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ESPIRITUALIDADE E CURA

Perseverar na oração

Da edição de janeiro de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã


A experiência tem me ensinado que é útil ficar completamente afastada do erro quando enfrentamos um problema, especialmente quando ele parece enraizado, e começar a vivenciar as inspirações e a orientação divina que resultam da oração consagrada.

Lembro-me de uma ocasião, quando ainda era novata no estudo da Ciência Cristã, em que visitei uma Praticista da Ciência Cristã para obter um pouco de orientação. Estava aborrecida pelo fato de que minha capacidade para curar parecia bastante inconsistente. Quando as curas de fato ocorriam, nem sempre eram permanentes. Em outras ocasiões, se algo sobre o qual estivesse orando durante algum tempo não cedesse, eu tentava conviver com o problema. Sabia que isso não estava de acordo com o que a Ciência Cristã ensina a respeito da completa isenção e liberdade que o homem tem, com relação às crenças mortais de pecado e de doença.

A praticista mostrou-me que uma condição melhorada não é o nosso objetivo na oração, mas que a mudança de pensamento, a correção e a clareza mental provenientes da oração, resultam em uma mudança no modo como pensamos e vivemos. É a nossa compreensão ampliada e o consequente crescimento na percepção espiritual, que constituem a verdadeira bênção. Essa transformação, que ocorre na consciência, passa a recusar o medo ou falsos conceitos aos quais o pensamento antes se sujeitava, e que são a origem dos problemas.

A maneira de se alcançar essa compreensão é inundar a consciência com a verdade e se ater a ela, até que o medo e as falsas crenças enfraqueçam suas ameaças e tentativas de inverter o que Deus já fez. Podemos usar esse novo entendimento em cada aspecto da nossa vida, tal como se praticássemos uma regra pertinente a um princípio matemático. A fim de provar que um novo conceito é verdadeiro e sempre eficaz, nós o incorporamos na nossa experiência diária, em todas as oportunidades. Por exemplo, uma vez que aprendemos a somar, nós aplicamos esse conhecimento de modo consistente e contínuo e, então, estamos preparados para progredir rumo a aplicações novas e mais avançadas da matemática.

Em Segundo Reis, há um relato do profeta Eliseu falando com o rei de Israel, o que, para mim, significa não apenas orar sobre algo uma ou duas vezes e então desistir, caso o problema não ceda, mas permanecer firme com as inspirações resultantes da minha oração, até que a mentira seja percebida e a demonstração de cura seja completa.

A Bíblia Amplificada interpreta o relato desta forma: “Ele disse ao rei de Israel: atire contra a terra. Ele atirou três vezes e parou. Então, o homem de Deus ficou indignado com ele e disse: você deveria ter atirado cinco ou seis vezes; então você teria atingido a Síria até que a destruísse” (2 Reis 13:18, 19).

A materialidade é tenaz e precisamos reconhecer a necessidade não só de corrigir nosso próprio pensamento relativo a uma mentira, mas temos também de inverter a asserção das crenças do mundo, que parecem influenciar a consciência e tentam, de forma sutil, desarraigar a certeza da verdade que estabelecemos na consciência. Nossa disposição de aceitar a irrealidade a respeito de um problema, até que todo vestígio de medo tenha sido apropriadamente eliminado, é a chave do êxito nas curas, que não somente erradicam os sintomas físicos, mas nos transformam, elevando-nos a um novo nível de espiritualidade.

Mesmo a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, foi desafiada a ser mais persistente em suas orações para si mesma, durante uma época crucial, antes da fundação dessa nova religião. Muitos leitores conhecem a história de como ela foi curada de uma lesão que colocou em risco sua vida, depois de uma queda sobre o gelo. Ao longo de toda sua vida, ela estivera em busca de saúde e santidade por meio de uma compreensão melhor sobre Deus. Ela havia curado pessoas durante anos, sem realmente saber como essas curas ocorriam. Nessa hora tão desesperadora, ela solicitou sua Bíblia e um vislumbre do Princípio da cura, o qual constituía a base do extraordinário poder espiritual de Jesus, foi-lhe revelado. Ela teve sua vida instantaneamente restaurada e se levantou de seu leito de dores.

Nossa disposição de aceitar a irrealidade a respeito de um problema, até que todo vestígio de medo tenha sido apropriadamente eliminado, é a chave do êxito nas curas.

Embora essa experiência seja o que mais tarde a Sra. Eddy descreveu como “a queda-da-maçã que me levou à descoberta de como eu mesma poderia ter boa saúde, e fazer com que outros também a tivessem” (Retrospecção e Introspecção, p. 24), ela correu o risco de ser inteiramente minada, quando o médico de Eddy retornou mais tarde, naquele mesmo dia, para examiná-la. Ela descreveu um ressurgimento dos sintomas diante da incredulidade dele acerca de sua recuperação. Quando ele exclamou: “ ‘Isto é impossível!’, imediatamente voltou certo mal-estar, e senti as pernas cambalearem” (Ivonne Von Fettweis e Robert Warneck, Mary Baker Eddy, Christian Healer [Uma Vida Dedicada à Cura], p. 58. Mas ela recorreu às Escrituras e encheu seu pensamento com as ideias que haviam originalmente recuperado sua saúde e “novamente se levantou, em plena força, e a ameaça de recaída se dissolveu” (Ibidem, p. 40).

Podemos somente imaginar os pensamentos diabólicos que estavam em ação, a fim de entrar na mente de Eddy e substituir aquela grandiosa manifestação divina que se tornaria o trampolim do movimento da Ciência Cristã. Talvez eles representassem as mesmas sugestões subversivas com as quais temos de lidar hoje em nossa própria vida.

Nossos esforços em perseverar são gratificantes, porque toda cura inclui em si mesma o primeiro passo para uma compreensão mais elevada de nosso ser espiritual e perfeito.

Insegurança, pressão de familiares e de colegas de trabalho bem-intencionados, o bombardeio de informações assustadoras através da mídia, somadas à impaciência ou relutância em crescer espiritualmente constituem apenas algumas das atrações magnéticas que tentam afastar nosso pensamento da convicção de que estamos curados. Portanto, nossos esforços em perseverar são gratificantes, porque toda cura inclui em si mesma o primeiro passo para uma compreensão mais elevada de nosso ser espiritual e perfeito.

Recentemente, tive de voltar a essa lição de modo consistente e persistente. Durante algum tempo, depois de ficar sentada por longos períodos, sentia certa rigidez quando me levantava. No início, ignorei o problema, pensando que logo desapareceria. Então, comecei a sentir uma sensibilidade em um dos lados do quadril. Declarei que aqueles sintomas não faziam parte de mim e dei uma atenção superficial ao orar sobre o problema, até que, em uma noite em que estava inquieta e cheia de desconforto, despertei-me. Então, comecei a orar para mim mesma diariamente para anular esse problema. No início, o caso piorou e comecei a mancar. Subir escadas se tornou um desafio que passou a interferir nas prazerosas caminhadas que eu fazia pela manhã com meu cachorro, pelas trilhas nas colinas perto de casa.

Ao reconhecer que a cura envolve a regeneração do pensamento, raciocinei que eu precisava encontrar formas tangíveis para viver minhas orações. Veio-me ao pensamento que o erro é sempre uma inversão daquilo que é real e perguntei a mim mesma: “Qual é o oposto da rigidez e da falta de mobilidade”? Pensamentos de flexibilidade, boa vontade, franqueza e liberdade vieram-me à mente. Por conseguinte, comecei a cultivar um maior senso de flexibilidade e boa vontade no dia a dia.

Fiquei surpresa diante das inúmeras maneiras com as quais eu conseguia desafiar os pensamentos rígidos em meus padrões de comportamento. Empenhar-me em desenvolver esses atributos do Cristo em um nível mais elevado se tornou meu foco, e não tardou para que eu me sentisse livre do desconforto no quadril.

Que alegria! Entretanto, a rigidez não fora completamente erradicada. Então, resolvi me dedicar ainda mais a um senso de prontidão incondicional em fazer a vontade de Deus. Essa foi a solução. Dentro de duas a três semanas, a rigidez não estava mais presente. Sou profundamente grata por esse impulso espiritual de progresso em minha jornada para demonstrar curas mais eficazes.

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