Como estudante de Ciência Cristã, esforço-me para ver a mim mesmo como o ser perfeito que Cristo Jesus assegurou que cada um de nós é. Refletia sobre isso durante o estudo da Lição Bíblica e dos escritos de Mary Baker Eddy, há pouco mais de um ano, quando a seguinte passagem chamou minha atenção: “...Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1:28). Um dicionário informa que o verbete “cultivar (a terra)”, pode também ser definido como sujeitar, dominar. Isso me levou a sondar a possibilidade de reformular meu pensamento com o que chamo de “agricultura metafísica”, ou seja, cultivar na minha consciência somente as sementes do Espírito, Deus, para que elas cresçam e frutifiquem.
Descobri que a boa agricultura metafísica exige vigilância constante para perceber quando a mente mortal plantou más sementes, como também exige humildade e paciência para jubilosamente arrancá-las. A dissolução do erro não é conseguida por meio de vontade própria, impulsividade, prognóstico ou conjecturas, mas por meio da prática da Ciência divina. A esse respeito, a Sra. Eddy escreveu o seguinte: “...aprende tu a lição da parábola do semeador, os dois [tipos de sementes] brotaram e deram fruto, o fruto bom foi produtivo e o fruto mau não produziu nada, pois o bem é real e o mal é irreal. A sabedoria deste momento, e o trabalho apropriado para este momento, é conhecer sem margem de dúvida a qualidade da semente que cria raiz em nosso pensamento e em nossa compreensão, e ela só pode ser reconhecida pelos seus frutos...” (A10355, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade). A Ciência Cristã auxilia a todos os que buscam a verdade com a clareza de raciocínio que separa a compreensão espiritual do conhecimento fundamentado na matéria, e nos leva a colher apenas os frutos do Espírito, ou seja, todo o bem que Deus nos proporciona.
Estava considerando o noticiário mais como arte, que sempre apresenta algo para se criticar, censurar e julgar
Nesse sentido, uma cura recente me proporcionou uma lição de grande importância, mostrando como meu pensamento havia sido infestado com o joio que eu havia tratado como trigo. Durante anos no meu emprego, dedicara muito tempo e esforço analisando negócios, a economia, como também o noticiário, as análises e as perspectivas sobre política. Posteriormente, meu trabalho mudou, mas continuei passeando pelos noticiários. Embora já fosse estudante de Ciência Cristã, eu não considerava apropriado o uso da oração para essa minha atividade, pois estava considerando o noticiário mais como arte, que sempre apresenta algo para se criticar, censurar e julgar. Então, por ocasião das recentes agitações nos noticiários financeiros e políticos, comecei a sentir dores digestivas agudas, não conseguindo encontrar nenhuma posição com a qual pudesse relaxar. Essa situação anormal ficava muito agressiva durante horas, e também após cada refeição.
Orava diariamente para me ver tão perfeito e espiritual como Deus me vê. Então, veio-me à mente o pensamento de que talvez houvesse uma ligação entre a dor que sentia e minha irritação decorrente das notícias corrosivas do noticiário, tais como os ativos podres dos bancos, ajudas emergenciais ao sistema financeiro com dinheiro do contribuinte e o medo exagerado coletivo. Com a ajuda de um Praticista da Ciência Cristã, mudamos essa perspectiva negativa em uma cura rápida, estabelecendo “o sentido científico da saúde” (ver Ciência e Saúde, p. 373). Examinei meu pensamento, reconhecendo que minhas percepções negativas sobre os acontecimentos do noticiário eram apenas ilusões da mente mortal, pretendendo ser a causa. Uma vez que reconheci isso e vi a Deus, o bem, como a única causa, a dor começou a diminuir rapidamente.
Com essa clareza e cultivo do bem em minha consciência, minha mente e o sistema digestivo se equilibraram em um estado de paz
Em minhas orações, também afirmei, para o passado, presente e futuro, que a lei de Deus sempre governa cada atividade, guia a todos, regula todas as funções do homem e do universo. Percebi que as sugestões de dor e os problemas econômicos só podem pretender existir, mas nunca se tornam reais. Afirmei a verdade de que somos inalteravelmente perfeitos porque somos espirituais, a semelhança de Deus, e que nunca pode haver ataques reais de qualquer ilusão mortal errônea. Com essa clareza e cultivo do bem em minha consciência, minha mente e o sistema digestivo se equilibraram em um estado de paz e, a partir daí, não vivenciei mais o problema.
O mais importante é que essa cura me fez lembrar que devemos diariamente guardar e proteger nossa “terra”, a nossa habitação mental. Devemos afirmar e compreender o que nos ensina a Ciência Cristã: que a má prática mental e o raciocínio incorreto, com base em pensamentos errôneos, nunca podem realmente causar danos. Deus nos dá a fé e a compreensão para vermos a nós mesmos perfeitos como Deus nos vê.
