Quando adolescente, eu examinava com frequência os moldes de vestidos que desejava fazer e, em seguida, cortava as peças daquele que escolhera. Otimista, minha expectativa era de que eu faria a exata semelhança do vestido que estivera admirando na ilustração. Se eu seguisse o molde, pensava, “Pronto”! O resultado final seria um vestido igual à imagem ilustrativa.
Em meu trabalho de cura, precisei permanecer alerta aos padrões mortais do pensamento que determinam nossa maneira de viver, como também para o quão previsíveis e, algumas vezes, inquietantes, esses padrões podem ser. Uma definição para a palavra padrão é: “caminho determinado”. Felizmente, a Ciência Cristã ensina como encontrar um senso mais elevado a respeito das coisas por meio da oração, para que o “caminho” inclua a expectativa do bem.
Os sentidos materiais predizem que a hereditariedade é um tipo de padrão do qual simplesmente não podemos nos livrar e que inclui suscetibilidade a doenças e traços de caráter predominantes na família. Predizem, também, que se comermos ou agirmos de determinadas maneiras, haverá uma consequência material, do tipo causae-efeito, e assim por diante. Antes de estudar a Ciência Cristã, tomava remédios para uma vasta gama de alergias a muitas coisas, como: comida, poeira, pólen, animais.
À medida que progredia na Ciência Cristã e começava a orar para a cura, aprendi que o padrão básico da mortalidade, ou seja, nascer, crescer, amadurecer e então morrer, é frequentemente o que precisa ser tratado em primeiro lugar pela oração. Em geral, as pessoas aceitam essa crença generalizada. Mas, Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã, fez esta declaração: “O homem, por ser o reflexo de seu Criador, não está sujeito a nascimento, a crescimento, a maturidade e a decadência. Esses sonhos mortais são de origem humana, não divina” (Ciência e Saúde, p. 305). Ao invés de estarmos sujeitos à mortalidade e ao sofrimento, refletimos as qualidades imortais e espirituais de nosso Criador, Deus.
Na Bíblia, o livro de Génesis diz: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”, e também que: "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (1:27, 31). Já havia lido esses versículos, mas havia interpretado que, uma vez que eu era um mortal de carne-e-osso, e fora criada à imagem de Deus, Ele teria uma forma similar à minha, talvez como a de um humano, tão imperfeito como eu. Portanto, não conseguia compreender como a criação podia ser “muito boa”. Entretanto, na Ciência Cristã estava descobrindo uma forma inteiramente nova de considerar a Deus e, consequentemente, a mim mesma como Sua imagem, Seu reflexo, como uma ideia espiritual criada pelo Amor.
O Hino 51 do Hinário da Ciência Cristã menciona: “Vens Tu, Verdade, Vida, Amor, a perfeição gerar”. Nesse hino, Deus, a Mente divina e eterna, é o “Oleiro” ou Criador, que modela os homens e mulheres imortais. O hino continua dizendo que “Ao homem deu o Criador nobreza e poder”. Ora, isso quer dizer que Deus nos tem em altíssima estima! Também me diz que Deus, que criou todas as coisas muito boas, não criaria um “homem imperfeito”. Somos feitos à Sua imagem, e, como a mais nobre de todas as Suas criações, não estamos sujeitos ao pecado, à doença, enfermidade e morte. Em outras palavras, somos a evidência espiritual de Deus, como Seus filhos, expressando Vida, que inclui atividade, ação, funcionamento perfeitos e atemporalidade; Verdade, que é a única realidade e inclui honestidade, sinceridade, segurança, decência; e Amor divino, a abrangente presença consoladora, expressa em benignidade, humildade, bondade.
Ao invés de estarmos sujeitos à mortalidade e ao sofrimento, refletimos as qualidades imortais e espirituais de nosso Criador, Deus.
Como resultado dos meus estudos, descobri que conseguia aplicar o que estava aprendendo. Ao reivindicar essas qualidades e características para mim mesma, e que minha única identidade era como ideia de Deus, cuja substância é espiritual, as falsas profecias sobre incapacidade de comer certos alimentos, proximidade com os animais, efeitos de poeira ou pólen desapareceram. De fato, agora tenho um gato chamado Zimba; permaneço muito tempo ao ar livre, cercada de flores; e como tudo o que desejo. Além disso, sempre há muita poeira para limpar em minha casa!
Outro exemplo de reverter predições materiais mediante a oração aconteceu quando fui curada de um problema na coluna, há uma década. Durante muitos anos, antes de começar a estudar a Ciência Cristã, sofrera de sintomas crónicos e dolorosos. Havia consultado muitos quiropráticos e vários deles me disseram que se não tomasse cuidados contínuos na coluna, eventualmente poderia não andar mais. Esse prognóstico certamente não foi nada agradável! Aos olhos dos quiropráticos, não havia esperança sequer para uma melhora gradual, apenas uma diminuição. O melhor que eles podiam prever era que, se eu continuasse com tratamentos quiropráticos, talvez fosse possível continuar a andar e a ser funcional por mais algum tempo.
Continuei com esse tratamento durante vários anos, visitando o quiroprático usualmente uma vez por semana ou, às vezes, duas, e então, fui levada a procurar a Ciência Cristã em busca de cura para outra dificuldade física, e fui curada. A luz da compreensão espiritual estava começando a despontar, a de que eu não era um corpo material composto de sangue, ossos, tecidos, músculos, vértebras, etc., mas que eu era o pensamento espiritual, ou ideia, de Deus, que criou tudo e declarou Sua criação como muito boa.
Uma declaração em Ciência e Saúde realmente me ajudou a compreender como a cura acontece na Ciência Cristã: “Temos de aprender como o gênero humano governa o corpo — se é pela fé na higiene, nos medicamentos ou na força de vontade. Deveríamos nos certificar se ele governa o corpo por uma crença na necessidade de doença e de morte, de pecado e de perdão, ou se o governa pela compreensão mais elevada de que a Mente divina aperfeiçoa, de que ela atua sobre a assim chamada mente humana por intermédio da verdade e leva a mente humana a abandonar todo o erro e a descobrir que a Mente divina é a Mente única, sanadora do pecado, da doença e da morte. Esse processo da compreensão espiritual mais elevada melhora o gênero humano até que o erro desapareça, sem nada sobrar que mereça perecer ou ser punido” (p. 251).
Algum tempo durante os primeiros meses da minha leitura de Ciência e Saúde, comecei a cancelar as consultas com o quiroprático, uma após outra, até que vários meses haviam passado com muito pouco desconforto em minha coluna e raros tratamentos quiropráticos. Realmente me lembro de umas duas ocasiões durante o primeiro ano dos meus estudos, em que voltei ao consultório do quiroprático, depois de vários meses sem vê-lo. Quando apareci para uma das minhas últimas consultas, ele ficou muito surpreso em me ver e perguntou se eu trocara de quiroprático. Expliquei-lhe que estava estudando a Ciência Cristã e ele me aconselhou a continuar com o estudo, uma vez que meu caso melhorara muito. Também não houve mais nenhuma menção das sombrias predições.
Depois daquela consulta, porque os sintomas começaram a reaparecer, busquei o apoio em oração de um Praticista da Ciência Cristã. A necessidade por um tratamento apoiado em recursos materiais logo desapareceu. Não senti que deveria voltar a me consultar com o quiroprático, e a cura foi completa.
Ao reconhecer as leis espirituais do bem, da harmonia, da saúde, da atividade correta, da ordem divina, podemos, com certeza, prever a manifestação do bem que já é nosso, e que nos foi revelado por nosso Pai-Mãe Deus.
Ao reconhecer as leis espirituais do bem, da harmonia, da saúde, da atividade correta, da ordem divina, podemos, com certeza, prever a manifestação do bem que já é nosso, e que nos foi revelado por nosso Pai-Mãe Deus. Esse modo mais elevado de ver a nós mesmos está disponível a cada um e a todos nós. Podemos optar com tranquilidade e segurança por nos afastar de todo o tipo de predições mortais sobre nosso futuro, as quais incluem imperfeição, pecado, doença e morte, e moldar nosso pensamento de acordo com a criação divina.
