Recentemente, foi ao ar no programa de entrevistas mais famoso dos Estados Unidos, ancorado por Oprah Winfrey, um debate sobre a indefinível qualidade da felicidade. Todo mundo quer ser feliz, mas alguns não estão alcançando esse objetivo. Outros acham que há razões perfeitamente sólidas para não serem felizes, e talvez até defendam esse ponto de vista com algo em sua própria vida, como uma doença debilitante, a perda de um ente querido ou algo opressivo no mundo, tal como a pobreza e a ameaça de terrorismo.
Durante o programa, algumas pessoas foram descritas como aparentando felicidade, embora, interiormente, elas possam ser tudo, menos felizes. Do lado positivo, algumas pessoas encontram a felicidade em amizades sinceras, enquanto outras a encontram ajudando a seus semelhantes. O mais surpreendente é que o próprio especialista nesse assunto, o qual estava no programa, salientou que algumas pessoas não reconhecem que já são muito felizes e que precisam apenas perceber o que elas já têm.
Seria a felicidade realmente possível para todos nós? Certamente, a felicidade como uma meta já existia antes de os fundadores dos Estados Unidos consagrarem “a busca da felicidade” como um objetivo nacional em sua Constituição. Entretanto, como alcançar o bem-estar duradouro é o que pode nos iludir. A felicidade, para ser perene, deve se fundamentar em algo mais universal do que bens materiais, amigos ou profissão, embora pareça que aqueles, cujo propósito seja o de ajudar aos outros, em geral vivenciem a felicidade.
Quando nos volvemos a Deus “de todo o [nosso] coração” certamente obtemos bons resultados
A infelicidade normalmente provém da sensação de que estamos privados do bem, quer seja por escolhas erradas, circunstâncias, doença ou acidente; sentimos que os componentes necessários para uma vida feliz estão faltando. Como podemos encontrar esse “algo” que está faltando? Talvez o necessário seja uma mudança de base em nosso pensamento, afastando-o da fixação em nós mesmos. Então, para onde é melhor nos volvermos? A Bíblia oferece uma resposta com esta passagem do Antigo Testamento, do profeta Jeremias: “Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração” (Jeremias 24:7).
Quando nos volvemos a Deus de “todo o nosso coração”, certamente obtemos bons resultados e, de fato, o mesmo profeta registra: “Farei com eles uma aliança permanente: Jamais deixarei de fazer o bem a eles. ... Regozijar-me-ei em fazer-lhes o bem e, sem dúvida, os plantarei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma” (Jeremias 32:40-41 [NIV] Nova Versão Internacional).
Saber que o Deus onipotente se regozija em fazer-nos o bem é um fundamento espiritual para a felicidade. Volver-se a Deus e reconhecê-Lo traz segurança e um senso de propósito e autoestima, não importando em que circunstâncias nos encontramos. Isso, por sua vez, conduz-nos a fazer escolhas e tomar decisões que reforçam nossa felicidade.
Saber que o Deus onipotente se regozija em fazer-nos o bem é um fundamento espiritual para a felicidade. Volver-se a Deus e reconhecê-Lo traz segurança e um senso de propósito e autoestima.
Harmonizar-se com o Princípio não é uma atitude hipócrita, mas sim de amor
Essas decisões talvez envolvam a escolha de cursos na faculdade, na carreira profissional, ou apenas com quem dividir o tempo nas horas vagas. Se Deus for o centro de nossos pensamentos, estaremos em harmonia com Ele. Isso significa total sintonia com Deus; seremos guiados a tomar decisões que abençoem, tanto aos outros como a nós mesmos, sendo esta uma base sólida para a felicidade.
A Bíblia frequentemente descreve Deus em termos de lei invariável, um padrão absoluto do Princípio que inclui outros nomes bíblicos para Ele, tais como Amor e Verdade. Tomar o Princípio invariável como nosso centro, não é uma operação de raciocínio frio nem de peculiar retidão. Pelo contrário, é um reconhecimento jubiloso de que estamos sempre seguros neste Princípio, ou Amor divino. Todos nós somos ideias de Deus, eternamente boas e felizes. Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde: “Para ser verdadeiramente feliz, é preciso que o homem se harmonize com seu Princípio, o Amor divino...” (p. 337).
Isso é algo que podemos fazer. Harmonizar-se com o Princípio não é uma atitude hipócrita, mas sim de amor. Podemos fazer isso exatamente onde nos encontramos, mesmo que pareça ser em meio a uma esmagadora tristeza. Podemos elevar nosso coração a Deus para vê-Lo como nosso sustento, o que significa apoiar-se em Deus e não em nossas posses, em um salário, na opinião favorável dos outros ou em coisas que nos podem ser tiradas. Apoiar-se em Deus eleva o status da felicidade como um direito dado por Ele, algo que já faz parte do nosso próprio ser, portanto, sempre ao nosso alcance.
