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Agir com coragem moral é defesa segura

Da edição de janeiro de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã


Certa vez, há aproximadamente 11 anos, surpreendi-me quando encontrei meu armário arrombado ao chegar em casa, e senti falta de todas as joias da família.

Perguntei então ao porteiro do prédio se ele havia percebido algo fora da rotina. Ele me informou que uma pessoa estranha tinha entrado em meu apartamento com a permissão de minha empregada, que já havia ido para sua casa.

Liguei para a empregada, que confirmou haver deixado uma faxineira entrar para limpar a casa. Como eu não havia pedido para ninguém fazer tal faxina, pedi que voltasse ao meu apartamento para que pudesse lhe esclarecer que na minha ausência ela era a pessoa responsável pela minha casa, e que nunca poderia ter deixado uma pessoa desconhecida entrar sem a minha autorização.

Percebi que estava nutrindo mágoa e ressentimento, e que precisava orar, pois esses sentimentos não vinham de Deus e não iriam me levar a tomar nenhuma decisão sábia. Então, liguei para uma Praticista da Ciência Cristã, relatei-lhe o ocorrido e lhe pedi que orasse comigo por uma solução.

A praticista aceitou me ajudar pela oração. Eu não queria ir a uma delegacia prestar queixa, mas, depois de nossa conversa, pensei que seria preciso tomar as providências legais.

Além disso, meu marido comentou comigo que, como nosso imóvel estava assegurado, precisávamos obedecer a uma das cláusulas do contrato, a qual dizia que, em caso de roubo, seria necessário apresentar um Boletim de Ocorrência. Portanto, fui com minha empregada e meu porteiro a uma delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência.

O delegado e meu marido me disseram que eu deveria despedi-la, pois ela havia sido a responsável por aquele roubo ao abrir a porta da minha casa para um estranho sem a minha autorização. Dispensamos então nossa empregada por justa causa.

Em 2010, dez anos após o ocorrido, recebi uma intimação judicial para comparecer a uma audiência, por estar sendo acusada de danos morais por aquela antiga empregada, que queria me cobrar um valor de cinquenta e quatro mil reais por ter sido acusada de roubo naquela ocasião.

Mais uma vez, recorri a uma praticista, pois percebi que precisava proteger meu pensamento contra argumentos de injustiça e justificação própria, além do medo de ter de arcar com aquela despesa. A praticista me alertou de que no reino de Deus as ideias convivem harmoniosamente. Ela também me orientou a não focar na desonestidade e ingratidão, mas a amar a identidade espiritual de todas as pessoas, a qual sendo pura, honesta e completa, não precisa tirar o que é de outrem para satisfazer suas próprias necessidades.

A partir daí, apoiei-me somente em Deus e focalizei meu pensamento na criação divina. Separei a pessoa e o acontecimento do sentido material.

Muito me ajudou o fato de uns dias antes eu haver atendido ao chamado de uma pessoa e orado com ela apoiada em um trecho que estava na Lição Bíblica daquela semana, o qual, naquele momento, veio-me à mente como inspiração: “Que a justiça humana imite a divina” (Ciência e Saúde, p. 542). Essa passagem me deu apoio diante daquela situação. Também me veio ao pensamento que, quando acendemos uma luz em um ambiente escuro, ela não ilumina apenas a nós, mas o ambiente inteiro e todos os que estiverem nele. Sabia que enxergar a minha ex-empregada como filha honesta de Deus seria uma bênção para ela também, pois contribuiria para sua reforma e seu progresso espiritual. Contratei um advogado de defesa, e ele me pediu que levasse toda a documentação referente ao período em que a empregada trabalhou para mim. Muito me ajudou o Boletim de Ocorrência, no qual eu declarava que não estava condenando aquela pessoa, mas relatando um fato ocorrido.

Esse Boletim foi fundamental na minha defesa e pude constatar como a oração e a inspiração de registrar a queixa na delegacia foram a base para minha defesa e proteção. Também orei para saber que Deus, a única Mente e verdadeiro Juiz, abençoaria a todos e tinha a situação sob Seu controle. Essa postura mental nos levou a um veredito justo.

Não precisei pagar a quantia exigida pela ex-empregada. Mais do que me alegrar com a decisão tomada pelo juiz, regozijei-me por todo o crescimento espiritual, assim como pela oportunidade de me voltar a Deus e sentir a Sua presença durante todos os momentos.

Compreendi que seguir as leis espirituais de Deus ajuda-nos a cumprir com as leis do país. Eu ignorava que fazer um relato na delegacia é lei, mas, voltar-me a Deus em busca de orientação, levou-me a dar os passos necessários, fato que mais tarde me protegeu.

É muito reconfortante confiar em Deus e saber que Ele sempre me guia a tomar decisões corretas, mesmo em situações aflitivas. Agir dessa forma proporciona proteção segura e constante.

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