“Havia muitas lâmpadas no cenáculo onde estávamos reunidos...” (Atos 20:8). Ao pensar nesse cenário sob uma perspectiva espiritual, posso afirmar que naquele 5 de junho de 2011 também havia “muita luz” onde estávamos reunidos. A luz do Cristo, que irradiava em cada pessoa alegria, fraternidade, paz, saúde, beleza. Como “filhos”, nos unimos para nos fortalecer, comemorar e reafirmar o desígnio da Igreja de Cristo, Cientista, e avivar mais plenamente a cura cristã!
O Hino 208, do Hinário da Ciência Cristã, cantado pela congregação, formada pelas três igrejas de São Paulo e pela igreja de São Caetano do Sul, abriu com entusiasmo e inspiração esse encontro na véspera da Assembleia Anual dA Igreja Mãe, em Boston, dia 6 de junho de 2011. A primeira estrofe, cuja letra é da Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, evidenciou a fonte do sustento, força e continuidade do movimento:
“Gentil presença, gozo, paz, poder, Divina Vida, reges o porvir;
Susténs da avezinha o voejar,
Meu filho guarda em seu progredir”.
O progresso e sustentabilidade da igreja foram identificados como efeito natural do crescimento espiritual dos membros, alunos da Escola Dominical e seguidores. Tudo o que a igreja oferece regularmente, e outras ações idealizadas e efetivadas, foram citadas pelos presentes como oportunidades de desenvolvimento: Cultos aos Domingos, Reuniões de testemunhos, Escola Dominical, Sala de Leitura, Praticistas, Conferências, estudo da Lição Bíblica, Curso Primário de Ciência Cristã, cultos preparados e conduzidos por alunos da Escola Dominical, estudos bíblicos, workshop com os jovens, confraternização com alunos da Faculdade Principia, encontros de Natal com coral visitante e de membros da igreja, participação em eventos para promover O Arauto da Ciência Cristã, entretenimento cultural para aprimorar o interesse pela música; inclusão social, abrindo a igreja para a comunidade por meio de apresentações musicais.
Para aprofundar o tema “Uma Igreja Viva”, Loubert Milani júnior, que conduziu a reunião na sede de Primeira Igreja de Cristo, Cientista, São Paulo, apresentou a definição de igreja escrita em Ciência e Saúde, destacando cada verbo: “A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as ideias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demónios, ou o erro, e curando os doentes” (p. 583).
Em seguida, representantes das filiais compartilharam suas ideias sobre esses verbos e como os colocaram em prática.
A Quarta Igreja de São Paulo, representada por Ruth Spirics, iniciou: “A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade ”. Os membros foram percebendo e constataram que aquela filial vem abençoando a todos, pelas orações metafísicas constantes que curam os problemas da vizinhança e da comunidade próxima. Ao pensar sobre “sua utilidade”, notou-se como a igreja é útil, por embelezar a vizinhaça com sua sede tão bonita, bem cuidada, fruto da inspiração do Amor. A pintura recente do prédio melhorou o cenário urbano e estimulou a vizinhança a renovar suas fachadas, melhorando o padrão estético. A luz divina é irradiada pelos pensamentos, união, atitudes, ensinamentos e amor dos membros. Essa luz harmoniza, supre, cura, porque o Pai-Mãe Deus é refletido em cada um de Seus filhos amados.
Os membros acolhem as pessoas expressando qualidades como paciência, ternura, receptividade, compreensão, inspiração, elevando os pensamentos dos visitantes à plenitude do Cristo, congregando a todos em espírito fraternal. Foi relatada uma experiência de cura em que uma senhora havia deixado sua casa por se sentir abandonada e desprezada pelo marido. Membros da igreja ajudaram a reaproxima-ção do casal para que eles buscassem um entendimento.
Essa filial participa na preservação e sustentabilidade do meio ambiente, por louvor a Deus e respeito à Sua criação perfeita. Mesmo quando está fechada, sua evidência física inspira ideias divinas, porque é uma igreja, e os pensamentos dos membros estão sempre abertos para o bem, abraçando a todos!
Richard Bieberbach, de Primeira Igreja, sobre “...e que vem elevando a raça”, disse que onde quer que estejamos, representamos a Igreja, quer seja na família, com os amigos, no trabalho, enfim na sociedade em geral, portanto, nossos pensamentos espiritualizados e elevados contribuem para elevar todos os ambientes e a raça. Citou de A Unidade do Bem: “Mais cedo ou mais tarde, toda a raça humana aprenderá que, na proporção em que a identidade imaculada de Deus for compreendida, a natureza humana será renovada e o homem receberá uma identidade mais elevada, derivada de Deus” (p. 6).
Ana Carla Vicencio, também da Primeira Igreja, explanou seu estudo sobre esta parte da definição de Igreja: “...despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida para que perceba as ideias espirituais”. Com foco no tema do evento “Uma Igreja Viva”, Ana Carla destacou que para ser viva, a igreja necessita estar desperta, acordada. Manter-se ativa a ponto de ter respostas que despertem e impulsionem o pensamento humano para remover as pedras do materialismo que pretendem obstruir o progresso espiritual, a liberdade, a cura e a plenitude do bem. Ela afirmou que Uma Igreja Viva precisa seguir o exemplo de Jesus, e citou o trecho que está na página 44 de Ciência e Saúde. A igreja precisa de discípulos despertos, que se regozijam com a vida imortal do Cristo, presente a todo instante. Esses discípulos são cada um de nós e a presença incontestável da Verdade, que bendiz a todos, anula qualquer tipo de perturbação, carência, desgraça, discórdias, em cada um de nós, na nossa comunidade, e em todo o mundo. Reconhecemos, então, que a Igreja Viva cumpre sua missão. Finalizou lendo a cura de um fibroma, relatada em Ciência e Saúde, p. 603.
João Carlos Völker, também de Primeira Igreja, pesquisou com profundidade o verbo demonstrar e sua relação com a Ciência divina. Ele compreendeu que a demonstração plena ocorre quando é feita de maneira incontestável e prática, aplicável a todas as circunstâncias. Usando os sinônimos que encontrou, concluiu dizendo que a igreja deve provar, de maneira incontestável e convincente, assim como de modo prático e evidente, Ciência divina, que traz a cura e o crescimento espiritual para toda a humanidade.
Em seguida, Daniela Völker falou sobre “expulsar os demônios ou o erro”, e disse que “luta diariamente contra os demônios”, as falsas sugestões que lhe vêm ao pensamento. Ao fazer a correlação do estudo com o tema Igreja Viva, percebeu que o verbo expulsar é de uma profunda vivacidade! Portanto, uma igreja só pode ser viva se estiver expulsando o erro. A passagem bíblica em que a mulher adúltera foi apedrejada e Jesus, ao ser questionado responde aos fariseus: “Quem nunca pecou que atire a primeira pedra” (João 8) mostrou-lhe que para ser viva uma igreja expulsa o erro, não o julga! Em pesquisa nos escritos de Mary Baker Eddy, notou também que o verbo expulsar vem sempre acompanhado ou associado a verbos: amar os inimigos, por o erro a descoberto, curar e ter um coração receptivo. Jesus expulsava os males, curava doenças e o pecado como crenças mortais a serem exterminadas. Finalizou com: “O ato de curar os doentes só por meio da Mente divina, de expulsar o erro pela Verdade, mostra tua posição como Cientista Cristão” (Ciência e Saúde, p. 182).
Rosa Donadelli, representando Segunda Igreja, falou sobre: “e curando os doentes”. Encontrou o verbo “cuidar” como sinônimo de “curar”, e perguntou: “Como vamos curar”? Na Ciência Cristã, a cura envolve a autodisciplina do estudo constante, a busca pelo entendimento de tudo o que está perfeitamente explanado no livro-texto. A cura é a manifestação do poder de Deus, envolve a convicção e compreensão de um só Deus: “Ter um só Deus, uma Mente só, desenvolve o poder que cura os doentes e cumpre estas palavras das Escrituras: “Eu sou o Senhor que te sara”, e “Achei resgate” (Ciência e Saúde, p. 276). A Igreja da Ciência Cristã cura porque é viva; expressa a Vida, Deus. Vive de acordo com Deus, Princípio, que dá vitalidade a todas as atividades, aos praticistas e enfermeiros da Ciência Cristã. Tudo o que temos e fazemos é provisão divina, que demonstra que a Igreja de Cristo, Cientista está plena e eternamente VIVA.
Em nome de Primeira Igreja de São Caetano do Sul, Flora Caparroz manifestou sua gratidão a Deus pela Ciência Cristã; praticá-la e partilhar com o mundo a Verdade, que cura e salva, é sua meta. Contou aos presentes que os fundadores da igreja em São Caetano haviam iniciado naquela filial, em São Paulo. Flora agradeceu pelo apoio e amor que todos receberam na época.
Alessandra Colombini comentou sobre “inclusão”, e alegrou os presentes ao lembrar que o Amor divino sempre inclui a todos. Recordou que Jesus, ao falar às multidões, não se preocupava em avaliar entre os que estariam “prontos” ou não, entre os que teriam capacidade de entender ou não, os que eram mais pecadores ou menos pecadores. Ele falava a todos. Por isso, a igreja que ele fundou é totalmente inclusiva.
Para encerrar a reunião, cantamos o Hino 264, renovados e fortalecidos, mentalmente unidos A Igreja Mãe e a todas as filiais da Igreja de Cristo, Cientista, na mesma missão, como diz o hino em parte: “...Sempre indivisos, Todos somos um, Na esperança unidos para o bem comum”.
Durante o lanche servido após esse encontro, sentimos que cada um dos presentes estava vibrando com as ideias que renovaram o conceito de Igreja Viva.
