Final de ano. O comércio nos alcança com propostas tentadoras para a compra de presentes. Uma fermentação consumista paira no ar e agita a sociedade. Há os que levantam a bandeira em defesa do resgate do verdadeiro espírito natalino, que ameniza a influência consumista para o equilíbrio dos impulsos.
Analisando esse confronto, tenho me questionado se o presente não poderia simbolizar simplesmente o carinho genuíno e a gratidão originários de uma convivência feliz, amigável e respeitosa.
Lendo a Bíblia, descobri em 1 Reis 10, que o povo dava presentes ao Rei Salomão em retribuição por ouvir sua sabedoria; quando Jacó buscou se reaproximar de seu irmão Esaú separou um lote dos seus bens para sensibilizá-lo (ver Gênesis 32).
O presente de Natal surgiu com os reis magos, que seguiram a estrela do Oriente para levar suas ofertas a Jesus: ouro, incenso e mirra (ver Mateus 2:11). Que gesto puro de homenagem, gratidão e alegria pelo que a vinda daquela criança representaria para o mundo!
Na época do Natal, as pessoas procuram dar vazão aos seus sentimentos mais elevados; expressam amor e buscam evidenciar suas qualidades espirituais. As oportunidades de fazer o bem surgem para provar que a alegria, advinda da prática do amor ao próximo, está bem acima da satisfação das festividades tradicionais. Simples atitudes como um abraço repleto de ternura, um beijo carinhoso e o ouvir com atenção são presentes de valor que abençoam e curam.
Mary Baker Eddy escreveu em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos]: "Na Ciência Cristã, o Natal significa o real, o absoluto e o eterno,—pelas coisas do Espírito, não da matéria. ... A base do Natal é a rocha, Cristo Jesus; seus frutos são inspiração e compreensão espiritual da alegria e do regozijo..." (p. 260).
Esta edição traz artigos que mostram como a influência do Cristo nos presenteia constantemente com a cura, que liberta e traz salvação a toda humanidade. Desfrute-a!
Feliz Natal,
 
    
