dEle nosso ser, nossa identidade e substância espirituais. Portanto, supostas alergias hereditárias poderiam ser banidas. O homem é descendente somente do Espírito, apenas de Deus.

Pensei muito sobre esta afirmação de Ciência e Saúde: "Não há morte, não há inação, nem ação excessiva, nem reação" (p. 428). A natureza da totalidade de Deus necessariamente impede interferências externas ou perturbações. Seu reino, que inclui todos os Seus filhos e Suas criaturas, está eternamente intacto, é eternamente imune ao mal.

Aprendi que tinha uma escolha a fazer: poderia reagir de forma excessiva, atormentando-me ao imaginar que a vida estava fora de controle quando espirrava, quando respirava com dificuldade, ou quando outras reações alérgicas tentavam me oprimir. Ou poderia tomar uma posição firme e saber que eu estava "oculta juntamente com Cristo, em Deus" (ver Colossenses 3:3), em Sua consciência pura e que somente a Mente divina e seus anjos estavam me governando e fortalecendo. Eu não precisava esperar ter uma vida errante, caótica, mas podia confiar em uma vida estável e, até mesmo, cheia de surpresas maravilhosas e de novas realizações, provenientes de Deus, diariamente.

Também comecei a ver que não precisava viver aterrorizada, temendo ficar exposta a uma atmosfera alérgica, a irresistíveis alimentos proibidos ou a qualquer outra situação perigosa. Um pedaço de chocolate, uma delicada pena, um lindo e perfumado botão de flor só podiam proclamar o amor e a provisão de Deus aos Seus filhos! De forma gradual, fui adquirindo um senso de domínio e percebi que a matéria, de fato, não tinha nenhum controle sobre mim; ela era não-inteligente e sem vida, enquanto a Mente e o Espírito infinitos são inteiramente bons, plenos de vitalidade e poder. Sabia que, ao alinhar meu pensamento com Deus, com a Mente divina, a harmonia e a paz naturalmente seriam manifestadas em minha experiência.

Foi exatamente isso o que aconteceu. Com o passar do tempo, as temidas alergias "sazonais" diminuíram, à medida que as crenças arraigadas eram curadas. Os sintomas alérgicos desapareceram um por um, à medida que uma nova compreensão espiritual e a oração reinavam vitoriosas! Certa vez, meu filho ganhou de presente de aniversário um gatinho. Ele ficou eufórico e houve um amor imediato entre eles. Compreendi que não poderia pedir a ele que desistisse desse novo amiguinho maravilhoso. Então, tomei como exemplo esta afirmação de Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde: "Todas as criaturas de Deus, que se movem na harmonia da Ciência, são inofensivas, úteis, indestrutíveis" (p. 514). Um gatinho tão lindo simplesmente não poderia prejudicar ninguém. Minha cura de alergia a gatos veio rapidamente.

Descobri que eu era livre para estar onde o Espírito quisesse e ir aonde quer que o Espírito me guiasse. Não estou mais limitada a ter pela casa apenas flores artificiais e agora posso usar perfume. Mas, pelo que sou especialmente grata, é que há alguns anos já posso ter árvores de Natal verdadeiras em casa! A Sra. Eddy escreveu em Ciência e Saúde: "Se seguirmos a ordem de nosso Mestre: 'Não andeis ansiosos pela vossa vida', nunca dependeremos do estado do corpo, de sua estrutura, ou de sua economia, mas seremos senhores do corpo, ditaremos suas condições, e o formaremos e controlaremos pela Verdade" (p. 228).

Reconheço que o Cristo, a voz da Verdade e do Amor, foi a fonte da minha alegria e admiração pelo lindo presente de Natal que recebi do meu querido avô. Sei também que esse Cristo é o que me curou das reações alérgicas e trouxe paz e serenidade à minha vida. O Cristo subjuga toda teoria ou invenção que tem sua base na matéria. Afinal, a Bíblia nos promete: "posso fazer todas as coisas por meio do Cristo que me fortalece" (Filipenses 4:13, conforme a Bíblia inglesa). A hipersensibilidade, a reação excessiva, a hereditariedade material e todas as imposições do mundo podem ser eliminadas e vencidas.

Esta é a razão pela qual celebro o Natal: para honrar a graça salvadora do Cristo. Será que existe um presente mais precioso do que saber que o espírito do Cristo está sempre presente e operando a nosso favor, e que todas as coisas são possíveis a Deus? Aleluia!

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